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Melhores carros dos anos 2010

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A última década teve lançamentos de automóveis importantes e impactantes para o mercado brasileiro

Por Fernando Miragaya

A década passada foi a da conectividade. As redes sociais explodiram e os smartphones e tablets mudaram as relações pessoais e profissionais. O setor automotivo acompanhou essa evolução. Seja com a Indústria 4.0, seja com carros conectados que figuram entre os melhores dos anos 2010.

Na última parte da série do Autos Segredos com os melhores carros de cada década, separamos 12 modelos que se destacaram nos anos 2010. Seja pela inovação em termos de tecnologia, design e concepção, seja pela importância mercadológica.

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Bom lembrar que nem sempre os melhores carros dos anos 2010 foram necessariamente os mais vendidos daqueles tempos. E que só consideramos veículos leves produzidos no Mercosul – picapes médias e comerciais não entram. Além disso, consideramos a década de 2010 até 2019.

Confira agora os carros que estão entre os melhores dos anos 2010.

Chevrolet Onix

O hatch compacto é, sem dúvida, um dos melhores e mais marcantes carros dos anos 2010. Feito para substituir o Celta e o Corsa de segunda geração ao mesmo tempo, foi lançado em 2012 com os mesmos e conhecidos motores 1.0 e 1.4 Família I da General Motors. 

Um dos grandes trunfos do Onwix na década foi justamente “democratizar” certos equipamentos comuns em segmentos superiores. A linha compacta passou a disponibilizar opção de câmbio automático de seis marchas com o propulsor 1.4 desde as versões LT, isso a partir de 2013.

Além disso, a central multimídia MyLink, aos poucos, foi se expandindo pela gama. Até ser item de série de praticamente todas as configurações de acabamento. Não espanta que o Onix passou a ser um dos melhores e também um dos mais vendidos carros dos anos 2010.

Em 2014, o hatch produzido em Gravataí (RS) passou a ser o automóvel mais vendido do país, posto que ocupou por seis anos seguidos – e só perdeu devido à falta de semicondutores, que afetou em cheio a produção do modelo. 

Em 2016, já líder, sofreu uma reestilização. Além disso, passou a ser equipado com câmbio manual de seis marchas e direção com assistência elétrica. Três anos depois, ganhou a segunda geração, mais bem acertada e com nova família de motores três-cilindros.

O 1.0 aspirado logo se tornou um dos carros mais econômicos do país. Enquanto o motor 1.0 turbo colava no Oix a imagem de tecnologia. O modelo passou a sair de fábrica também com seis airbags e mais oferta de equipamentos. A geração antiga foi mantida, contudo, mesmo mais barata e com motor velho, vendia bem menos.

Em 2022, o Onix atingiu a marca de 500 mil unidades produzidas na unidade gaúcha, já sem o Joy (o velho Onix) para contar história. E voltou a disputar as primeiras posições entre os carros mais vendidos do mercado brasileiro.

Jeep Renegade

O Jeep Renegade foi um dos modelos que abriram a porteira dos SUVs compactos no mercado brasileiro. Lançado em 2015, chegou quase que juntamente com Honda HR-V e Peugeot 2008, mas trouxe algo de diferente para a categoria: design e uma pegada realmente off-road.

Ao contrário do jeito de carro de passeio “alto” dos rivais, o Renegade apostou no DNA da marca para ter um estilo realmente jipeiro. Com formas quadradas, bom vão livre do solo e várias referências em detalhes no desenho, chegou com proposta mais robusta que os concorrentes de então.

Isso, claro, evidenciado mais nas versões turbodiesel com tração 4×4, outro diferencial do SUV para seu tempo. Porém, as opções que puxavam as vendas do primeiro modelo produzido no Polo Automotivo de Goiana (PE), da então FCA – Fiat Chrysler Automóveis, eram mesmo as com o criticado motor 1.8 16V – cujas más línguas dizem que não sobe nem meio-fio.

