Rota das emoções: De Barra Grande (PI) a Jericoacoara (CE) a bordo do Jeep Compass

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Sem nenhuma mudança, Compass Trailhawk rodou cerca de 200 quilômetros na areia descendo as tradicionais dunas da região

Por Marlos Ney Vidal
De Barra Grande (PI) e Jericoacoara (CE)

Prestes a completar 20 anos atuando com jornalismo automotivo, já dirigi em pista, estradas de terra, fiz trilhas e acumulei alguns quilômetros de asfalto. Mas ainda não havia guiado na neve e nem na areia, a última foi realizada no fim de maio. A convite da Jeep, fizemos o percurso de 200 quilômetros na Rota das emoções de Barra Grande (PI) a Jericoacoara (CE) passando por areia e enfrentando dunas e aclives, às vezes à beira mar. 

Na viagem, o comboio de jornalistas convidados iriam fazer o percurso dirigindo somente os Jeep produzidos no Brasil, entre eles estavam Commander, Compass e Renegade. As equipes de apoio, fotógrafos e cinegrafistas estavam divididas entre unidades da Gladiator e Wrangler.

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De Barra Grande (PI) até Camocim (CE) passamos por trechos com estradas de terra e asfalto. 

A trilha pela areia começa na cidade cearense, antes de partir, a única mudança realizada nos Jeep nacionais e também nos importados foi baixar a pressão dos pneus. 

No caso do Jeep Compass Trailhawk que dirigi durante todo o percurso teve sua calibragem baixada de 36 libras para 20. Segundo o assessor técnico da Stellantis, Ricardo Dilser, isso ajuda o carro a ter mais aderência na areia por conta da maior área de contato. 

De resto, os Jeep Commander, Compass e Renegade não tiveram nenhuma alteração para encarar a aventura. 

Outro detalhe importante é a retirada da placa dianteira que pode se perder nas passagens por trechos alagados. 

Feito isso, é hora de partir. O comboio de 18 carros inicia a aventura. Pelo rádio, o guia Bruno a bordo de um Renegade passa as primeiras orientações: “Pessoal, sempre vamos seguir a “bitola” do carro da frente, a bitola no caso é a trilha das rodas do carro à sua frente. Pode parecer besteira, mas é uma dica super importante para não atolar na areia, afinal o caminho já está demarcado.

Aliás, peço licença para divulgar o trabalho do Bruno, quem quiser acertar um passeio com ele pelas Rota das Emoções pode entrar em contato por esse perfil no Instagram

Ao longo do percurso, fui motorista e passageiro. Na primeira duna, estava de “zequinha”. Quando o amigo Felipe Boutros, do Auto Papo, apontou o carro para descer, só olhei para o percurso e senti o carro deslizando, pelo rádio, o guia Bruno dizia “pessoal, o freio é só para ajudar o carro a descer, não é parar o carro”. 

Ao terminar a descida que dura alguns segundos, a sensação de alegria e sorrisos estavam estampados nos passageiros à bordo, além do Boutros, o assessor da Jeep, Bruno Rocha nos acompanhou na viagem. 

Nos trechos em que estava como passageiro, fiquei observando as belas paisagens da região e cada trecho via o porque do Nordeste ser um dos melhores lugares do Brasil. A vontade era descer e tomar um banho de mar em cada praia. Mas tínhamos que seguir a programação.

Quando estava ao volante do Compass Trailhawk andei por alguns trechos com a areia bem fofa mesmo com vários carros já terem passado pelo trecho, nessas horas, a atenção tem que ser redobrada para que o carro não saia do percurso e acabe atolando. 

Aliás, caso isso ocorra, a primeira coisa a se fazer é parar de acelerar, caso contrário, o carro ficará ainda mais atolado. 

Nas subidas pela areia das Rota das Emoções, as dicas do Bruno se fazem presente mais uma vez “arrocha o nó” dizia ele pelo rádio, arrochar era pisar mais forte no acelerador para transpor o obstáculo sem sustos. 

No trajeto, eu e o Felipe Boutros fomos revezando o volante para que os dois tivessem uma experiência completa. 

Em alguns momentos, a travessia é feita por balsas, algumas com capacidade para quatro carros e outras para apenas um veículo. 

Num dos trechos, quando eu estava ao volante, nosso guia, pede para que os jornalistas não gravem nenhum conteúdo e se concentrem no percurso à frente. O trajeto tinha uma certa inclinação e todo cuidado era pouco, o volante puxava para um lado e para o outro, me restou segurar firme e ir adequando o Compass Trailhawk ao caminho. Para descer a aceleração não era tão forte, mas ao subir, a orientação era para pisar fundo para transpor a subida de areia sem correr risco de ficar atolado. 

No evento batizado de Jeep Destinos, também tivemos um tempinho para momentos de lazer. E lá fui eu descer de Skibunda num trecho de 80 metros bem inclinado. Para descer todo santo ajuda, mas a subida, o fôlego acaba pela metade e para terminar só com auxílio de uma corda para chegar ao topo. Confesso que não estou com um preparo físico e só recuperei o fôlego depois de uns 20 minutos.

Novamente estou ao volante do SUV e chega a minha vez de descer uma das dunas, no começo acabei segurando demais no freio e pelo rádio levo um puxão de orelha do Bruno: “Pessoal o freio é só para segurar um pouco o carro”, ao escutar isso deixo Jeep Compass Trailhawk mais solto e termino a descida sem susto e com aplauso dos amigos. 

Ao chegar ao final da duna, o motorista nunca deve pisar fundo no acelerador, se fizer isso ele deixará o para-choque para trás. Em nosso comboio, um Renegade acabou tendo o para-choque danificado na saída de uma. 

Nosso trajeto foi realizado em um dia e foram cerca de 10 horas no total considerando os momentos de lazer, parada para almoço e travessias de balsa. 

Pode parecer cansativo, mas dirigir na areia pela Rota das Emoções é uma aventura incrível e ao final do dia você não terá nenhuma lembrança que passou algumas boas horas no volante.

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