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Teste: Honda HR-V Touring – desempenho e preço em alta

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Desempenho do motor 1.5 turbo é o trunfo do Honda HR-V Touring que também se diferencia por alguns itens de conforto e conveniência, a exemplo da nova plataforma de conectividade. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

O desempenho do motor 1.5 turbo flex com injeção direta na câmara de combustão é o apelo do Honda HR-V Touring, que tem exclusividade da partida remota do motor, abertura do porta-malas por sensor de movimento e regulagens elétricas do banco do motorista.

Se o desempenho das versões com motor 1.5 aspirado é apenas razoável, com turbo e injeção direta os valores de torque e potência aumentam significativamente e proporcionam desempenho muito bom na aceleração e na retomada (caso de ultrapassagem).

Os valores de torque (24,5 kgfm) e de potência (177 cv) são os mesmos com etanol e gasolina. O câmbio é o automático CVT com sete marchas simuladas e troca manual pelas aletas no volante. O câmbio está projetado para reduzir a marcha ao diminuir a velocidade.

É muito útil como freio-motor para exigir menos dos freios físicos. Há três modos de condução: econômico, normal e esporte. O primeiro visa economia e o último a esportividade, com troca de marcha em rotação mais elevada.

O Honda HR-V Touring se diferencia no visual daquelas com motor aspirado pela grade frontal e também preto brilhante no para-choque traseiro, molduras da caixa de roda e sob as portas. Em relação à geração anterior, a inclinação do vidro traseiro a 45 graus é logo percebida.

O formato cupê está em moda no mundo do automóvel. É quase imperativo nos desenhos de carrocerias e adotado atualmente por todos os fabricantes. A saída dupla de escapamento também diferencia essa versão daquelas com motor aspirado. As lanternas traseiras estão unidas por uma barra iluminada com luz de LED.

O espaço no banco traseiro aumentou para pernas, que esticadas ficam totalmente apoiadas apesar de o assento traseiro ser um pouco mais curto que os dianteiros. Entretanto, o espaço no porta-malas diminuiu.

Quando confrontadas, percebe-se nitidamente a diferença na capacidade. Na geração anterior, basta jogar as bagagens da família e fechar a tampa. Na atual, o mesmo volume de bagagem requer arrumação. 

O Honda HR-V Touring herdou do Fit a tecnologia modulável dos bancos que permite rebatimento de encosto e assento do banco traseiro para levar objetos compridos e altos, além de formar plataforma plana com o assoalho do porta-malas.

Os bancos têm nova anatomia e apoiam bem o corpo. Assentos dianteiros estão mais compridos e o banco do motorista é regulável eletricamente em altura e distância. A posição de dirigir está elevada em um centímetro.

É boa a visibilidade. Os retrovisores grandes foram deslocados da base da coluna A para a porta e facilitam a visão lateral. Há ainda câmera no retrovisor direito para eliminar ponto cego nas conversões. 

O acabamento interno passa sensação de qualidade com apliques de material macio na mesma tonalidade clara do revestimento de bancos no painel e nos forros de porta. Montagem e encaixes estão benfeitos.

A ergonomia do Honda HR-V Touring é boa e a maioria dos comandos está posicionada corretamente. Abaixar para entrar no banco traseiro e muitos comandos no volante revestido com material liso, que pode provocar deslizamento acidental das mãos, comprometem a ergonomia assim como o revestimento dos bancos com material que não transpira e torna obrigatório usar o ar.

Os comandos do ar-condicionado de duas zonas são físicos e há o fluxo disperso que não atinge diretamente o corpo dos ocupantes.

As funções da tela tátil de oito polegadas do sistema multimídia são pouco utilizadas em movimento. Ponto em ergonomia. A navegação não é nativa. O multimídia é compatível com Android e Apple. A versão Touring estreia a nova plataforma que conecta o motorista com o carro por meio do celular.

Os limpadores atingem boa área, mas os lavadores deveriam ser do tipo spray. Na unidade avaliada, as palhetas trepidavam. Faróis com luz de LED iluminam bem, mas o facho baixo tem alcance curto.

Freios a disco nos dois eixos são excelentes e param bem os 1.422 quilos do Honda HR-V Touring. Porta-luvas não tem luz. Interior tem duas luzes no teto e os comandos têm fácil identificação noturna. 

A tecnologia de segurança é de série em todas as versões da geração atual e inclui frenagem automática de emergência, que identifica pedestre e veículos de duas ou mais rodas; farol alto automático; permanência na faixa com interferência no volante e de saída de pista. O controle automático de descida é usado em piso de baixa aderência entre 3 km/h e 20 km/h.

A carroceria tem mais rigidez de torção com uso de aço mais resistente. Há seis airbags, assistente de partida em rampa, controles de tração e de estabilidade, assistente de ponto cego com câmera no retrovisor direito, câmera de ré multivisão, entre outros.

A estabilidade direcional evoluiu com novas calibragens de direção e de suspensão. O perfil dos pneus passou de 55 para 60 e mantiveram-se as rodas aro 17. O conjunto roda/pneu tem mais borracha que metal. O rodar está mais firme, mas não ocorre transferência para dentro.

A carroceria tem inclinação moderada em curva. Além das barras estabilizadoras ou antirrolagem nos eixos dianteiro e traseiro, há uma na parte central que tem dupla função: além de conter a movimentação da carroceria, protege elementos da parte inferior.

 A direção tem duas voltas e meia de batente a batente e está bem calibrada em manobra e mais direta em velocidade mais alta, aumentando o prazer de dirigir. Diâmetro de giro maior requer mais manobra em garagem.

O consumo de gasolina registrado no computador de bordo variou de 6 km/l a 8 km/l na cidade e atingiu 13 km/l na estrada.

A Honda continua devendo o indicador de temperatura do líquido de arrefecimento do motor no quadro de instrumentos, que tem tela TFT de sete polegadas com várias informações do computador de bordo.

Além dos itens de segurança e de conforto e conveniência já citados, a versão Touring também tem partida e travamento e destravamento de portas sem chave; retrovisor interno eletrocrômico; sensor crepuscular e de estacionamento dianteiro.

O preço sugerido do Honda HR-V Touring é de R$ 190.900. A pintura na cor branca pérola é opcional e custa R$ 2.300. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem. O desempenho é muito bom, mas o preço da versão é alto.

Ficha técnica Honda HR-V 1.5 Touring

Motor
De quatro cilindros linha, 16 válvulas, turbo, transversal, flex, injeção direta, 1.497 cm³ de cilindrada, com potência de 177 cv (etanol/gasolina) a 6.000 rpm e torque máximo de 24,5 kgfm (e/g)) de 1.700 rpm a 4.500 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio CVT de infinitas relações com sete marchas simuladas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 11 metros 

Freios
Disco ventilado na dianteira e disco na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, barra estabilizadora; traseira, barra de torção, barra estabilizadora; altura do solo, 18,1 centímetros

Rodas/pneus
6×17”de liga leve/215/60R17

Peso
1.422 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
400 quilos

Capacidades
Tanque, 50 litros; porta-malas, 354 litros; ângulos de entrada/saída, 16/20,3 graus

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,385; largura, 1,79; altura, 1,59; distância entre-eixos, 2,61

Desempenho
Velocidade máxima, n.d; aceleração até 100 km/h, n.d

Consumo (km/l)
Urbano, 7,9 (e) e 11,3 (g); estrada, 8,8 (e) e 12,6 (g)

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