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Teste: Fiat 500e é a prova que carro elétrico é divertido e deveria ser mais acessível

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Carro elétrico ainda é um sonho distante para a grande maioria dos consumidores brasileiros, o que é uma pena, pois o Fiat 500e é o carro ideal para uso urbano

O automóvel elétrico é caro. Não há como negar que se trata de uma tecnologia proibitiva para grande maioria dos consumidores. No entanto, não há como negar que muita gente pensou em como é ter um elétrico nas últimas semanas. Com a escalada dos preços dos combustíveis, somada com o recente risco de desabastecimento e até mesmo as paralisações de tanqueiros, não depender de combustível se tornou um sonho.

E podemos dizer que por 72 horas foi uma realidade no Autos Segredos. Testamos o Fiat 500e, aposta da marca italiana para ingressar no mercado de automóveis elétricos. A simpática silhueta do pequenino caiu como uma luva, principalmente quando se pensa no mercado europeu, em que compactos eletrificados se tornaram factíveis para boa parte dos consumidores.

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No Velho Mundo, seus preços giram entre 25 mil e 30 mil euros, dependendo do mercado. São valores que permitiriam italianos, espanhóis, portugueses e alemães comprarem SUVs compactos como o Fiat 500X. Por aqui, é diferente, ele custa R$ 240 mil. Com esse valor o consumidor leva para casa um Jeep Compass Limited e ainda sobra dinheiro. Ou pode optar pelo novíssimo Commander, com seus sete lugares.

Mas nenhum dos SUVs pernambucanos podem rodar sossegados mesmo quando as filas abarrotam os postos de combustível. O carrinho tem autonomia declarada de 320 km. No entanto, quando o retiramos da concessionária, com 100% de bateria, ele acusava autonomia de 270 km. Ou seja, quase 20% a menos.

Mas para quem usa esse carro como opção de transporte durante a semana, para encarar trânsito, a energia das baterias dá e sobra. Ainda mais se o motorista usar os modos de regeneração de carga. O 500e conta com três opções de condução: Normal, Range e Sherpa.

A primeira é a opção de menor eficiência. O motorista tem acesso a todas as funcionalidades e necessita dos pedais de freio e acelerador para conduzir o carrinho. Nada que fuja ao que fazemos todos os dias com nossos fumacentos automóveis térmicos.

Já o modo Range aciona a função One Pedal. Trata-se de um recurso comum em elétricos como Nissan Leaf e Chevrolet Bolt EV em que o motorista pode usar apenas o pedal do acelerador. Nessa função, quando o motorista solta o pedal da direita, o próprio motor aplica uma resistência para fazer com que o movimento das rodas atue como gerador de eletricidade, o que permite ganhar quilômetros a mais.

E por fim o Sherpa. Nessa configuração, a resistência gerada pelo motor é ainda maior. Além disso, a velocidade máxima cai de 130 km/h para 80 km/h e o ar-condicionado é desabilitado.

Conjunto mecânico

E o motor? Bom, o 500e é equipado com uma unidade de 118 cv e 22 kgfm de torque. Ele oferece valores semelhantes a um motor 1.8 aspirado ou uma unidade 1.0 turbo. Pode parecer pouco, ainda mais quando se pensa num carro de R$ 240 mil, mas é mais que suficiente para a proposta desse carrinho.

A oferta de torque garante ao 500e uma aceleração muito forte. Isso porque toda a força é plena, independe de rotação, como nos motores a combustão. Assim, basta pisar que ele responde na hora. A máxima, como já foi dito, é de apenas 130 km/h.

Isso porque para um elétrico, manter velocidades elevadas demanda muito consumo de energia, ao contrário de um motor térmico, que pode viajar em velocidades elevadas em última marcha e baixo giro.

O 500e como seus colegas de baterias tem uma transmissão de marcha única. Como não existe o fator de rotação do motor, não é necessário uma caixa com múltiplas relações. E por falar em transmissão, esse Fiat não conta com alavanca. há um teclado com as posições P,N,R e D.

Conteúdos

O 500e é um carrinho bastante equipado. Ele conta com quadro de instrumentos digital, multimídia em formato retangular (com Apple CarPlay, Android Auto, câmera de ré e navegador). Ele ainda oferece partida sem chave, bancos revestidos em couro, acendimento automático dos faróis e teto solar elétrico. O pacote de assistentes adiciona controle de cruzeiro adaptativo (ACC), monitor de permanência de faixa, alerta de colisão, alerta de ponto cego e assistente de frenagem de emergência. Nem a Fiat Toro Ranch é tão completa

Acabamento

Se o pacote de conteúdos impressiona, o acabamento carece de atenção. O revestimento em couro dos bancos e o botão no lugar da maçaneta das portas são de encher os olhos, mas, há plásticos duros e um excesso de ruído, principalmente na diminuta tampa que isola o bagageiro do restante da cabine. Além disso, o isolamento acústico está longe de ser o mais refinado, muito ruído externo invade o habitáculo. Ainda bem que o motor é elétrico.

Suspensão

Um ponto que chamou atenção no Fiat 500e foi a suspensão firme e de curso baixo. Ele não chega a raspar nas saídas de rampa ou nos quebra-molas, mas o curso é limitado. Quando se passa numa lombada é possível perceber a batida nos batentes. Há algumas hipóteses para isso: A primeira é para proteger o assoalho, onde fica o berço das baterias. A segunda é que se trata de um carro feito para a Europa. E com um volume tão modesto, certamente não foi aplicada uma “tropicalização” na suspensão. Eu fico com a segunda hipótese.

Conclusão

Nos três dias que rodamos com o 500e foi possível experimentar o carrinho em todas as condições de trânsito. Engarrafamentos longos, distâncias elevadas e tudo mais que vivemos no dia a dia. A grande vantagem é que em momento algum foi preciso pensar em parar num posto para botar cinquentinha de petróleo. Mas uma coisa é certa, se o amigo pretende comprar um 500e ou qualquer outro elétrico, saiba que ter um carregador doméstico Wallbox é fundamental, pois a diferença entre carregar o carro durante a noite ou deixar ele parado na garagem por mais de 24 horas. Dessa forma, é melhor ficar na fila do posto.

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