Mesmo assim, o Renegade foi um dos melhores carros dos anos 2010 por estes e outros diferenciais. Teve uma variedade de versões, algumas séries limitadas emblemáticas e foi o líder absoluto de emplacamentos da categoria de utilitários esportivos por anos seguidos. 

Recentemente, o modelo passou por uma sutil reestilização e aposentou o questionado motor E.torQ. Só que também sobrou para o 2.0, e o Renegade deixou de ter o diferencial das variantes diesel. Hoje, toda a linha é equipada com o motor 1.3 turbo flex, o que o credencia como crossover compacto mais potente do mercado, com até 185 cv.

Volkswagen Up!

Para muitos, foi um fracasso e um tiro na água da Volkswagen, porém, não tem como negar que o Up! foi disparado um dos melhores carros dos anos 2010. O subcompacto estava alinhado com o modelo europeu, sendo que o exemplar brasileiro era 8 cm mais comprido e foi homologado para cinco passageiros.

O Up! estreou por aqui em 2014. Fruto da plataforma modular MQB, trouxe motor três-cilindros e logo se destacou pela eficiência como um dos automóveis mais econômicos do país. A dinâmica e a estabilidade também eram exemplares, e o pequeno hatch foi muito bem avaliado nos testes de segurança veicular do Latin NCAP.

Ainda teve, nos anos 2010, um dos melhores carros que a Volks criou nos anos 2010: a configuração TSI do modelo. Apresentado em 2015 com motor turbo de até 105 cv, o Up! virou um verdadeiro foguetinho.

Algumas versões – inclusive uma aventureira e a dispensável i-Motion – depois, o carrinho passou por uma reestilização em 2017, quando deixou de ter opção duas portas. Mas seu futuro já era incerto. Inicialmente abaixo do Gol, roubou vendas do irmão – que deixou de ser o carro mais emplacado do país depois de 28 anos.

Para complicar, era um projeto mais caro e, aos poucos, ficou mal posicionado no mercado. Imagine: de carro de entrada europeu, o Up! por aqui ficou acima do Gol na tabela de preços e pouca coisa abaixo do Fox. Sendo que era menor e tinha bem menos espaço que os dois.

Ainda teve tempo de ser re-homologado para quatro passageiros quando começou a ser vendido em uma configuração única Extreme, em 2020. Foi o último ato. Em 2021, o Up! deixou de ser produzido pela marca alemã.

Fiat Argo

Foi nos anos 2010 que a Fiat tratou de lançar carros melhores, mas dentro do segmento de compactos. Nada de hatches médios de qualidade, mas que vendem pouco. Com o Argo, a fabricante conseguiu ter um automóvel com um melhor valor agregado na categoria que mais vende do mercado.

Lançado em 2017, o Argo substituiu de uma vez só vez Punto e Bravo no portfólio da marca. Após o fim do Uno, em 2021, hoje é o único hatch compacto da marca italiana (o Mobi é um subcompacto), com bom aproveitamento de espaço interno e custo/benefício interessante para ser um dos 10 veículos mais emplacados do país.

O modelo foi o responsável por trazer o bom motor 1.3 da linha Firefly, além de ter versões com o 1.0 6V e 1.8 16V E.torQ. Em 2019, teve versão aventureira Trekking, com bom vão livre do solo e uma penca de adesivos na carroceria. Em 2022, foi reestilizado e finalmente ganhou nova transmissão do tipo CVT com o motor 1.3.

Honda HR-V

Em março de 2015, a Honda abriu a já citada porteira dos SUVs compactos – em um espaço de três meses ainda vieram Peugeot 2008 e Jeep Renegade, na sequência. Com o HR-V,  a marca japonesa abriu um novo capítulo de sua história no país com o carro que até hoje é considerado um dos melhores dos anos 2010.

