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Por que a Strada vende muito?

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Veículo mais emplacado do país por mais um ano, picape compacta tem virtudes que justificam seu sucesso

Por Fernando Miragaya

Nos anos 1990 o atacante Ronaldo ganhou o sobrenome “Fenômeno” ao encantar o mundo com seus gols, dribles e talento ímpar. No mundo automotivo, se tem um carro que pode receber tratamento igual é a picape compacta da Fiat. A Strada vende muito e, pelo terceiro ano consecutivo, foi o veículo mais emplacado do país.

Em todo 2023, a picapinha produzida em Betim (MG) superou 120 mil unidades licenciadas, mais que o dobro da segunda picape mais negociada do mercado e quase o triplo de sua concorrente direta. Mas qual o segredo de tamanho sucesso? Por que a Strada vende muito assim? 

Separamos algumas razões que explicam a vitoriosa trajetória do modelo. E que contextualizam porque a Fiat Strada vende muito.

Robustez

A Fiat Strada vende aos montes há muito tempo. São quase três décadas de liderança isolada nas categorias de picapes e de comerciais leves no geral. Entre as razões, a confiança do mercado no produto. Para lazer, trabalho ou frotistas, o modelo entrega mecânica robusta e que promete aguentar qualquer tranco.

E olha que teve gente que duvidou que a segunda geração da Strada, lançada em 2020, ia continuar a vender muito. Mais moderna e feita sobre a arquitetura MPP em Betim (MG), a picape adotou um design mais arrojado e também estreou novos motores Firefly. 

No início desta segunda era, chegou a manter o modelo velho derivado do primeiro Palio dos anos 1990. Além de opções de entrada com o veterano motor 1.4 Fire. Mas o sucesso continuou a ponto de a primeira geração ser descontinuada um ano depois e o cansado propulsor quatro cilindros sair de cena na sequência.

Com o motor 1.3 8V Firefly, a Strada oferece potência melhor (107 cv com etanol e 98 cv, com gasolina) que a do antigo conjunto motriz. Na versão cabine simples, o 0 a 100 km/h é feito em 11,6/12,5 segundos. De quebra, tem rodar mais suave e é mais eficiente, com médias urbanas de 9,3 km/l (e) e 13,1 km/l (g) , segundo o padrão Inmetro.

Ainda ganhou recentemente versões com câmbio automático e motor turbo. No caso, o propulsor GSE três-cilindros gera 130 cv com etanol e 125 cv, com gasolina, o que alçou a Fiat Strada à picape pequena mais potente do mercado.

Entre os outros atributos que conferem essa imagem de robustez à Strada estão a posição alta de dirigir e a suspensão. Com um jogo de eixo rígido na traseira, molas parabólicas de lâmina única e amortecedores hidráulicos de duplo efeito e curso alto, garante força e boa capacidade de carga, como veremos mais adiante.

Custo benefício

A Strada é vendida em sete versões e em configurações cabine simples e dupla. Os preços partem de R$ 100.990 na Endurance 1.3. Trata-se da opção mais básica e voltada para o trabalho, mas que já sai de fábrica com controles de estabilidade, tração e subidas, ar, protetor de caçamba, tomada 12V, luzes na cabine e na caçamba, porta-escadas e estribo traseiro.

A Volcano é uma das intermediárias mais interessantes. Por R$ 115.990 na variante cabine dupla, agrega airbags laterais, bloqueio do diferencial dianteiro, sensor de ré, monitoramento dos pneus, central multimídia com tela de 7”, faróis de LEDs, rodas de liga-leve, santantônio, capota marítima, trio elétrico, barras no teto, entre outros.

Confira os preços de toda a linha Fiat Strada 2024:

  • Fiat Strada Endurance 1.3 CS: R$ 100.990
  • Fiat Strada Freedom 1.3 CS: R$ 106.990
  • Fiat Strada Freedom 1.3 CD: R$ 112.990
  • Fiat Strada Volcano 1.3 CD: R$ 115.990
  • Fiat Strada Volcano 1.3 AT CD:  R$ 121.990
  • Fiat Strada Ultra 1.0 Turbo AT CD: R$ 133.990
  • Fiat Strada Ranch 1.0 Turbo AT CD: R$ 133.990

*preços referentes a janeiro de 2024

Caçamba

A Strada também vende muito porque tem uma caçamba bem otimizada. Para se ter ideia, as versões cabine simples da picapinha têm volume de até 1.354 litros. Supera a da Toro (937 litros).

O compartimento ainda guarda dimensões interessantes para quem precisa levar carga ou outros objetos. A caçamba da Strada CS tem 1,71 metro de comprimento, 1,36 m de largura e 60 cm de altura. Fora o extensor vendido como acessório de concessionária, que permite levar uma moto sem problemas.

