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[Teste] Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI: desempenho deveria ser melhor

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SUV compacto aumenta ligeiramente as medidas na linha 2022, tem novo visual e muitos itens de conforto e conveniência. Motor 1.0 turbo flex tem apenas desempenho satisfatório. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

O desenho dos carros contraria a lógica dos motores. Uma das diferenças da nova geração do Creta é o capô alongado. Ora, se o motor diminui de tamanho, por que o capô é longo? Isso não é privilégio da Hyundai. Outros, como Mercedes e BMW, seguem a mesma trilha.

Designer de automóvel tem concepções esquisitas. Não é possível desenhar de outra maneira? Parece que a falta de lógica é premissa básica.

Grade hexagonal enorme com cromados salpicados. O Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI está 3 centímetros maior em comprimento; 1 cm em largura e 2 cm de distância entre-eixos. Interior agradável com central multimídia voltada para o motorista; quadro de instrumentos digital de leitura imediata.

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A tela tátil tem 10,25 polegadas, navegação nativa e é compatível com Android e Apple. Há o sistema denominado Blue Link de serviços de conexão com alertas, assistências, diagnósticos, informações de tráfego, entre outras comodidades e segurança.

Iluminação do habitáculo deveria ser melhor. Comandos dos vidros na porta do motorista, exceto o do motorista, não têm luz assim como o porta-luvas. Inconcebível em carro desse preço. Falha em ergonomia.

Bancos dianteiros forrados em couro e do motorista, ainda bem, tem ventilação. Por não transpirar, o couro é outra falha em ergonomia.

As outras são: abaixar para entrar no banco traseiro, pega unilateral da tampa do porta-malas, que desfavorece canhoto, assento traseiro curto e muitos comandos no volante. Espaço é confortável para dois adultos no banco traseiro, que tem encosto fracionado (1/3 e 2/3).

Interior bem acabado nos encaixes e montagem. O painel central e os forros de portas são em plástico duro e convencem no visual. Ar-condicionado digital de uma zona, com saída para o banco de trás. Porta-malas tem boa capacidade (430 litros).

Câmera de ré de 360 graus ajuda na visibilidade assim como os retrovisores grandes. Há câmera para monitoramento de ponto cego, que funciona com o sinalizador de direção (seta) ligado. Visibilidade traseira ¾ é limitada pela largura da coluna C.

O volante tem boa pega e é revestido corretamente com material rugoso que evita deslize acidental. A coluna de direção tem regulagens em altura e distância. Há muitos comandos nele. Para acioná-los é preciso tirar os olhos da via. O mesmo dilema da tela tátil do sistema multimídia.

Há três modos de condução (Eco, Normal e Sport) selecionáveis por meio de comando rotativo no console central. O Sport, que trabalha em rotações mais elevadas, funciona também como freio-motor em descida.

O motor 1.0 tricilíndrico turbo do Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI tem injeção direta e potência e torque iguais tanto para etanol quanto para gasolina. É ruidoso em alta rotação. Não há material antirruído sob o capô.

Está acoplado ao câmbio automático com conversor de torque de seis velocidades. Ocorre ligeiro tranco nas trocas em baixa rotação.

Há aletas no volante para troca manual. Como não há modo manual, o câmbio volta ao modo automático assim que o carro para. Reduzir as marchas manualmente é recurso para usar o freio-motor.

O desempenho satisfaz com dois adultos. O torque de 17,5 kgfm deveria ser maior pelo peso do carro (1.270 kg). Número de desempenho do fabricante em aceleração até 100 km/h (11,5 segundos) revela o limite. Relação de peso/potência (10,6 kg/cv) é alta.

Trata-se de carro com proposta familiar. O Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI não é lerdo, mas deveria ter mais disposição, principalmente com carga máxima. Na ultrapassagem, ocorre ligeiro retardo na resposta ao pressionar totalmente o acelerador.

O consumo de etanol registrado no computador de bordo variou entre 5 km/l e 6 km/l na cidade com ar ligado. Na estrada, 9 km/l. O sistema Stop & Go desliga e religa o motor em parada e ajuda a diminuir consumo.

O rodar do Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI é confortável até sobre piso irregular. A suspensão transfere em níveis aceitáveis as imperfeições para o habitáculo, que é silencioso sobre calçamento irregular. A carroceria inclina pouco em curva, apesar da grande altura (19 cm) do solo. São bons os ângulos de ataque/saída para transpor obstáculo em caminho ruim.

O Creta se assemelha ao Nissan Kicks com mais pegada de automóvel do que SUV. A direção está bem calibrada, sem ser comunicativa, em velocidade mais alta. Porém, deveria ser mais leve em manobra. Diâmetro de giro não é divulgado, mas o Creta manobra bem em garagem.

Freios excelentes com discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira param o carro em espaço de segurança. Limpadores dianteiros limpam boa área e os lavadores são eficientes. O limpador traseiro atinge área pequena em função do limite da altura do vidro.

Faróis com luz de halogênio iluminam mal no facho baixo. O alto é eficiente assim como os auxiliares de neblina. Tem a importante regulagem elétrica de altura do facho em função da carga transportada. Há acendimento automático dos faróis.

Está equipado com seis airbags, controles de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa e muitos itens de conforto e conveniência, como o teto solar panorâmico, entrada e partida sem chave.

O Hyundai Creta 1.0 TGDI turbo flex na versão Platinum tem preço sugerido de R$ 144.490. A pintura metálica custa R$ 1.600. A garantia é de cinco anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI

Motor
De três cilindros em linha, 998 cm³ de cilindrada, 12 válvulas, de 120 cv (etanol/gasolina) de potência máxima a 6.000 rpm e torque máximo de 17,5 kgfm (e/g) a 1.500 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, não divulgado

Freios
Disco ventilado na dianteira; sólido na traseira; altura do solo, 19 centímetros

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, eixo de torção

Rodas/pneus
6,5×17” de liga leve /215/60R17

Peso
1.270 kg

Carga útil (passageiros+ bagagem)
430 kg

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,30; largura, 1,79; altura, 1,635; distância entre-eixos, 2,61

Capacidades (litro)
Porta-malas, 422; tanque, 50; ângulos de ataque/saída, 20,4/28,3 graus

Desempenho
Velocidade máxima, 180 km/h (etanol/gasolina); aceleração até 100 km/h, 11,5 segundos (e/g)

Consumo (km/l)
Urbano, 8,3 (e) e 11,5 (g); estrada, 8,7 (e) e 12 (g)

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