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Anfavea ainda discute com governo sobre adiamento do Proconve

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Anfavea faz, desde o ano passado, lobby pelo adiamento da implementação de melhorias tecnológicas nos motores a fim de reduzir a emissão de poluentes

A indústria automobilística segue pressionando pelo adiamento do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). A Anfavea faz desde o ano passado lobby pelo adiamento da implementação de melhorias tecnológicas nos motores a fim de reduzir a emissão de poluentes. A associação, que representa os fabricantes, diz que ainda conversa com governo federal e Ministério Público para que tenha seu pedido acatado.

“A primeira coisa que a gente quer deixar claro: a gente defende a nova fase de emissões. Vamos entregar a nova fase de emissões com o padrão de qualidade necessário. O que pedimos é uma adequação de prazo por conta dessas dificuldades trazidas pela pandemia. Estamos discutindo com o Ministério Público e com o governo, mas ainda não temos uma decisão final”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

A associação comenta que, para desenvolver nova tecnologia, há a necessidade de se desenvolver projetos e que os veículos serão “substancialmente modificados” de forma a atender aos novos parâmetros de emissões. “Você tem que rodar muito, fazer muitos testes, para ter certeza de que todos os modelos que você coloca à disposição no mercado atendam ao limite determinado. Além disso, você tem que adaptar a linha de produção, pois terá novos componentes, novos sistemas que vão ser adaptados. Você também tem que treinar a mão de obra na linha para poder montar esses novos componentes e treinar também os seus concessionários para poder, quando necessário, dar a manutenção”, salienta Moraes.

O executivo também diz que a estimativa é de que leve de três a quatro anos para que tal cronograma seja cumprido “de maneira correta e concreta”. Para a Anfavea, o setor foi prejudicado por conta da pandemia do novo coronavírus e, por isso, não poderá cumprir com as demandas do Proconve dentro do prazo previamente estipulado. Vale frisar que a Anfavea havia se comprometido a investir R$ 12 bilhões para reduzir emissões.

Anfavea emissões proconve
Foto | Agência Brasil/Arquivo

“No ano passado, nós ficamos de home office, mas o pessoal de engenharia não. Até porque, na área de engenharia não tem home office. Nós tivemos que montar sistemas de protocolos de saúde para garantir a segurança de nossos engenheiros, nossos motoristas de testes, e o ritmo, por conta disso, teve um atraso”, comenta o executivo. Para a Anfavea, tal acabou afetando montadoras, fornecedores, sistemistas e laboratórios.

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O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabeleceu prazo para que a fase P7 do programa tenha fim até o início de 2023. Na sequência, na fase P8, o setor automobilístico terá de oferecer aos consumidores veículos com filtro de partículas cancerígenas 95% mais eficientes, além de redução de mais de 99% do número de material particulado – o grande responsável pela poluição nas cidades.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição do ar matou 51 mil pessoas no Brasil em 2017. Além do pedido de adiamento do Proconve P8, a Anfavea pediu a postergação, e conseguiu, da obrigatoriedade de itens de segurança como controle de estabilidade, luzes de condução diurna e alerta de cinto desafivelado.

No caso do controle de estabilidade, tal segue como mandatório para veículos inéditos lançados desde 1º de janeiro. Todavia, a implementação em toda a frota, prevista para 2022, foi empurrada para 2024.

A associação também conseguiu o adiamento do teste de impacto lateral para veículos vendidos no país. A avaliação, que seria cobrada a partir de janeiro de 2023, passa a valer só a partir de janeiro do ano seguinte. O pedido foi feito com base nas mesmas alegações para a postergação do P8. A Anfavea disse à época que a readequação não poderia ocorrer por conta do “atraso no cronograma de desenvolvimentos, testes, homologações e treinamentos provocado pela pandemia da covid-19”.

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