Pressionada, empresa divulga plataforma que apresenta parcelas envolvidas na formação dos valores da gasolina, do diesel e do gás de cozinha
A Petrobras tenta justificar os aumentos sistemáticos nos preços dos combustíveis com o lançamento de um site que apresenta a composição das parcelas envolvidas na formação dos valores da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. A plataforma permite ainda filtragem pela média nacional ou por estados, levando em consideração impostos e outras variáveis de cada uma das unidades federativas.
O site é mais uma das ações que a Petrobras toma para tentar responder questões referentes às flutuações de preços de combustíveis. No ano passado, a petroleira veiculou campanha na televisão com o mesmo objetivo. A companhia segue, contudo, pressionada a justificar os valores por ela praticados e, especialmente, o repasse ao consumidor final.
Os preços de combustíveis acumulam alta de 33,24% em um ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até abril. Todos, sem exceção, tiveram aumento acima da casa dos 30%. A maior alta foi do diesel (53,58%), seguido por gás veicular (45,18%), etanol (42,11%) e gasolina (31,22%). Os dados foram divulgados em maio passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Petrobras diz ser responsável por apenas um terço do que é cobrado na bomba
Na página inicial de sua nova plataforma, a Petrobras diz ser responsável por “cerca de um terço do preço cobrado na bomba” pela gasolina. Em sua justificativa, a estatal de economia mista afirma que “custos e remuneração de distribuidores e revendedores, adição de etanol e impostos federais e estaduais” compõem os outros dois terços do valor pago pelo consumidor final.
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No site, a Petrobras informa que o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 7,25. Do valor total, R$ 0,96 é de distribuição e revenda, R$ 1,04 do custo do etanol anidro, R$ 0,69 de impostos federais e R$ 1,75 de impostos estaduais. A “parcela Petrobras” equivale a R$ 2,81. Os números tomam como base dados da ANP e da CEPEA/USP sobre preços praticados pela companhia nas refinarias e postos dos 26 estados e do Distrito Federal.
Em nota, a Petrobras destacou que a informação acerca dos valores cobrados em suas refinarias e a composição média do preço final, que a empresa divulga em sua página institucional, teve quase 1,5 milhão de visualizações nos últimos seis meses.
“O novo ambiente virtual é mais uma ação da Petrobras para manter a sociedade informada sobre os preços de venda dos seus produtos”, acrescenta o texto. A petroleira reiterou ainda que presta regularmente esclarecimentos sobre os preços que pratica às autoridades regulatórias.
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