Com elevado nível de conforto, o HR-V trouxe não só novos clientes para a marca, como mostrou para seu público-alvo um jeito mais acessível de entrar no segmento de crossovers. Sempre com motor 1.8 e câmbio CVT – as versões com transmissão manual são que bem Cabra-Cabriola e Mula Sem Cabeça -, logo se tornou o mais vendido da categoria.

Antes do fim da década de 2010, o HR-V começou a ocupar um espaço mais “premium” entre os compactos e a beliscar vendas de SUVs médios. Ainda passou por um face-lift, em 2018. De quebra, estreou o motor 1.5 turbo a gasolina nas versões mais caras da linha 2020.

Volkswagen T-Cross

Depois do Ford EcoSport, a Volkswagen foi uma das primeiras a ter um projeto de SUV genuinamente urbano baseado no Up. O Taigun foi apresentado no começo dos anos 2010, mas um dos melhores carros e SUVs da fabricante só viria bem mais tarde e sem muita relação com o conceito mostrado naquele Salão de São Paulo.

No começo de 2018 a marca debutou o T-Cross. Feito sobre a plataforma MQB e a base do sedã Virtus, o utilitário esportivo logo chamou a atenção pela robustez e dinâmica típicas alemãs. Posição elevada e mais reta de dirigir e bom espaço interno também se destacam no modelo.

Isso sem falar nos motores. Com destaque para o conjunto 1.0 turbo de até 128 cv que não só dá conta de mover o grandalhão, como tem fama de pouco beberrão. Ainda nos anos 2010 o T-Cross estreou uma variante topo de linha com motor 1.4 turbo de 150 cv de potência.

Toyota Corolla

Os anos 2010 testemunharam duas das melhores fases de carros da linha Corolla. Começou com a 11ª geração, apresentada em março de 2014, com a mesma pegada de conforto, dirigibilidade e durabilidade que sempre acompanhou a trajetória do sedã médio da Toyota.

Esse Corolla ainda trouxe outro diferencial. O câmbio Multi Drive, nada mais que um CVT com sete marchas simuladas, mas que se mostrou uma das melhores transmissões continuamente variáveis do mercado, com um comportamento que fugia ao padrão enceradeira de outras caixas do tipo.

Antes do fim dos anos 2010, o Corolla ainda emplacou mais um dos melhores carros da década passada. No segundo semestre de 2019, a Toyota lançou a atual 12ª geração do sedã. Com acerto fino e mais requinte a bordo, o Corolla ainda foi pioneiro ao trazer o primeiro conjunto híbrido flex do mundo.

Nas versões mais caras do três-volumes, o motor 1.8 trabalha com outro elétrico, com promessa de consumo urbano com gasolina na casa dos 17 km/l. As outras opções foram equipadas com o motor 2.0 aspirado, que passou a ter injeção direta de combustível para render até 177 cv.

Peugeot 208

O 208 foi lançado em 2013 no Brasil e nunca teve a venda compatível com suas qualidades. Com boa posição de dirigir e calibragem mais firme, o hatch compacto está entre os melhores (e mais injustiçados) carros dos anos 2010. Muito devido à má-fama que ainda assombrava os modelos da marca francesa.

Para início de conversa, o 208 já tinha um design diferenciado e ousado – uma prévia do que viria na segunda geração, lançada em 2020. Nos motores, mais do mesmo: o 1.5 8V e o 1.6 16V da linha 207, porém, chegou a ter o ótimo 1.0 três-cilindros Pure Tech, que credenciou o hatch como o carro mais econômico daqueles tempos.

Fiat Uno

O primeiro Uno já passava dos 20 anos de Brasil quando a Fiat resolveu fazer um Uno à brasileira. Com desenho simpático e quadradinho, a segunda geração do hatch foi um projeto de Betim (MG) que ficou fácil entre os melhores carros dos anos 2010.

Apesar do projeto simples e do pouco espaço interno – ainda mais em relação à primeira geração -, esse Uno se destacou por uma posição de dirigir mais alta, baixo custo de manutenção e bom posicionamento de preços. Usou motores 1.0 e 1.4, mas estreou os novos Firefly, além de ter tido uma bacana opção Sporting.

