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Como limpar os bancos de couro do carro

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O revestimento necessita de cuidados especiais na higienização e hidratação para durar mais

Por Fernando Miragaya

Bancos de couro sempre foram um agregador de status para os carros. Além de, para muitos, serem mais confortáveis, emprestam um ar de requinte inegável às cabines dos automóveis e são até motivo de compra em muitos segmentos. Porém, o que salta aos olhos pode se tornar motivo de vergonha.

Assentos ressecados, desbotados, arranhados, rachados e até rasgados espantam aqueles admiradores do passado e desvalorizam o carro na mesma proporção. É preciso fazer valer o investimento nesse tipo de revestimento especial com cuidados específicos e simples.

São maneiras de preservar o material de origem animal no dia a dia. E também dicas básicas de como limpar os bancos de couro regularmente para que o revestimento preserve suas características, tenha maior durabilidade e continue atraindo suspiros e olhares de terceiros.

“É interessante fazer uma analogia entre couro e pele humana para mostrar a importância dos cuidados específicos para esse tipo de revestimento dos bancos”, diz Luiz Arthur Peres, proprietário da Flipwash Spazio & Icon Faria Lima, empresa de São Paulo especializada em limpeza automotiva.

É para sua proteção

Antes mesmo de explicar como limpar os bancos de couro, é importante saber como preservá-los. Uma solução simples e que requer um investimento baixo é a colocação de películas protetoras nos vidros do automóvel.

Elas funcionam como um filtro protetor que minimiza os efeitos dos raios ultravioleta, que são prejudiciais ao couro.

“O sol é um dos agentes externos que mais pode agredir o couro. Usar película protetora nos vidros diminui a incidência dos raios solares, que ressecam e desbotam o revestimento”, explica Peres.

Essas películas, obviamente, têm de respeitar o índice de visibilidade permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro (25% de escurecimento no para-brisa, de até 30% nas janelas dianteiras e de até 72% nos demais). Caso contrário, renderá multa de R$ 195,23, cinco pontos na CNH e a retirada da película pelo dono na hora.

Em tempos de pandemia

Álcool em gel 70% virou item básico do dia a dia com a pandemia do novo coronavírus. E toda a vez que você entrar no carro deve higienizar as mãos. Porém, espere que o produto seja absorvido totalmente pela pele. Nada de secar o excesso nos bancos ou segurar no volante revestido de couro com resquícios de álcool ainda nos dedos.

O produto que serve para esterilizar as mãos é um veneno para o couro  – e também para partes plásticas, de vinil e sintéticas da cabine. Por ser muito abrasivo, o álcool resseca, mancha e desbota o material. 

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Cuidados no cotidiano

Aí é hora de entender como cuidar e limpar os bancos de couro no dia a dia. Antes de mais nada, lembre-se que calças jeans e de brim costumam manchar o material, assim como o suor do corpo. Botões de metal das vestimentas também podem arranhar o revestimento.

Sempre que puder, retire o excesso de poeiras dos bancos com um pano de microfibra. Uma vez por semana faça uma limpeza mais profunda. Depois de retirar o pó com a microfibra – e também dos cantos com pincéis com cerdas macias ou de silicone -, use um pano úmido para remover aquela poeira que tenha ficado mais entranhada. 

Então, você pode aplicar uma substância apropriada para couro automotivo. São diversos os produtos vendidos em lojas de autopeças, postos de combustível, e-commerce e supermercados, todos com o PH indicado para ser usado nesse tipo de material. 

Dê preferência a soluções que já tenham em sua composição agentes bactericidas e hidratantes. Use outro pano úmido de microfibra e passe sobre os revestimentos de couro – assentos, encostos, painéis e volantes, se for o caso. Nada de encharcar os bancos.

Hidratação

Após essa limpeza, vale também aplicar um hidratante específico para couro automotivo uma vez por semana. Novamente, nada de emplastar. Use o pano de microfibra com um pouco da solução.

E aqui vale dar preferência a produtos que tenham índice de proteção UV em sua composição, para minimizar aqueles efeitos nocivos do sol. A maioria das substâncias não contém odores e são atóxicas, ou seja, não precisa deixar o carro aberto depois da aplicação.

“A hidratação cria uma película protetora e deixa o couro com um toque mais agradável. Desta forma, o revestimento terá sua vida útil aumentada. Você vê couro degradado prematuramente porque não é hidratado. Aí resseca e as rachaduras se agravam”, afirma o dono da Flipwash Spazio & Icon.

Para quem não quer ter esse trabalho, empresas especializadas em limpeza automotiva também costumam oferecer serviços para os revestimentos de couro do veículo. O trato geral no carro, com higienização e limpeza dos bancos, têm preços variados conforme a cidade e o tipo de veículo: vão de R$ 100 a R$ 400.

Produtos proibidos

Jamais, nunca, em tempo algum use hidratante corporal no couro do seu carro. Esses produtos acabam deixando o revestimento mais gorduroso e mais propenso a grudar poeira. 

Evite ainda produtos abrasivos e muito agressivos. Soluções à base de cloro, querosene, álcool e derivados de petróleo não podem ser usadas. E nada de limpar as superfícies com escovas grossas, panos que soltem fiapos ou esponjas ásperas.

E lembre-se que não existe solução para dar brilho em couro natural. “Couro que brilha é sinal de que está sujo e engordurado. Couro natural não é feito para brilhar, ele é fosco”, completa Luiz Arthur Peres. 

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