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Como seria o carro popular nos dias atuais?

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Pense conosco no que as montadoras conseguem retirar (ainda mais) dos veículos para serem vendidos mais baratos

Por Fernando Miragaya

A ideia de volta do carro popular soa mais como uma bravata no mercado. Também pode ser vista como uma espécie de pressão da indústria para fazer o governo reduzir os impostos cobrados. Porque, se considerarmos a lógica de aliviar um automóvel em equipamentos, fica difícil imaginar como ficará o veículo.

Convidamos o caro leitor a nos ajudar neste exercício de como seria o novo carro popular. Bom lembrar que não é possível tirar dos atuais modelos itens como controles de estabilidade e tração, freios com ABS e airbag duplo frontal. Além de serem exigidos na legislação, seria muita cara de pau da indústria tornar estes veículos mais acessíveis e menos seguros.

Então, como seria o novo carro popular? Com base nas versões mais baratas de subcompactos e compactos, selecionamos 10 itens que não envolvem diretamente a segurança, mas que poderiam entrar na lista de equipamentos que seriam retirados para deixar o automóvel mais barato. 

Lembrou de algum outro? Conta para nós no campo dos comentários.

Alça de segurança

A popularmente chamada “alça PQP” já virou item raro. As montadoras alegam que o equipamento perdeu a razão de ser com a obrigatoriedade dos cintos de segurança de três pontos. Tanto que os dois subcompactos do mercado, Fiat Mobi e Renault Kwid, carros mais baratos do país, sequer oferecem o equipamento.

Já os hatches de entrada ainda oferecem as alças de apoio. Geralmente só para o carona na frente nas versões de entrada, e para os passageiros de trás nas configurações mais completas. Mesmo assim, quem tem dificuldade em sair do carro e usa a peça como ajuda, ou quem tem amigo barbeiro que costuma dar carona, sente falta da alça…

Limpador e lavador do vidro traseiro

Com exceção do Citroën C3, todos os hatches do mercado, mesmo os mais baratos (Kwid e Mobi), já saem com estes equipamentos. Poderiam ser retirados para deixar o carro popular, infelizmente, já que são muito úteis. A carroceria hatchback, justamente pela falta do terceiro volume, gera uma turbulência em dias de chuva e pista molhada, o que faz a água “subir” para o vidro de trás.

Preparação para som

Os carros de entrada, subcompactos, hatches ou mesmo sedãs e picapes pequenos, não obrigatoriamente vêm com sistema de som, mesmo que simples. Algumas versões específicas e baratas só saem de fábrica com preparação para som. 

Para baratear o carro e enquadrá-lo como popular, as marcas talvez economizem nos fios. E ainda vão empurrar a preparação junto com o som como acessório de concessionária.

Ajuste do espelho

Lembra que as primeiras versões de entrada do Logan tinham “retrovisor digital”? Era preciso meter o dedão direto nos espelhos externos para fazer o ajuste. Sequer tinha o pitoco. Hoje, todos os carros têm o comando interno para regular os retrovisores, mas poderia ser mais uma economia para as montadoras ressuscitarem o carro popular.

Tapete

Tem concessionária que empurra tapete como bônus, mas a grande maioria dos carros já sai de fábrica com os revestimentos de borracha comuns. Mais uma desculpa para as fabricantes economizarem e ainda oferecerem o item como opcional ou acessório.

Desembaçador do vidro traseiro

Outro item importante que poderia ser limado para tornar o carro dentro do novo conceito de popular. Aí, vamos ter de voltar aos anos 1980 e ficar com uma flanelinha para desembaçar o vidro traseiro “na mão” em dias de chuva…

Computador de bordo

Para quê ter a média de consumo, dados de autonomia e dois hodômetros parciais? Faz tudo à moda antiga que aí a gente consegue ter carro popular de volta. 

Revestimento do porta-malas

Tudo bem que geralmente a cobertura do assoalho do porta-malas é um carpete furreco nos carros mais baratos. Mas para ter de volta o automóvel popular vale tudo, até deixar as bagagens direto no compensado.

Luzes na cabine

Vamos combinar que iluminação interna não é o forte no segmento de compactos e subcompactos. As configurações mais básicas, inclusive, só costumam vir com a luz de salão, aquela principal que se acende quando as portas são abertas.

Muitos ainda têm essa luz na frente, próximo ao retrovisor, para economizar na fiação. E que se dane se o ocupante do banco traseiro não acha nem por um decreto a carteira que caiu no assoalho em uma noite escura. Vai no tato.

Enfim, não falamos nem das luzes de leitura na frente ou atrás. Tampouco de iluminação no porta-luvas ou porta-malas – essas não existem nas versões mais baratas dos carros de entrada mesmo. O negócio seria retirar mesmo a luz de salão.

Ar-condicionado

Em um país quente como o nosso, nenhum automóvel 0 km atualmente é vendido sem o ar-condicionado. As montadoras, inclusive, pararam com aquele papo de que “ah, no Sul não faz tanto calor” para justificar as antigas versões sem o equipamento – provavelmente, quem diz isso nunca foi a Porto Alegre no verão.

Porém, pode ser o item que mais traria economia para as fabricantes emplacarem o carro popular de novo. Haja janela aberta e carro na sombra para sobreviver sem o equipamento.

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