Com a estreia do Mobi e do Argo, o Uno ficou meio perdido no portfólio da Fiat. As vendas minguaram e no fim de vida passou a ser oferecido em apenas uma versão de acabamento na linha 2020. Um ano depois se despediu do mercado.

Hyundai HB20

Os anos 2010 foram marcados pela entrada de outras marcas no segmento de compactos. Uma delas foi a Hyundai, que inaugurou uma filial própria aqui (antes era representada apenas pelo Grupo Caoa), com direito à fábrica em Piracicaba (SP), e uma nova linha de modelos de entrada.

Eis que surgiu o HB20. Feito sobre a base do i20 europeu, o hatch foi um modelo desenvolvido especificamente para o nosso mercado e logo quebrou paradigmas. Primeiro, pelo design fora da caixinha. Além disso, tinha ampla gama de versões de acabamento e motores e custo de manutenção entre os mais baixos do mercado.

Com isso, o HB  logo se tornou um dos melhores e mais importantes carros dos anos 2010. Se transformou em um dos principais rivais do Chevrolet Onix na briga pela liderança nos emplacamentos. Teve um sem fim de séries especiais e ainda deu origem ao aventureiro HB20X, além do sedã HB20S.

Em 2015, passou por uma reestilização e em 2018 mudou a grade. No ano seguinte, a linha HB estreou novo motor turbo com injeção direta e foi bastante remodelada, no que a Hyundai definiu como sua segunda geração. Em meio aos problemas de produção do Onix, em 2022 tornou-se o automóvel de passeio mais vendido do país.

Toyota Etios

Além da Hyundai, a Toyota passou a olhar com bons olhos o segmento de compactos no Brasil no começo da década passada. Até então só produzindo o Corolla, a marca japonesa investiu em uma nova fábrica, em Sorocaba (SP), para fazer o Etios, seu projeto indiano de baixo custo voltado para mercados emergentes.

Foi talvez um dos veículos mais massacrados por críticas. O Etios foi lançado em 2013 em variantes hatchback e sedã com desenho para lá de controverso. Para piorar, o acabamento interno era pobre. Em resumo, não parecia um Toyota.

Mas suas virtudes mecânicas, justamente por ser um Toyota, o colocam também entre os melhores carros dos anos 2010. Com motores 1.3 e 1.5 e opção de câmbio automático, o Etios oferecia bom desempenho com eficiência e rodar confortável. Além disso, ao lado do HB20, tinha baixo custo de revisão.

Não vendeu mais porque a fábrica estava no limite de produção até ser ampliada. Com o passar do tempo, a gama teve melhorias no acabamento, uma dispensável versão aventureira Cross e foi reestilizada em 2017. Mas a chegada do Yaris impactou os emplacamentos do Etios, que saiu de linha em 2021.

Ford New Fiesta

A sexta geração do hatch mais famoso da Ford chegou ao Brasil importada do México em 2011. Trouxe consigo o novo motor 1.6 16V da linha Sigma, que prometia componentes de menor atrito e mais eficiência energética. Mais que isso, o New Fiesta chegou com uma qualidade superior ao então Fiesta 5, fruto do Projeto Amazon.

Em 2013, o compacto passou a ser produzido em São Bernardo do Campo (SP) para se consolidar como um dos melhores carros dos anos 2010. Ainda recebeu opção com motor 1.5 16V. Antes do fim da década estreou câmbio automático e teve até uma divertida versão com motor turbo Ecoboost, importado da Romênia com 125 cv de potência. 

Infelizmente, os planos globais da Ford não contemplavam modelos compactos, ainda mais hatches. Em 2019, a empresa encerrou a produção do New Fiesta. Dois anos depois, a montadora fechou ainda todas suas atividades industriais no Brasil.

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