Hatch, que acaba de sair de linha, teve muitas e variadas edições limitadas ao longo de quase duas décadas
Por Fernando Miragaya
Ficar 18 anos no mercado em cima de uma mesma geração não é para qualquer um. E olha que o Fox chegou ao fim de linha em setembro com poucas mudanças no design (na verdade, apenas duas) e também de motores. O que nunca impediu o compacto de ter uma variedade interessante de séries especiais.
O número de edições também explica – e, de fato, ajudou – o sucesso comercial do Fox. Em boa parte desta vida, o modelo que inaugurou a subcategoria de hatches altinhos foi figura fácil entre os 10 modelos de passeio mais emplacados do país. Embalado por um bom custo/benefício – e um grau de status acima do Gol -, realçado pelas 10 edições limitadas.
São séries especiais do Volkswagen Fox que tentam agregar ao hatch geralmente uma imagem descolada e jovem, mas também esportiva. Sem falar nas edições alusivas a patrocínios da Volkswagen à época, como os modelos Rock in Rio e Seleção.
Fox Route (2007)
Quatro anos após a estreia do hatch, o fabricante alemão lançou a primeira série especial para o compacto. O nome foi inspirado no Volkswagen Route, um programa de relacionamento que a montadora criou anos antes para aproximar o público universitário da marca.
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- O Fox Route foi vendido com os motores 1.0 e 1.6 (já Total Flex). Entre os equipamentos a mais em relação à linha, direção com assistência hidráulica, som – com CD player, Bluetooth e entrada USB -, rodas de liga-leve e faróis duplos. Na verdade, os equipamentos faziam parte das configurações exportadas e a edição limitada facilitava a logística de produção do hatch.
Fox Extreme (2008)
Exibido no Salão de São Paulo de 2008, o Fox Extreme tinha detalhes arrojados, como o próprio nome sugere. Rodas de liga-leve aro 15”, couro nos bancos, no volante e na alavanca do câmbio, faróis duplos com lentes escurecidas, ponteira de escapamento esportiva e moldura da lanterna, grade, pára-choques e defletor traseiro todos na cor preta .
O desenho de uma raposa foi colocado de forma discreta nas laterais da carroceria e nos encostos dos bancos. Já o nome da edição estava presente nas soleiras esportivas das portas. A Volks classificou o Fox Extreme como primeiro carro tunado de fábrica… mas o motor era o bom e velho EA111 1.6 de 104/101 cv.
Fox Sunrise (2009)
A série foi criada para ser um Fox aventureiro mais barato que o CrossFox da época, e novamente atrair o público jovem. A receita de bolo estava lá: paralamas e estribos na cor preta, rack no teto, spoiler traseiro, lanternas escurecidas, rodas de liga leve e pneus de uso misto.
Com três opções de cores – branco, prata e amarelo Ímola – a série tinha menos equipamentos que o CrossFox e usava motor 1.0. No interior, ainda trazia detalhes de couro no acabamento e maçanetas internas brancas.
BlackFox e SilverFox (2011)
A linha 2012 do Fox trouxe duas edições de uma vez. Porém, a única diferença entre elas estava justamente na cor explicativa nos nomes. A BlackFox foi vendida na cor preto Magic, enquanto a SilverFox tinha carroceria pintada de prata Sargas. As rodas aro 15” modelo SPA também eram diferentes.
No mais, essas duas séries especiais do Volkswagen Fox traziam adesivo preto na coluna central, friso cromado no para-choque dianteiro, spoiler preto na tampa do porta-malas e maçanetas na cor da carroceria, além de faróis de neblina e lentes escurecidas no conjunto ótico frontal e nas lanternas traseiras.
Na cabine, revestimento escuro na forração do teto e das colunas, bancos de tecido cinza e espelhos nos parassóis. A alavanca do câmbio manual era diferente do restante da linha e as portas traziam placas de identificação.
Fox Rock in Rio (2011, 2013 e 2015)
Na década passada, a Volkswagen foi patrocinadora de três edições do maior festival de música do país – antes de a Ford chamar para si tal função. E em todas as vezes tratou de lançar uma série especial do Fox alusiva ao evento.
