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10 verdades sobre carro com GNV

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Conheça fatos sobre o Gás Natural Veicular e seus impactos no automóvel e no seu dia-a-dia

Por Fernando Miragaya

O Gás Natural Veicular é um combustível fundamental para quem trabalha para com o automóvel. Apesar de ter impactos sobre o desempenho, carro com GNV que roda muito pode ser uma alternativa bem mais viável aos combustíveis tradicionais. 

Mas é preciso ficar atento aos custos com instalação e de vistoria. Além disso, o carro com GNV geralmente perde espaço no porta-malas e fica mais pesado. E nem sempre o metro cúbico obrigatoriamente vale mais a pena que o litro do etanol, por exemplo – isso pode variar conforme o estado.

Veja 10 verdades sobre carro com GNV.

Vale a pena para quem roda muito

Carro com GNV é viável para quem roda muito. Isso porque há um custo de instalação que está longe de ser barato. No Rio e em São Paulo, os kits da chamada 5ª geração (que explicaremos mais adiante) com um cilindro de 15 m³ têm preços médios entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.

Desta forma, vamos pegar  como exemplo um Chevrolet Onix LT com motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas e suas médias de consumo no PBEV na cidade, de acordo com as aferições do Inmetro.

  • Etanol: 8,3 km/l
  • Gasolina: 12,0 km/l
  • GNV: 10 km/m³ (média usual)

Agora, vamos pegar o preço médio nacional dos combustíveis, segundo levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) – de 27/03/2022 a 02/04/2022:

  • Etanol: R$ 4,990 o litro
  • Gasolina comum: R$ 7,202 o litro
  • GNV: R$ 4,735 o metro cúbico

Para quem roda 1.000 km por mês, terá as respectivas despesas com combustível mensalmente:

  • Etanol: R$ 601,20
  • Gasolina comum: R$ 600,16
  • GNV: R$ 473,50

Ou seja: nesta conta básica, quem instalou um GNV no automóvel por R$ 4 mil e roda mil km por mês, vai precisar de quase três anos para “pagar” o kit – isso, levando-se em consideração que os combustíveis tradicionais não vão aumentar de valor. Obviamente, para quem roda mais que isso, a tendência é reduzir esse tempo de retorno do investimento.

O carro perde potência

Antes de mais nada, o kit para carro GNV é uma adaptação. Lembre-se que o motor não foi desenvolvido para este combustível. Além disso, os cilindros acrescentam um peso extra constante ao veículo e comprometem sua carga útil.

Verdade que os kits da chamada quinta geração são mais modernos, têm injeção eletrônica de gás veicular e rendem melhor. Especialistas garantem que a perda de potência fica entre 5% e 10%. Os kits antigos comprometem até 20% da força do conjunto mecânico.

É preciso fazer vistoria

O Denatran exige inspeção anual extra do carro com GNV. É preciso agendar o serviço em empresas credenciadas junto ao órgão nacional de trânsito. Na vistoria, é checado o estado de segurança de todo o sistema, desde os cilindros até a adaptação no motor. 

Só com o laudo emitido após a inspeção é que o dono do carro com GNV poderá fazer a renovação do documento do veículo.

Carro com GNV explode?

Explode quando se faz instalação em qualquer lugar, fora das especificações e não se mantém a manutenção mínima do veículo. Aí, até um Corolla sem gás natural pode explodir. Exageros à parte, os incidentes que envolvem carro com GNV geralmente implicam automóveis cuja instalação não foi feita em estabelecimento qualificado ou mesmo de gente que adaptou botijão de gás de cozinha…

Por lei, o kit gás tem vários dispositivos de segurança que controlam o combustível em casos de excesso de pressão, aumento demasiado de temperatura ou do próprio fluxo – a ponto de interromper automaticamente a vazão do GNV. Além disso, há uma válvula principal de segurança que o motorista pode ativar ao primeiro sinal de vazamento.

Por esta razão, só instale kit GNV em empresa cadastrada no Inmetro e com boa reputação. Além disso, acompanhe o serviço e fique atento a alguns detalhes. O cilindro não deve ter sinais de solda e a referida válvula de segurança deve estar em boas condições. Fique atento também se a tubulação que vem do cilindro não está exposta demais, a ponto de bater ou arrastar em quebra-molas ou valetas na rua.

Perde a garantia

Como dito, o kit GNV é uma adaptação veicular. Ou seja, o carro não foi projetado inicialmente para receber o combustível. Isso implica na perda de garantia caso você compre um veículo 0 km e instale os botijões. Porém, fique atento que algumas marcas oferecem parcerias com instaladoras para que o carro não perca totalmente a cobertura de fábrica.

Cuidados extras na manutenção

Apesar de os kits terem evoluído, não é demais ter cuidados extras. O principal é manter as revisões do carro a cada 10 mil km, mesmo que passada a garantia. Faça as revisões e substituições dos componentes conforme recomendação no manual do proprietário. Mantenha também as trocas de óleo e filtro e use apenas produtos que seguem as especificações da montadora.

Algumas peças merecem intervalos menores de revisão e eventual substituição em carro com GNV. Para o filtro de ar, por exemplo, a recomendação é a troca a cada 10 mil km rodados. Já as velas devem ser limpas em prazos de 5 mil km e repostas a cada 15 mil km, de acordo com especialistas – em especial nos veículos com kits de gerações mais antigas.

Mantenha um pouco de combustível líquido

Deixe o tanque com, pelo menos, ¼ de etanol ou gasolina. Isso vai garantir o funcionamento pleno do conjunto, em especial no carro com GNV que usa equipamento mais antigo, de até terceira geração. Se o seu automóvel tem tanque extra para partida a frio, não esqueça de abastecê-lo também.

Até porque os sistemas mais modernos de GNV mantêm uma pequena injeção de combustível líquido, o que deixa o sistema lubrificado e garante uma limpeza de válvulas contínua. A dica, inclusive, é usar gasolina aditivada para que essa “limpeza” seja ainda mais eficiente.

Tem de constar no seguro

Quem converte o carro para GNV tem de fazer a alteração na apólice. Isso porque o automóvel passa a ter um equipamento que agrega valor e ainda altera as suas características de fábrica.

Aí, é preciso preparar o bolso também. Conforme a seguradora, o contrato pode ficar até 40% mais caro. A alteração no seguro, contudo, só pode ser feita após o kit ser instalado em empresa homologada pelo Inmetro e já com o documento do carro alterado.

Desconto no IPVA

Alguns estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná, concedem desconto na cobrança do IPVA para carro com GNV. Um dos abatimentos mais interessantes é na unidade fluminense. Lá, a alíquota cai de 4% para 1,5% em cima do valor que consta na Tabela Fipe, o que pode resultar em até 60% a menos no custo final do tributo.

Não pode ser “batizado”, mas…

Uma das grandes vantagens do GNV é que ele não pode ser adulterado, ao contrário da gasolina e do etanol. A questão da pressão, que muitos motoristas falam, é que pode variar de posto para posto. 

A venda do combustível exige que o estabelecimento tenha um compressor, que, por lei, limita a pressão de injeção de gás natural a 220 bar no momento do abastecimento – o número pode ser observado pelo manômetro que fica ao lado do circuito do GNV

Mas é claro que os malandros de plantão encontram suas manhas. Tem posto que eleva essa pressão para faturar mais. Só que a prática, além de passível de multa e interdição, tem o risco de explosões.

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