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Teste: Renault Megane E-Tech – visual atraente e puro prazer de dirigir

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Modelo movido à eletricidade tem linhas limpas e fluidas da carroceria, além de ótimo desempenho. Ambiente interno é agradável e confortável. Há deslizes em ergonomia. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Assim a Renault define o tipo de carroceria do Megane E-Tech: na ficha técnica, monovolume; no material de imprensa, hatch; no site do consumidor, crossover. De qualquer maneira, as linhas atraentes são quase unanimidade, com maçanetas dianteiras embutidas em nome da aerodinâmica.

O Megane inaugura a plataforma CMF-EV desenvolvida juntamente com Nissan e Mitsubishi, que compõem a tríplice aliança. São 4,20 de comprimento e distância entre-eixos (um dos determinantes do aproveitamento do espaço interno) de 2,68 metros.

Faróis estreitos e compridos assim como as lanternas traseiras, que têm efeito visual noturno bonito. Rodas grandes (aro 18) do Renault Megane E-Tech são montadas em pneus de perfil tolerável (60). Abaixo desse valor, o rodar é desconfortável na maioria dos carros.

As maçanetas das portas dianteiras desembutem com o destravamento de portas. As traseiras estão embutidas na parte alta das portas. A área envidraçada menor aumenta o volume da carroceria. A coluna C (traseira) é bem larga e diminui a visibilidade, compensada em manobra pela câmera de ré.

O interior do Renault Megane E-Tech é atraente com forração escura no teto, nas colunas e nos forros de porta. Esses têm material macio em parte das portas dianteiras e duro nas traseiras. É sempre assim. O melhor está reservado para os bancos dianteiros.

Os bancos com boa anatomia são forrados em tecido assim como parte do painel central e dos forros de porta. O quadro de instrumentos de 12,3 polegadas é configurável e a tela do sistema multimídia tem nove polegadas. Há quatro portas USB do tipo C, duas na frente e duas atrás.

A luz ambiente é configurável e se baseia no ritmo circadiano, o ciclo biológico do ser humano repetido a cada 24 horas, para o bem-estar dos ocupantes. A cor muda automaticamente a cada 30 minutos.

Essas cores mudam também conforme o modo de direção selecionado: Eco, Confort, Sport e personalizável. Modo de direção altera também calibragem de direção, motor e dinâmica do carro.

Os bancos não têm regulagens elétricas e nem lombar, mas têm boa anatomia e não provocam cansaço. As portas traseiras têm ótimo ângulo de abertura, mas é preciso abaixar para acessar os bancos devido à descendente do teto. Lá dentro, ocupantes mais altos não esbarram a cabeça no teto. Conforto é para dois ocupantes e o assoalho, plano.

A maioria dos comandos do Renault Megane E-Tech está bem posicionada para o bem da ergonomia. O volante com bases superior e inferior achatadas está bem dimensionado, com forração rugosa somente na parte interna inferior. Coluna é regulável em altura e distância.

A posição de dirigir do Renault Megane E-Tech é ótima, mas a alavanca de marchas na coluna de direção é confundida com a de acionamento dos eficientes limpadores de para-brisa com lavadores inseridos. Falha em ergonomia.

O porta-malas tem um acerto e um erro em ergonomia: a tampa com pega dupla de fechamento favorece a destro e canhoto, mas o assoalho fundo coloca a lombar em posição inadequada na colocação e retirada de bagagem. Encosto fracionado possibilita misturar bagagem e passageiro.

Faróis com luzes de LED iluminam bem, mas facho baixo deveria ter alcance maior. A regulagem de altura do facho é automática. O farol alto automático é item de segurança assim como frenagem automática de emergência (pedestre e ciclistas), alertas de saída de faixa, de ponto cego, de manutenção na faixa e de saída do carro com segurança. 

Além dos airbags frontais, laterais dianteiros e de cortina, o Renault Megane E-Tech tem o airbag entre os bancos dianteiros para evitar choque de cabeça entre motorista e ocupante, retrovisor com câmera e reconhecimento de placas de trânsito, sensores de chuva e crepuscular.