O primeiro Fox Rock in Rio foi apresentado em 2011, juntamente com o Gol. Com 300 unidades mensais, o hatch altinho só era vendido com motor 1.6 (o – já – colega de plataforma, com 1.0) e três opções de cores, que seguiam os tons oficiais do festival: azul, vermelho e branco – com direito a símbolos do evento na carroceria.
Acabamento preto fosco nas colunas centrais, friso cromado no para-choque e lentes escurecidas nos faróis e lanternas completavam o pacote estético. Na cabine, volante herdado do Passat CC, silhueta de uma guitarra nas laterais dos bancos e soleiras cromadas com o emblema do Rock in Rio.
Obviamente, o som era caprichado – para a época. Tinha CD player, Bluetooth, MP3, entradas USB, SD card e iPod, quatro alto-falantes e dois tweeters. Os compradores ganhavam uma senha para baixar músicas gravadas no festival.
A série foi repetida em 2013 e 2015. Neste último ano, foi baseada na versão Comfortline 1.6 e, além dos emblemas do Rock in Rio na carroceria, na soleira, nos bancos e até no cinzeiro, o Fox recebeu grade frontal do tipo colmeia, acabamento cinza na capa dos espelhos, saias traseiras, lanternas com lentes escurecidas e rodas de liga-leve aro 15″.
A edição era acompanhada de um copo personalizado do Rock in Rio.
Fox Seleção (2013)
Patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) antes de Chevrolet e Fiat, a Volks aproveitou o bom momento da Seleção Brasileira e lançou esta série especial do Fox (e também do Gol e do Voyage) em 2013. A edição pegava embalo na conquista da Copa das Confederações daquele mesmo ano, e meses antes do vexatório 7 a 1.
A edição foi limitada a 20 mil unidades para os três carros, que eram vendidas com o escudo da CBF no para-lamas, além de ícone verde e amarelo na traseira. Nas laterais, faixas com “Seleção” e o número 10 estilizado. No habitáculo, chamavam a atenção os detalhes amarelos, porta-objetos com o símbolo da confederação e bancos com desenho que lembra uma bola de futebol.
Fox Pepper (2015)
Esta série especial do Fox apareceu primeiro no Salão de São Paulo de 2014. Baseada na versão Highline, ganhou moldura nas caixas de roda, saias laterais, rodas de liga-leve exclusivas, faróis de neblina e de milha, grade tipo colmeia com filete vermelho e ponteira dupla do escapamento. As capas dos retrovisores podiam ser em preto brilhante ou vermelho e o para-choques era igual ao do CrossFox.
Na cabine, o Fox Pepper fazia as honras ao nome com a cor vermelha nas molduras das saídas de ar, no tecido dos painéis das portas e nas costuras aparentes do volante revestido de couro. Já os bancos receberam revestimento em tecido exclusivo. O motor era o 1.6 16V EA211 com opção de câmbio manual ou automatizado i-Motion.
Fox Run (2016)
A última série especial do Volkswagen Fox já tem cinco anos. Chamada de Run, tinha grade tipo colmeia, adesivos com o nome da edição nas laterais, carcaça dos espelhos na cor preta e rodas de liga leve aro 15” diferenciadas. No interior, bancos com tecido personalizado e estampas refletivas, e revestimento de couro na alavanca do câmbio e no volante
Sempre com motor 1.6 16V, o Fox Tun era equipado com faróis e lanterna de neblina, ar-condicionado, sensores de obstáculos na frente e atrás e central multimídia Composition Touch. Teto-solar elétrico, câmera de ré, controle de cruzeiro, retrovisor eletrocrômico e sensores de luminosidade e de chuva faziam parte dos opcionais.
CrossFox Urban White (2016)
A série praticamente marcou a despedida do CrossFox, que saiu de linha em 2017. A ideia foi emprestar um estilo meio bandido ao hatch aventureiro. A Urban White foi vendida apenas no mesmo tom de branco do Golf VII, com opção de teto pintado de preto.
Ainda de diferente, as molduras dos para-lamas com nichos pintados de branco, e parte inferior dos pára-choques e suporte do estepe na cor do veículo. O preto voltava a estar presente nas capas dos retrovisores, nos racks do teto e nas colunas centrais.
Dentro, bancos de couro sintético com gravuras que remetem ao visual de fibra de carbono. O revestimento do teto e das colunas segue o padrão escurecido. A edição era dotada de central multimídia Composition Touch, com tela colorida de 5” e espelhamento de celular.