As variantes cabine dupla não ficam atrás. São 844 litros de capacidade, contra 683 litros da médio-compacta Renault Oroch, por exemplo.

Capacidade de carga

Mais um aspecto em que a Strada supera rivais de outros segmentos e explica porque ela vende muito. Nas cabine simples, são 720 kg de carga útil. A Oroch tem cabine dupla, é verdade, mas leva 680 kg.

Na cabine dupla, a capacidade de carga da Strada é de 650 kg. A Toro, que é maior, mais cara e usa motor 1.3 turboflex de até 185 cv, leva só 20 kg a mais. 

Falta concorrência

A Strada vende muito porque também faltam concorrentes. No segmento de picapes compactas, só a Saveiro resiste bravamente. Mas os emplacamentos da Volkswagen são bem mais singelos e não dão nem para a saída.

Só no acumulado de 2023, a Strada vendeu exatas 120.600 unidades. Quase o triplo do que a Saveiro emplacou no mesmo período: 46.600. E olha que o exemplar da VW tem versões de entrada mais baratas, a partir de R$ 98.670.

A Strada também acaba por competir, em suas configurações mais caras, com as opções básicas das chamadas médio-compactas. Só que Chevrolet Montana e Renault Oroch venderam bem menos, respectivamente 30 mil e 12 mil.

Rede de concessionárias

Fato que ajuda a Strada a vender muito é a ampla e numerosa rede de distribuidores da Fiat. A marca italiana tem 512 lojas com cobertura nacional. Todas com o know-how de venderem as duas picapes mais emplacadas do país – além da compacta, a Toro é a segunda, com mais de 51 mil unidades na soma de 2023.

Manutenção

O pós-venda também é estratégico para explicar porque a Strada vende muito. São os triviais três anos de garantia, só que o custo de manutenção não assusta. O plano de revisões com preço fixo para as versões 1.3 prevê manutenções a cada 10.000 km com custo total de menos de R$ 5 mil ao fim das seis primeiras visitas.

Confira os preços de cada revisão da Fiat Strada:

  • 10.000 km: R$ 556
  • 20.000 km: R$ 736
  • 30.000 km: R$ 576
  • 40.000 km: R$ 1.588
  • 50.000 km: R$ 608
  • 60.000 km: R$ 896

As peças também não pregam sustos. Um jogo com 4 pastilhas dos freios dianteiros custa de R$ 100 a R$ 190, o conjunto de quatro velas de ignição fica entre R$ 70 e R$ 120 e um par de amortecedores traseiros sai por entre R$ 300 e R$ 450 no caso das variantes 1.3 CD.

*preços referentes a janeiro de 2024

Vendas diretas

Essa é uma das principais razões que explicam porque a Fiat Strada vende muito. A marca italiana trabalha bem as negociações com grandes frotistas, especialmente locadoras. Das 120.600 unidades da picape entregues em 2023, 87.966 foram no modelo vendas diretas, ou seja: 73% de todo o volume comercializado da picapinha.

Versatilidade

A Fiat Strada vende muito também porque sempre aliou a imagem de picape boa para o trabalho e para o lazer. Sempre manteve versões “proletárias” na linha, como a atual Endurance, que hoje faz as vezes das antigas Working, como outras com proposta mais esportiva e aventureira, marcadas pelas inesquecíveis Adventure.

Além disso, é uma picape marcada por inaugurar tendências no segmento de compactas. Além de ser a primeira a ter as opções aventureiras (Trekking e, depois, Adventure), foi inovadora ao, no lançamento, em 1999, oferecer variantes com cabine estendida. 

Dez anos depois, foi a primeira picapinha com opção de cabine dupla, com dois lugares extras. Em 2013, tais configurações ganharam uma terceira porta invertida do lado direito. E na nova geração, de 2020, já veio com cabine dupla com quatro portas e cinco lugares.

Neste meio tempo, ainda foi pioneira na categoria a ter bloqueio de diferencial dianteiro, chamado Locker, nas versões Adventure. As capacidades para pegar trechos menos favorecidos de terra ou asfalto, a propósito, mostram um pouco desta funcionalidade da Strada: vão livre na casa dos 21 cm, ângulos de entrada de mais de 23° e de saída perto dos 27° (varia um pouco entre as CS e CD).

Mais recentemente, a Strada ainda estreou câmbio CVT – mas não foi a primeira compacta a ter transmissão automática, título que cabe à saudosa Chevrolet Chevy 500 na década de 1990. Porém, este ano, passou a ser a primeira picapinha turbinada do país, graças à chegada do motor 1.0 GSE.

Foto principal | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

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