Com pacote farto de série e opções de itens exclusivos, Toro 1.3 turbo Flex é a melhor escolha para quem não precisa investir no 4×4

Depois de cinco anos no mercado, a Fiat dominou por completo o mercado de picapes. Se a Strada já tinha se tornado líder absoluta entre as leves, a Toro desbancou as médias. Acontece que ela é uma picape intermediária e a indústria viu que a inusitada combinação de carroceria monobloco e dirigibilidade de carro de passeio pode ser o caminho desse mercado.

Afinal, as médias estão cada vez mais caras e poucas opções custam menos de R$ 200 mil. Volkswagen, General Motors e Ford anunciaram modelos que bebem na fonte da italiana e a Fiat viu que era hora de atualizar sua picape.

A Toro passou por seu primeiro facelift, em abril, em que a grande novidade foi o motor 1.3 turbo flex de 185 cv e 24,5 kgfm de torque. A unidade chegou junto com o Jeep Compass, que também foi reestilizado.

O novo motor fez bem a picape, assim como para o SUV norte-americano. A unidade resolveu o grande senão que eram os motores pouco eficientes e que cobravam um conta pesada na bomba de combustível.

No caso da Toro, a unidade 1.8 de 139 cv ainda segue em linha, apenas na versão Endurance, mas como já antecipamos, ele não emplaca em 2022. Por outro lado, o leque de opções com o novo motor turbo é farta.

Menu

A Fiat criou um menu parecido com o que oferece na compacta Strada, com versões Endurance, Freedom e Volcano. Até a linha passada, a Volcano era exclusiva com motor 2.0 diesel. Inclusive foi a versão mais sofisticada da Toro. Hoje Ranch e Ultra se posicionam nos degraus mais altos.

Mas fato é que a Toro Volcano 1.3 Turbo Flex é uma das opções mais legais de toda a linha.  Se o amigo não faz questão de uma tração 4×4 e dos 8 kgfm extras do motor turbodiesel, não tem porque gastar mais pelo conjunto.

Isso porque a versão oferece pacote de conteúdos amplo, muita comodidade e excelente desempenho do novo propulsor. Seu preço de lançamento de R$ 144.990 já subiu para R$ 147.590. Mas ainda assim é uma das opções que oferecem muito conteúdo e não é tão cara como a versão de entrada com motor diesel, que parte de R$ 156 mil

A lista de equipamentos de série inclui multimídia (com conexão sem fio com Apple CarPlay e Android Auto, câmera de ré e internet 4G), quadro de instrumentos digial, bancos revestidos em couro, ar-condicionado digital, partida sem chave, carregamento sem fio, sistema de acesso remoto Fiat Connect Me, assistente Alexa, vidros e retrovisores elétricos. A versão ainda conta com alerta de colisão, ajuste elétrico do banco do motorista, assim como sensores de estacionamento, acendimento dos faróis e chuva.

Falando no sistema multimídia, apesar da reformulação completa do painel, o incômodo reflexo da central no vidro traseiro que é mais percebido em condução noturna, se faz presente na Toro reestilizada.

LEIA TAMBÉM:

Opcionalmente a versão pode ser equipada com multimídia vertical de 10,1 polegadas, frenagem emergencial autônoma, monitor de faixa e ajuste automático do facho do faról. Conteúdos que elevam o preço em R$ 3 mil. A versão testada está avaliada em R$ 153.090, já considerando o acréscimo de R$ 2,5 mil da pintura metálica.

Ao volante

A Toro é uma picape que se comporta com um sedã grande, mas com suspensão elevada e uma caçamba. Trata-se de um carro agradável, ainda mais com o recheio da versão que não deixa nada a desejar para um SUV médio e um compartimento de bagagem que não faz feio diante de uma picape média.

A lista de conteúdos, assim como o bom espaço interno garante conforto para quem viaja com a família. Os bancos traseiros são mais amigáveis que os assentos de uma picape média convencional, assim como o acesso ao interior é mais fácil, principalmente para ocupantes de baixa estatura ou com dificuldades de locomoção.

