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Uso severo do carro: o que é e o que fazer?

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Veículos que sofrem desgaste mais acentuado merecem cuidados diferentes na manutenção

Por Fernando Miragaya

Muita gente acha que uso severo é só para o carro que roda muito por mês. Mas esta definição para um veículo que sofre mais desgaste não está necessariamente atrelada ao hodômetro. A propósito, vai muito além da alta quilometragem.

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A própria indústria tem seus parâmetros para estabelecer o que é o uso severo do carro. Se você for no manual do seu automóvel, inclusive, estão lá as definições para que o modelo seja enquadrado como tal. E isso pode variar de fabricante para fabricante.

Em geral, condições adversas de tráfego e rodagem, que resultem em um desgaste maior do que o normal para um carro, são classificadas como uso severo. Aqui, nós vamos explicar quais situações são essas e também o que fazer se seu veículo se enquadrar nessa “categoria”.

Rapidinhas

Tem muita gente que compra um usado e fala orgulhoso que o antigo dono só pegava o automóvel para ir à padaria perto de casa. Acredite, isso é um exemplo de uso severo do carro.

Isso porque o motor, mesmo os mais modernos, precisam de um tempo para atingir a temperatura ideal de funcionamento. Muitos engenheiros consideram os trajetos curtos, que não excedam 5 km, como de uso severo para o carro, já que não há tempo suficiente para uma queima correta de combustível e a perfeita lubrificação do conjunto.

Apressado

Isso vale também para aquele pessoal que vira a chave e já sai acelerando com o automóvel. O ideal é, depois de virar a chave (ou apertar o botão start), aguardar de 30 a 40 segundos antes de partir. E nos primeiros minutos, não fazer acelerações mais bruscas. 

Aquele trânsito…

O anda e para do tráfego pesado das grandes cidades é um veneno para o carro. Isso porque o motor acaba por trabalhar com frequência em marchas mais baixas, o que força os componentes do conjunto mecânico. Em especial ficar em segunda e terceira por muito tempo acentua o desgaste das correias, mangueiras e borrachas.

Por falar em marcha…

Quem gosta de esticar as marchas está fazendo uso severo do seu carro. As consequências são as mesmas para quem pega muito trânsito pesado e lento: afeta correias, mangueiras, além de acelerar o desgaste do próprio motor e aumentar o consumo de combustível.

Relação correta

Isso vale também para quem erra na troca de marchas. Usar uma marcha muito baixa em alta velocidade – por exemplo, uma segunda, quando você já deveria estar em quarta – é ruim, e estar em uma mais alta quando deveria estar numa reduzida – em quinta, mas deveria estar em segunda ou terceira – é péssimo.

Isso resulta em solavancos do conjunto que se refletem no sistema de transmissão e de acomodação do câmbio ao chassi – sabe aqueles “clanc clanc clanc” que você ouve na cabine? É por causa disso. Com o tempo, as peças começam a ter mais folgas e o automóvel fica barulhento.

Então, procure sempre rodar na faixa de rotação correta e respeitando o tempo de trocas adequado. Aproveite se o seu veículo tem aquele indicador de trocas no painel.

Na rua, na chuva, na fazenda…

Estradas de terra ou pistas com muita areia, lama e asfalto desgastado também maltratam o automóvel. O excesso de poeira, detritos e impurezas acelera a saturação do filtro de ar do motor (elemento), que tem a função justamente de reter as partículas suspensas e evitar que elas sejam aspiradas pelo propulsor.

Desta forma, mesmo que você só pegue estrada de terra aos fins de semana para ir ao seu sítio, o recomendado é reduzir o tempo de troca do filtro pela metade. Se a fabricante indica a cada 10 mil km, faça a substituição a cada 5 mil km.

Carga pesada

Quem gosta de levar a casa dentro do veículo também faz o uso severo do carro e talvez nem saiba. Os automóveis são projetados para receberem uma determinada carga máxima, que pode ser conferida no manual do proprietário. Essa capacidade deve levar em consideração o peso de cada um dos passageiros e bagagens.

Trafegar com peso a mais do que a capacidade de carga do veículo traz várias consequências. A prática sobrecarrega não só os componentes da suspensão (amortecedores, buchas e batentes) como também pneus, embreagem e freios. 

E atenção: carros que frequentemente puxam carretinha e reboques também são classificados como de uso severo.

Carro parado também pode ser classificado como de uso severo

“Ah, ele só usava o carro uma vez por mês para ir para o sítio”. Outra falsa impressão de bom negócio que muita gente acredita fazer por pegar um seminovo de pouco uso. Máquina foi feita para funcionar. O não uso pode afetar bateria, sistema de ar-condicionado, sistema de arrefecimento, fluidos, mangueiras e até pneus.

Que calor

O uso severo do carro também tem a ver com o clima. Carros que ficam em locais muito úmidos e com temperaturas elevadas estão mais suscetíveis a sobrecarregar o sistema de arrefecimento. 

Isso porque o sistema precisa do ar externo para fazer o resfriamento da água que percorre os dutos. O excesso de calor pode afetar o funcionamento da bomba d’água, além de comprometer a vida útil de mangueiras e da válvula termostática.

Manutenção

Se o seu carro se enquadra num desses sintomas de uso severo, é preciso ter atenção redobrada com a manutenção. A recomendação de mecânicos e engenheiros é reduzir os intervalos das revisões pela metade. Ou seja: se o padrão é a cada 10 mil km, faça de 5 mil em 5 mil km.

Nas visitas periódicas à oficina, atenção especial à troca do lubrificante (dentro das especificações da montadora), freios, sistema de arrefecimento, mangueiras, correias/correntes, fluidos e parte elétrica.

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