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O melhores carros dos anos 2000 – Parte 1

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A virada do milênio trouxe aumento na oferta de modelos com expansão de montadoras instaladas no país

Por Fernando Miragaya

Enquanto o mundo se preparava para o bug do milênio, a indústria automotiva se expandia no Brasil. As fábricas de novas marcas instaladas na década anterior aumentaram sua produção e oferta, enquanto novas montadoras se estabeleceram no Brasil para fazer os melhores carros dos anos 2000.

Na década que abriu o século 21 e o terceiro milênio, novos conceitos de carroceria também ganharam fabricação local. Ao mesmo tempo, o acordo com o Mercosul aumentou o intercâmbio de veículos feitos na Argentina. 

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Na série dos melhores carros de cada década, vamos destacar modelos que marcaram o começo do século 21. Consideramos a década sob licença poética de 2000 a 2009 e apenas automóveis de passeio fabricados no Brasil e no Mercosul – não entram importados nem picapes médias.

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Ford Focus

Produzido na Argentina, o modelo foi lançado em 2000 para ser não só um dos melhores carros daqueles anos, como um dos mais importantes da história da Ford. O hatch médio chegou para brigar para valer com o VW Golf e se valia de acerto dinâmico aprimorado e de um jogo de suspensão traseiro independente que até hoje é referência no mercado.

Além disso, sempre dispôs de uma gama de motores bastante empolgantes. Começou com os Zetec 1.8 de 115 cv e 2.0 de 130 cv. Depois trocou pelo Zetec Rocam 1.6 de 103 cv e o Duratec 2.0 de 147 cv (manual) e 140 cv (AT). Antes da segunda geração, o menor propulsor ainda virou flex. 

Em 2008, o novo Focus manteve a pegada que fez da linha um sucesso e seguiu como um dos melhores carros dos anos 2000 

Citroën C3

O hatch foi o segundo modelo da Citroën produzido na nova fábrica da PSA em Porto Real (RJ) – depois do Xsara Picasso. Apresentado em 2003, o C3 se destacou logo de cara pelo design ousado e simpático, dominado por formas arredondadas.

Chamava a atenção também no hatch o nível de acabamento interno, mais estiloso e caprichado que a maioria dos rivais. A Citroën do Brasil fez do C3 um compacto premium e logo capitaneou essa imagem para se posicionar no Brasil como uma marca mais requintada que as demais generalistas.

Ao longo dos anos 2000 foi um dos melhores carros dos new players e teve motores 1.4 8V e 1.6 16V (esse que dura até hoje na terceira geração do hatch). Teve várias séries que tentavam reforçar aquele ar de requinte (como a Ocimar Versolato) e até opção aventureira XTR. 

Honda Fit

A Honda já tinha se consolidado no Brasil com fama de fabricante de automóveis confiável e confortável com o Civic. Em 2001, a marca japonesa resolveu fazer aqui um dos melhores e mais revolucionários carros dos anos 2000.

Foi um lançamento impactante pela concepção do projeto, já que o desempenho dos motores 1.4 e 1.5 e câmbio CVT sempre foi “mais do mesmo”. Compacto por fora, mas com conceito monovolume, cabine bem aproveitada e sistema modular de bancos, o Fit sempre ofereceu espaço maior que a concorrência.

Com o aval do “H” na grade frontal, se posicionou como compacto premium. Manteve todas essas virtudes em suas duas gerações seguintes, uma delas ainda na primeira década deste milênio, em 2008. Não espanta que mesmo no mercado de usados seja um carro valorizado.

Chevrolet Zafira

Os melhores carros dos anos 2000 são pontuados por monovolumes e minivans. A Zafira foi uma delas e até hoje é motivo de saudades para os adeptos de carros familiares. Lançada em abril de 2001, o modelo chegou no segmento de monocabs médias com o diferencial dos 7 lugares, que Xsara Picasso e Scénic não ofereciam.

Espaçosa e confortável, a Zafira foi vendida sempre com motor 2.0, em variantes 8 e 16 válvulas. Teve opção de câmbio automático, uma reestilização e uma série especial, e deixou de ser produzida em 2012. Até hoje, o que não falta é taxista reclamando de a GM ter “trocado” a Zafira pela Spin

Toyota Corolla

Também conhecido como Corolla Brad Pitt, a segunda geração brasileira (a nona global) do sedã médio foi a que moldou a fama de carro inquebrável do carro. Lançado em 2002, o três-volumes da Toyota teve motores 1.6 de 110 cv e 1.8 de 136 cv e só viu seu reinado no segmento ser abalado após a chegada do New Civic, em 2006 – mesmo assim, por alguns anos.

Um dos melhores carros da década, nos anos 2000 o Corolla ainda ganhou comando variável no motor 1.8 e teve direito a uma série “esportivada” S. Ainda deu cria familiar: a station-wagon Fielder, que durou pouco em um mercado repleto de minivans e com os SUVs dando os primeiros passos.