O Renault Megane E-Tech proporciona excelente dirigibilidade com direção bem direta (rodas viram ao menor movimento do volante), e comunicativa. A calibragem do sistema de suspensão, com multilink na traseira, completa o conjunto. Rodar é firme sem transferência incômoda para dentro.

É excelente o comportamento dinâmico do carro em todas as situações. Curvas de baixa e de alta são contornadas sem susto e sempre previsíveis. A bateria de íons lítio de 60 kW tem autonomia de 337 quilômetros, conforme metodologia do Inmetro.

Um aliado na cidade é o sistema de frenagem regenerativa que recupera parte da energia cinética da frenagem convertendo-a em eletricidade para a bateria. Há três níveis de frenagem regenerativa acionados pelas aletas no volante: do leve ao intenso. Assim, aumenta-se a autonomia.

 Na estrada, as frenagens do Renault Megane E-Tech acontecem com frequência menor. Velocidades mais altas consomem mais energia, assim como combustível nos carros com motor de combustão interna.

A velocidade máxima dos carros elétricos é limitada eletronicamente – 160 km/h no Megane – para manter a carga por mais tempo. Aceleração brusca e velocidade mais alta diminuem a autonomia. 

Além das linhas bonitas da carroceria, o Megane é prazeroso de dirigir. Atinge 100 km/h em 7,4 segundos no modo Sport. O torque está totalmente disponível desde a arrancada. Esse é o trunfo dos elétricos. Não há retardo ao acelerar. O carro sai rápido da inércia.

Os freios são excelentes, com disco nos dois eixos. O Renault Megane E-Tech obteve nota máxima no teste de impacto do EuroNCap, o que comprova a excelência do material empregado na construção da carroceria.

Um cabo para recarga em terminais públicos ou privados é de série, enquanto o cabo para tomada doméstica é vendido como acessório. A bateria tem garantia de oito anos ou 160 mil quilômetros. O carro não tem pneu reserva. Há kit de reparo e compressor para enchimento.

Produzido na frança, o preço sugerido do Renault Megane E-Tech é de R$ 279.900. São muitos os itens de conforto, conveniência e de segurança. Ar-condicionado digital de duas zonas com purificador de ar é destaque. Não tem opcional.

Ficha técnica Renault Megane E-Tech

Motor
Um motor elétrico síncrono com rotor bobinado eixo dianteiro com potência máxima de 220 cv e torque máximo de 30,6 kgfm; bateria, 60 kWh

Transmissão
Automática de uma marcha à frente e uma à ré, tração dianteira 

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica variável; diâmetro de giro, 10,4 metros

Freios
Discos ventilados na dianteira, e discos sólidos na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, Mc Pherson; traseira, independente, multilink; altura do solo, 15,3 centímetros

Rodas/pneus
18”de liga leve/195/60R18

Peso (kg)
1.680; bateria, 394 

Carga útil (passageiros + bagagem)
450 quilos 

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,20; largura, 1,768; altura, 1,519; distância entre-eixos, 2,685

Capacidades (litro)
Porta-malas, 440; ângulos de entrada/saída (graus), 17,8/27,6 

Desempenho
Velocidade máxima (km/h), 160 (limitada eletronicamente); aceleração até 100 km/h (segundos), 7,4 

Autonomia (quilômetros)
Combinado (urbano e estrada), 337 (PBVE)   

Tempo de recarga da bateria
36 minutos (30% a 80% – DC, corrente contínua) em estação rápida 130 kW; 1h50 (15% a 80%) em tomada estação de carregamento AC 22 kW (corrente alternada); tomada doméstica 2,3 kW (bifásico 10 A), 19h48;  carregamento doméstico 7,4 kW (uma fase 32 A), 6h01; estação de carregamento 11 kW (trifásico 16 A), 4h10 

Consumo (Inmetro km/e equivale a km/l)
Urbano/estrada, não divulgado 

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