Desempenho

No uso urbano, a Toro 1.3 turbo flex mostra grande evolução diante do 1.8. O carro tem respostas rápidas, graças ao torque de 27,5 kgfm disponível abaixo dos 2.000 rpm. No motor Etorq, os 19,1 kgfm só parecem acima de 3.700 giros. Ou seja, o novo motor exige menos esforço para entregar sua força. Tudo isso se converte em melhor consumo.

Na cidade, a picape registrou média de 6,3 km/l. Pode parecer pouco diante dos demais motores turbo do mercado. Mas temos que lembrar que se trata de uma picape com mais de 1,7 tonelada. Na estrada, ela anotou 9,5 km/l, com combustível derivado da cana-de-açúcar. Mas o ganho em performance é impressionante. O motor enche muito rápido e garante ultrapassagens rápidas e muito mais seguras que no veterano E.TorQ.

Um fator que poderia melhorar o comportamento desse motor seria a adoção de uma nova transmissão. O motor 1.3 é combinado com a conhecida caixa de seis velocidades, já utilizada na picape e demais modelos Fiat e Jeep. Talvez, uma opção com uma ou duas marchas a mais poderiam torná-la mais eficiente na estrada. Ambiente que, em tese, é o mais lógico para um veículo de carga.

Andamos com a picape em estrada de terra que está em condição bem ruim. A suspensão da Toro que já presava pelo conforto na linha pré-reestilização, continua sendo referência com o novo ajuste para receber o motor T270. Com carga completa na caçamba e com cinco ocupantes, as imperfeições do solo foram pouco percebidas para os ocupantes da picape, sendo um dos pontos elogiados pelos companheiros de viagem.

Já a capota marítima não impede em 100% a entrada de poeira, mas considerando o tempo seco e a estrada coberta por uma nata de poeira, a boa vedação do compartimento de carga impediu que as bagagens chegassem ao seu destino cobertas de poeira. A parte que mais se percebeu a entrada de poeira, foi próximo a tampa da caçamba.

Veredito

O banho de loja fez bem à Fiat Toro. Mas uma das melhores novidades foi a combinação da versão Volcano com o novo motor 1.3 de 185 cv. Ela combina um pacote muito farto de conteúdos (que uma parte é vendida como opcional nas versões Freedom e Endurance), com o bom desempenho do propulsor, mas sem custar tão caro como nas configurações diesel.

Ficha técnica Toro Volcano turbo flex

MOTOR (*)
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.332cm³ de cilindrada, turbo, injeção direta, flex, que desenvolve potências máximas de 180cv a 5.750rpm (gasolina) e 185cv a 5.750rpm (etanol) e torque máximo de 27,5kgfm (g/e) a 1.750rpm

TRANSMISSÃO (*)

Tração dianteira, com câmbio automático de seis marchas e opção de trocas manuais por aletas

SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS (*)

Dianteira, independente, tipo McPherson, com braços oscilante fixados ao subchassi e barra estabilizadora; e traseira independente, tipo multilink, com barra estabilizadora/6,5 x 18 polegadas (liga leve)/225/60 R18

DIREÇÃO (*)
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica progressiva

FREIOS (*)
Com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com ABS

CAPACIDADES (*)
Da caçamba, 937 litros; tanque, 55 litros; e de carga útil, 670 quilos

DIMENSÕES (*)
Comprimento, 4,94m; largura, 1,84m; altura, 1,73m; distância entre-eixos, 2,99m; altura livre do solo, 25,9cm

PESO (*)

1.705 quilos

DESEMPENHO (*)
Velocidade máxima de 197km/h (e)
Aceleração até 100km/h em 11 segundos (e)

CONSUMO (**)
Cidade: 9,4km/l (g) e 6,5km/l (e)
Estrada: 10,8km/l (g) e 8km/l (e)

(*) Dados do fabricante
(**) Medição do Inmetro
(g) gasolina
(e) etanol

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.