Por meio de suas variadas aplicações, sistema se desenvolveu ao longo dos anos e ajudou a impulsionar a modernização do setor
Durante os mais de 100 anos de história do automóvel, até aqui, as suspensões foram se adequando para acompanhar as crescentes e importantes evoluções do segmento. Elas são um sistema composto por vários mecanismos que se unem para garantir o movimento do carro de forma segura e estável, ao mesmo tempo em que os ocupantes tenham o conforto necessário para locomoção.
Permitindo a junção entre as rodas e a estrutura do carro, a suspensão automotiva sustenta o veículo para que ele realize a sua primordial e mais importante função: se movimentar. Além disso ela é responsável por absorver parte dos impactos provenientes de irregularidades no solo e permitir que uma viagem não seja incômoda. Isso, por si só, ajuda a explicar como a suspensão é importante e pode ser um fator determinante para uma melhor experiência dentro do automóvel.
Os variados tipos de suspensões desenvolvidos ao longo do tempo foram se adequando às demandas do mercado, assim como às tecnologias disponíveis em cada momento da história. Nos dias atuais encontramos diferentes soluções atuando nos sistemas, de acordo com o tipo de veículo e seu uso. Em destaque estão as suspensões independentes, onde o amortecimento tem componentes dedicados para cada roda, e as dependentes, em que existe apenas um sistema dedicado a cada eixo, traseiro e dianteiro.
Suspensão automotiva – Confira as principais aplicações:
- Veículos de passeio urbanos (da faixa de entrada aos médios) – suspensão telescópica McPherson (independente) na dianteira e suspensão de braços arrastados (semi independentes) na traseira.
- Picapes médias sobre chassi – suspensão de duplo braço A (independente) na dianteira e eixo traseiro rígido.
- Veículos premium – Suspensão McPherson ou duplo braço A na dianteira e suspensão traseira Multilink (independente).
Para João Franco, engenheiro automobilístico e membro da comissão SAE Brasil de dinâmica veicular, o que caracteriza um tipo de suspensão são os elementos que compõem sua estrutura. “Muita gente confunde o tipo de suspensão com tipo de mola, o que não é correto“, ressalta. Ainda de acordo com Franco, que tem mais de 40 anos de experiência no setor, uma suspensão independente e um eixo rígido, por exemplo, podem ter as mesmas molas, sejam elas semielípticas, helicoidal, barra de torção e etc.
“O que define o tipo de suspensão é a construção que ela tem, e não o elemento que está servindo como mola ou tipo de amortecedor. Essa é uma super simplificação que não deve ser confundida.” completa o engenheiro.
VEJA TAMBÉM
- Confira os 50 carros mais vendidos em agosto de 2023
- Fiat Strada 2024: veja descontos para CNPJ e produtor rural
- O melhores carros dos anos 2000 – Parte 1
Cada suspensão automotiva possui diferentes características e é aplicada aos carros que melhor se adaptam ao seu propósito, aliada à demanda específica dos mercados para os quais os modelos serão disponibilizados. Para o Brasil, por exemplo, o desenvolvimento do sistema é considerado um desafio para as montadoras, que precisam aliar o uso dos seus carros em estradas de condições ruins e, ao mesmo tempo, oferecer dinâmica e dirigibilidade sem esquecer do conforto.
Uma boa suspensão, em conformidade com o que é ideal para cada carro e terreno, vai oferecer maior segurança para todos e também garantir que a experiência sobre as quatro rodas seja boa. Em constante evolução e caminhando junto ao progresso tecnológico do setor industrial automotivo, elas foram e são um importante pilar para a usabilidade dos veículos e sua unânime aceitação mundo afora.
Fotos | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos
Você conhece o canal do Autos Segredos no YouTube?
Confira nossa primeira volta com o Peugeot 208 Turbo 200 2024:
