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Por que o Compass vende tanto?

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Entenda algumas razões que contribuem para o SUV médio da Jeep ser mais emplacado que muito crossover compacto

Por Fernando Miragaya

Um utilitário esportivo médio que vende mais que quase todos os SUVs compactos, mesmo com preço maior. Esse fato não é particularidade de algum país com alto poder aquisitivo. Falamos do mercado brasileiro, onde o Jeep Compass, mais uma vez, foi não só líder em sua categoria, como desbancou crossover menores no volume de emplacamentos.

Lançado em 2016, o Compass recentemente ultrapassou a marca de 300 mil unidades comercializadas desde então. Em 2021, quando passou por sua primeira remodelação, obteve seu recorde de vendas. Segundo dados da Fenabrave, o Jeep teve 70.906 negociadas, média superior a mais de 5.900 unidades por mês.

Além de ser o líder absoluto da categoria de médios, com quase 50% de participação, o Compass foi o segundo utilitário esportivo mais emplacado em 2021. Ficou atrás apenas que seu companheiro de fábrica e de vitrine, o Renegade, mas por pouco: 3 mil unidades de diferença.

Desta forma, o Compass superou com folgas rivais diretos, como Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos, Chevrolet Equinox, Hyundai Tucson e Mitsubishi Eclipse Cross. E deixou para trás também SUVs compactos bem mais em conta e que, em um mercado como o do Brasil, naturalmente teriam mais volume.

Até porque está longe de ser um crossover de entrada. O SUV custou, em boa parte do ano, a partir da casa dos R$ 150 mil. Só que é justamente a faixa de preço uma das razões que explicam porque o Compass vende tanto. Conheça agora o que ajuda o utilitário médio a ser um sucesso.

Custo/benefício

Atualmente o Compass é vendido em sete versões, mas com preço que parte dos R$ 158.990. Desta forma, é o SUV médio mais em conta do segmento. O modelo que mais se aproxima dele é o Toyota Corolla Cross, que começa em R$ 161.990, porém, com menos opções e ainda “novo” no pedaço.

Ao mesmo tempo, o Compass se mostra uma boa alternativa aos SUVs compactos topo de linha. Veja a nova geração do Hyundai Creta, cuja variante mais completa, a Ultimate, sai por R$ 162.690.

Ou o VW T-Cross, que tem preço de R$ 158.150 na Highline 250 TSI. Aqui, ainda surge um hiato na gama de utilitários esportivos da marca alemã no Brasil – onde a Jeep pode se esbaldar -, uma vez que a versão de entrada do Taos – o SUV logo acima do T-Cross – fica em R$ 171.070.

Valores válidos para todo o Brasil, exceto para o Estado de São Paulo, e levantados no dia 19 de janeiro

Por que o Compass vende tanto? Porque a Stellantis não dormiu no ponto

Vender mais que os compactos nem é novidade para o Compass. Desde a estreia que o Jeep faz bonito nos emplacamentos. Em seu primeiro ano cheio de vendas, em 2017, tornou-se de cara o utilitário esportivo mais vendido do país, com 49.194 unidades. Mesmo assim, a marca estadunidense nunca dormiu no ponto.

Já no segundo ano de mercado ganhou equipamentos, como nova central multimídia e sistema start/stop para moderar o consumo das versões flex aspiradas. Na sequência, emplacou duas séries especiais e, em 2019, ganhou nova opção de acabamento no catálogo.

No ano passado, já nadando de braçadas no segmento, ganhou um upgrade. No primeiro semestre, passou pela primeira remodelação, por dentro e por fora, e ainda estreou novo conjunto mecânico, com propulsor turboflex. Mais do que suficiente para dar uma mãozinha para o já bom desempenho comercial.

Por que o Compass vende tanto? Por causa do motor diesel e do 4×4

O Compass é o único dentro do segmento de SUVs médios que tem, desde o nascimento desta geração no Brasil, opções com motor turbodiesel. Além disso é um dos poucos com tração 4×4, como reza a cartilha do bom jipeiro. O sistema Active Drive Low tem seletor de terrenos, reduzida e controle de descida, e se mostra bem mais apto ao fora de estrada que os dispositivos AWD sob demanda de alguns rivais.

Já o 2.0 16V com 170 cv de potência e torque máximo de 35,7 kgfm entrega aquela robustez e desenvoltura para um off-road médio. Na estrada, o câmbio automático de nove marchas da ZF garante agilidade e retomadas seguras. Enquanto oferece consumo interessante: pelos padrões do Inmetro, faz 10,3 km/l no ciclo urbano e 13,5 km/l, no rodoviário – o que resultaria em autonomia de 800 km!

Desempenho

O desempenho do Compass é o destaque, não só do turbodiesel, mas também do novo 1.3 turboflex. Com 185/180 cv de potência e 28,4 kgfm de torque a 1.750 rpm, o propulsor GSE T270 surgiu no Jeep menos de um mês depois de estrear na Fiat Toro. O novo motor deixou o Compass flex bem mais esperto que o antecessor 2.0 aspirado. Além disso, o conforto no rodar também foi aprimorado.

Espaço interno

A percepção de conforto no Compass salta aos olhos. Apesar de ter um entre-eixos de apenas 2,63 metros – pouco para um médio -, a posição dos bancos e o balanço traseiro ajudam na vida a bordo, e colam no SUV da Jeep uma imagem de carro familiar.

Motorista e carona têm folgas para pernas e ombros, e ergonomia eficiente. Atrás, dois adultos conseguem viajar sem apertos para pernas e joelhos, e com bom vão para as cabeças. E ainda cabe tranquilamente uma criança no assento central. O porta-malas é regular, com 410 litros.

Acabamento

No face-lift de meia-vida do ano passado, a Jeep quis mostrar que o seu utilitário médio ia melhorar em todos os sentidos. O revestimento interno, muito criticado desde o lançamento, melhorou significativamente. Além do volante do Grand Cherokee, o carro adotou novos padrões de revestimento nas portas e painéis.

Por que o Compass vende tanto? Por causa da recheada lista de equipamentos

Mas o grande salto foi na lista de equipamentos. Faróis full-LED, quadro de instrumentos digital, novas centrais multimídia com telas de 8,4” e 10,1” e conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e carregamento de celular por indução foram algumas das novidades – conforme a versão.

O pacote ADAS de auxílio à condução ainda foi aprimorado. Passou a ter detecção de pedestres, ciclistas e motos no sistema de frenagem autônoma de emergência, além de incorporar alerta de fadiga do motorista e leitor de placas de trânsito, com avisos e alertas sobre a velocidade máxima permitida na via.

Por que o Compass vende tanto? Variedade de versões

O Compass sempre teve um bom leque de versões de acabamento. Ao todo, são sete configurações, entre opções flex ou diesel 4×4. Todas já saem com seis airbags, faróis full LED, ar-condicionado automático bizona, chave presencial, freio de estacionamento eletrônico, carregador de celular por indução, controle de subida, câmera de ré e central com Apple Carplay e Android Auto com espelhamento sem fio.

Confira os preços:

  • Sport T270 – R$ 158.990
  • Longitude T270 – R$ 170.590
  • Limited T270 – R$ 189.990
  • Serie S – R$ 209.590
  • Longitude TD350 4×4 – R$ 217.590
  • Limited TD350 4×4 – R$ 237.990
  • Trailhawk TD350 4×4 – R$ 237.990

Alguém vai apontar o dedo e dizer: “ah, mas não tem híbrido como o Corolla Cross”. Não tem, mas vai ter. A variante 4Xe do Compass chegará em abril, importada, combinando o 1.3 turbo (só a gasolina) com motor elétrico da minivan Chrysler Pacifica, potência combinada de 240 cv e autonomia em modo EV de 49 km.

Valores válidos para todo o Brasil, exceto para o Estado de São Paulo, e levantados no dia 19 de janeiro

Vendas diretas

Entre as razões que explicam porque o Compass vende tanto, tem a questão das chamadas vendas diretas. São as negociações feitas para empresas, e a Jeep trabalha muito bem esse segmento. Basta dizer que 75% de tudo que o SUV médio emplacou no ano passado foi para Pessoa Jurídica.

Isso mesmo, ¾ dos emplacamentos do Compass foram nesta modalidade de negócio, geralmente voltada para frotistas, terceirização de frotas e locadoras. Para se ter uma ideia, o Compass foi o carro de passeio líder em vendas diretas em 2021, com 53.653 unidades, e o segundo veículo mais negociado desta forma, atrás apenas da Fiat Strada.

Plataforma compartilhada

O bom custo/benefício e o grande volume também é garantido por uma estrutura industrial robusta. O Jeep Compass é produzido no Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, originalmente FCA – Fiat Chrysler Automóveis -, hoje parte do Grupo Stellantis.

O SUV médio compartilha vários componentes, motores, câmbios e plataforma com outros utilitários esportivos da marca, como Renegade e Commander, além da Fiat Toro. Isso dá uma economia de escala significativa para o modelo e a montadora.

A unidade tem capacidade para produzir 280 mil veículos por ano, e passou da marca de 1 milhão de unidades fabricadas em março do ano passado. Tem ainda um volume significativo para exportação. Só o Compass é vendido para 16 países da América Latina: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicaragua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

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