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[Teste] Honda City Hatch 1.5 Touring: por que ele não alcança o Fit

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Honda City hatch 1.5 Touring substitui o Fit. Modelo supera o monovolume em dirigibilidade, tem também o assento traseiro mágico e motor mais potente, mas peca em ergonomia e é menos prático. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Tarefa ingrata a do City hatch ao substituir o monovolume Fit, o carro mais prático do Brasil, que deixou de ser fabricado no país. A carroceria do hatch tem linhas mais atraentes do que as do Fit. Monovolumes geralmente não conquistam pela beleza, mas pela praticidade.

O assento traseiro mágico é herdado do Fit. A Honda assim o denomina por que com apenas um comando o encosto rebate e forma plataforma plana com o porta-malas. Outro comando rebate o assento, e possibilita levar carga mais alta. 

Honda City Hatch 1.5 Touring 2022
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos – Honda City Hatch 1.5 Touring 2022 tem preço sugerido de R$ 124.500

Além disso, a última geração do Fit tem 22 centímetros a menos de comprimento. É mais alto cerca de três centímetros. O porta-malas tem cerca de 100 litros a menos de capacidade em relação ao Fit. O espaço para pernas é muito bom no banco traseiro. 

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A caída do teto na traseira dá estilo à carroceria, mas passageiro de estatura mediana esbarra a cabeça no teto. E é preciso abaixar muito no acesso ao banco de trás para não bater a cabeça. Ergonomia falha no projeto.

A Honda garante materiais de alta resistência na carroceria que protegem mais em colisão. Além dos seis airbags e os controles de tração e estabilidade, a versão Touring traz o sistema Sensing de direção semiautônoma.

O sistema é composto pelo farol alto automático, mitigação de saída de faixa com interferência no volante, permanência na faixa com interferência no volante, frenagem automática de emergência e controle de distância do carro da frente.

O câmbio CVT tem sete marchas virtuais e trocas manuais por aletas no volante. O desempenho melhora usando-se a tecla S, que eleva as rotações em 1.500 rpm. O conjunto câmbio/motor é ruidoso em alta rotação.

O motor de alumínio teve alterações significativas na parte superior (cabeçote). Além do sistema i-VTEC, que varia a amplitude e duração da abertura das válvulas, o sistema VTC controla o tempo de variação do comando de admissão.

A maior potência do mesmo motor 1.5 é devido à injeção direta da mistura ar/combustível na câmara de combustão em vez de indireta no coletor de admissão.

A potência é de 126 cv com etanol e gasolina diante dos 115 cv/116 cv com injeção indireta. O torque aumentou de 15,2 kgfm com gasolina para 15,5 kgfm e de 15,3 kgfm para 15,8 kgfm com etanol.

O desempenho convence com dois ocupantes e ar desligado tanto em aceleração quanto em retomada (ultrapassagem). Alternando entre os modos Drive e o Sport na estrada, o consumo de gasolina registrado no computador foi de 15 km/l com ar desligado e dois ocupantes.

Na cidade, usando-se o modo econômico o consumo de gasolina foi de 8 km/l e de 6 km/l no Drive.

Ocorre redução de marcha sempre que o motorista aciona o freio ou desacelera. Pode-se usar a tecla S como freio-motor em descida para poupar os freios. 

O comportamento dinâmico é muito bom desde que não haja exagero. Rodas e medidas de pneus são os mesmos do Fit (185/55 aro 16).

Há transferência das ondulações para dentro e o rodar é áspero sobre piso irregular. Frente baixa raspa em saída de garagem.

A direção é leve em manobras e com peso em alta, sem ser comunicativa. Volante bem dimensionado é revestido corretamente com material rugoso que evita deslize acidental das mãos. Diâmetro de giro menor facilita manobra em espaço reduzido.

A coluna de direção é regulável em altura e distância, facilitando encontrar a posição ideal ao volante. Banco do motorista tem regulagem de altura.

São muitos os comandos no volante (áudio, computador, fone, assistente de faixa, distância do carro à frente). Isso complica a ergonomia. Visibilidade ¾ traseira é compensada pelos retrovisores grandes e câmera de ré com imagem bem definida.

O retrovisor do lado direito tem câmera que exibe imagem do entorno, eliminando o ponto cego. Comandos de vidros, retrovisores externos e de ar-condicionado digital estão muito bem posicionados. Ponto em ergonomia.

O interior tem bom acabamento, com montagem e encaixes bem feitos, e é silencioso. Usa-se plástico duro no painel central e nos forros de porta, que têm bom aspecto. A iluminação do habitáculo deveria ser melhor. Porta-luvas não tem luz.

É boa a anatomia dos bancos e os assentos dianteiros apoiam bem as pernas. O assento traseiro é curto. O revestimento em couro sofistica, mas não transpira. No quadro de instrumentos digital e configurável, falta o indicador de temperatura do motor.

A grande tela tátil de oito polegadas do sistema multimídia tem visualização imediata, mas navegação não é nativa. É compatível com Android e Apple.  

Os faróis com luzes de LED iluminam bem, mas o facho baixo tem alcance curto. Há regulagem elétrica de altura do facho. Os limpadores dianteiros e o traseiro atingem boa área, mas lavadores deveriam ser do tipo spray.

O sistema de freios é excelente e para o carro em espaço de segurança.

Incoerência no acabamento é o prime sob o forro do porta-malas e no compartimento do motor em carro desse valor. O preço sugerido do Honda City Hatch 1.5 Touring é de R$ 124.500. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem. 

Ficha técnica Honda City Hatch Touring

Motor
De quatro cilindros linha, flex, 1.497 cm³ de cilindrada, com potências de 126 cv (etanol/gasolina) a 6.200 rpm e torques máximos de 15,8 kgfm (etanol) e 15,5 kgfm (gasolina) a 4.600 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio CVT de infinitas relações e sete marchas simuladas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10 metros 

Freios
Disco ventilado na dianteira e a tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, McPherson, barra estabilizadora; traseira, barra de torção; altura do solo, 14,4 centímetros

Rodas/pneus
6×16”de liga leve/185/55R16

Peso
1.180 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
437 quilos

Capacidades
Tanque, 39,5 litros; porta-malas, 268 litros 

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,34; largura, 1,748; altura, 1,498; distância entre-eixos, 2,60

Desempenho
Velocidade máxima, n.d; aceleração até 100 km/h, n.d

Consumo (km/l)
Urbano, 9,1 (e) e 13,3 (g); estrada, 10,5 (e) e 14,8 (g)

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