Esta era dourada do Corolla (que continuou dourada para sempre) foi até 2008, quando a Toyota passou a produzir a décima geração do sedã em Indaiatuba (SP).

Fiat Strada Adventure

Não é exagero dizer que a Strada Adventure foi um dos melhores carros, e também um dos mais pioneiros dos anos 2000. A variante off-road-light da picape compacta seguiu a lógica da Palio Adventure, com motor 1.8 de origem GM, suspensão elevada, amortecedores mais robustos, pneus de uso misto e toda aquela estética jipeira.

Além da cabine estendida já herdada da década anterior, a Strada Adventure ainda foi a primeira do segmento a ter opção de bloqueio do diferencial dianteiro. O dispositivo Locker, lançado em 2008, não fez dela uma trilheira, mas podia ajudar em determinadas situações de atoleiro. 

Em 2009, outra inovação na linha Strada teve como cartão de visitas a Adventure. Foi a primeira picapinha a ter cabine dupla, com dois banquinhos extras na parte de trás que exigiam certo contorcionismo, mas que não deixavam de ser um diferencial.

Peugeot 206

O 206 quebrou paradigmas do segmento de compactos. Apesar de ter sido lançado no Brasil em 1999, ainda importado, foi a partir de 2001 que ele inaugurou a fábrica da PSA em Porto Real (RJ) e se consolidou no nosso mercado.

O hatch da Peugeot foi um dos melhores carros de sua categoria porque trouxe para a seara dos compactos um design ousado e fora dos padrões comportados. O acabamento interno também era um destaque, além dos motores 1.0 16V (da Renault) e 1.6 16V, que dois anos depois passou a ser feito na mesma unidade fluminense.

Em 2004 entrou em cena o motor 1.4. Naquela década, o 206 ainda experimentou diferentes séries limitadas, a adesão à tecnologia flex, opção de câmbio automático e diferentes versões. Deu até origem a uma inédita SW, com direito à variante aventureira Escapade.

O hatch ainda conviveu, no fim dos anos 2000, com o 207, seu sucessor, que no Brasil viveu uma controvérsia: nada mais era que a base do 206 com casca da nova geração europeia, o que lhe rendeu o apelido de 206,5.

Chevrolet Corsa II

A segunda geração do Corsa não fez o mesmo sucesso que a primeira, mas foi, sem dúvida, um dos melhores carros dos anos 2000. Com dinâmica melhor apurada, o hatch estreou em 2002 e um ano depois adotou o motor 1.8 flex de 106/105 cv nas versões mais caras.

Esse Corsa teve uma variante esportiva SS. Não se comparava à versão GSi dos anos 1990, mas tinha lá seu quê de diversão, com a potência do 1.8 elevada para 114/112 cv. O compacto ainda recebeu opção 1.4, que, a partir de 2009, se manteve como única motorização desta geração do hatch até o fim de sua produção, em 2012.

O Corsa II também teve seus filhos. Uma carroceria sedã, que conviveu com o Classic – baseado na primeira geração -, e a primeira Montana, a picape compacta que sucedeu o Corsa Pick-up da década de 90.

Volkswagen Polo

O Polo trouxe muitas inovações para a indústria brasileira nos anos 2000, além de despontar como um dos melhores carros daqueles tempos. Já na linha de produção, a então quarta geração do hatch tinha nível de construção elevado, com direito a soldas a laser, tecnologia exclusiva de modelos maiores à época.

Por isso mesmo, o Polo era mais caro que seus concorrentes do segmento, e ficou posicionado na tal sub-categoria de compactos premium. A despeito do acabamento fraco, tinha os bem dispostos motores VW 1.6 e 2.0 aliados ao câmbio de cinco marchas justinho e preciso. Teve até uma variante 1.0, mas que não durou nem um ano.

Os simpáticos faróis redondinhos deste Polo deram adeus na reestilização de 2006. Depois, muitos acontecimentos na vida do hatch até o fim da década. Uma versão raríssima GTi com motor turbo de 150 cv, outra esportiva GT com 120/116 cv, sistema de partida a frio sem tanquinho, opção do problemático câmbio i-Motion e a configuração Bluemotion, com promessa de maior eficiência.

Ford Ka XR

O século começou com um dos melhores e mais divertidos carros que o Brasil já testemunhou. Em 2001, o pacato Ka ganhou motor 1.6 Zetec, acerto mais firme na suspensão e nos freios para se transformar em uma espoleta na surpreendente versão esportiva XR.

Imagine os 95 cv num carro com 930 kg e entre-eixos de 2,44 metros? Por isso, o Ka XR tornou-se também um dos modelos mais emblemáticos e cultuados da Ford no Brasil. Deixou saudades, assim como o próprio subcompacto, que foi desfigurado na remodelação de 2008.

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