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Chevrolet Montana: no que ela ganha e no que perde das rivais

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Terceira geração da picape quer beliscar vendas de Fiat Toro, Strada e Renault Oroch. Em que ela é melhor que as rivais?

Por Fernando Miragaya

O grande lançamento da General Motors nos últimos anos chegou com a promessa de agitar um segmento que parecia estabelecido. A nova Chevrolet Montana foi lançada com dinâmica de carro de passeio e custo/benefício agressivo para não só tentar abalar o reinado da Fiat Toro, como também disputar espaço com Renault Oroch e até com clientes da Fiat Strada topo de linha.

Mas será que a novidade consegue abraçar o universo de picapes desta forma? No que a Chevrolet Montana ganha e no que perde de suas rivais? É isso que Autos Segredos vai mostrar agora, em sete aspectos principais.

Para começar, vamos situar as quatro picapes. A Montana começa em R$ 116.890 na versão de entrada e custa R$ 121.990 na LT. Essas duas opções com câmbio manual se assemelham em valores às Oroch, também manuais e com motor aspirado 1.6, que custam 114.750 (Pro) e R$ 120.950 (Intense).

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Também disputa espaço com a Strada topo de linha. A picape mais vendida do país em sua configuração Volcano cabine dupla, motor 1.3 e transmissão manual custa R$ 122.990. Pula para R$ 127.990 com a caixa CVT, enquanto a Montana LTZ, a mais barata da linha automática, sai por R$ 134.490.

A Montana mais completa, a Premier, custa R$ 140.490. Ela é mais em conta que a Oroch topo de linha Outsider (R$ 146.900). Basicamente o mesmo preço da Toro de entrada, a Volcano, que custa R$ 146.990.

Desempenho

A terceira geração da Chevrolet Montana cresceu nas dimensões e também no conjunto mecânico. A nova picape médio-compacta da GM é baseada no Tracker e do SUV herdou o motor 1.2 três-cilindros, que tem turbo, recurso que só a Oroch mais cara e a Toro têm. 

Desta forma, na potência, a Montana tem números melhores que Strada e que as Oroch aspiradas. São 133 cv com etanol e 132 cv com gasolina na picape da Chevrolet. O motor 1.3 6V Firefly da Fiat gera 107/98 cv, enquanto o propulsor 1.6 16V SCe da marca francesa entrega 120 cv com qualquer um dos combustíveis.

Na comparação dos números de potência com a rival da Fiat, contudo, a Montana perde feio. Na linha 2022, a Toro abandonou o 1.8 EtorQ aspirado e adotou o motor 1.3 turboflex GSE, e se tornou a mais potente do segmento. São 185 cv com etanol, e 180 cv, com gasolina.

Na comparação com a Oroch turbo, também fica bem atrás. Na reestilização de 2022, a médio-compacta da Renault ganhou o motor 1.3 TCe turbo, fruto de uma parceria da montadora francesa com a Mercedes-Benz, que oferece 170/162 cv.

Ao volante, a Montana entrega um desempenho bastante competente. Há uma clara preocupação na calibragem do motor em ter um meio-termo entre desempenho e eficiência. Mesmo assim, e com bem menos potência que a rival, a picape da GM é mais rápida nas acelerações que a Toro.

A Montana automática cumpre o 0 a 100 km/h em 10,1 segundos, com etanol, de acordo com a GM. A Toro Volcano AT em 10,7 s. Isso se explica pelo peso, já que o veículo da GM pesa 1.310 kg, e o da Fiat, 1.670 kg. Mas sabe quem é a mais rápida da categoria? Pois é, a Oroch turbinada precisa de 9,8 segundos para 0-100 km/h, isso mais pesada que a Chevrolet: 1.432 kg…

Com câmbio manual, a Montana é mais lenta, ao contrário do padrão. A engenharia da GM optou por alongar as primeiras relações da caixa de seis marchas para manter um bom consumo. Nestas versões, o 0 a 100 km/h se dá em 11,7 segundos, com etanol.

A Oroch manual faz o mesmo em 11,8 segundos. No âmbito das manuais, a Strada é a mais ágil. Precisa de 11,2 segundos no 0-100. Com câmbio automático, a picape compacta da Fiat leva 12 segundos cravados.

Consumo

A nova Montana já chegou com a banca de mais econômica do seu segmento. Confira os números, com base nos padrões do Inmetro para o PBEV.

Chevrolet Montana manual

  • Etanol cidade: 8,3
  • Etanol estrada: 9,6
  • Gasolina cidade: 12,0
  • Gasolina estrada: 13,6

Fiat Strada 1.3 MT

  • Etanol cidade: 8,9
  • Etanol estrada: 9,9
  • Gasolina cidade: 12,4
  • Gasolina estrada: 14,0

Renault Oroch 1.6 MT

  • Etanol cidade: 7,7
  • Etanol estrada: 7,9
  • Gasolina cidade: 11,0
  • Gasolina estrada: 11,4

Chevrolet Montana AT

  • Etanol cidade: 7,7
  • Etanol estrada: 9,3
  • Gasolina cidade: 11,1
  • Gasolina estrada: 13,3

Fiat Strada 1.3 CVT

  • Etanol cidade: 8,8
  • Etanol estrada: 9,9
  • Gasolina cidade: 12,4
  • Gasolina estrada: 13,9

Fiat Toro T270 AT

  • Etanol cidade: 6,6
  • Etanol estrada: 8,0
  • Gasolina cidade: 9,5
  • Gasolina estrada: 11,2

Renault Oroch 1.3 AT

  • Etanol cidade: 7,4
  • Etanol estrada: 7,8
  • Gasolina cidade: 10,5
  • Gasolina estrada: 11,0

Dirigibilidade

Um dos pontos altos da picape estreante é justamente sua dirigibilidade. A posição do motorista – nem muito alta, nem muito baixa – e a própria ergonomia fazem você se sentir dentro de um Tracker.

Muito melhor do que na Oroch – onde parece que está se abraçando um urso ao volante, como no Duster – e que na Strada – alta demais para as dimensões da picapinha. 

A Toro é a que mais se aproxima da nova Montana nesse quesito, apesar da posição mais ereta de direção. Mas as duas, sem dúvida, têm comportamento de carro de passeio.

Especialmente na dinâmica. Se a Oroch e Strada oferecem mais robustez, Montana e Toro privilegiam o conforto. Na picape da GM, inclusive, a direção é bem direta e precisa. E exige menos exercícios na hora de estacionar, já que tem um diâmetro de giro menor.

Conforto

A GM bateu na tecla de que a cabine da Montana é mais espaçosa. Falou em 1 ou 2 cm a mais para joelhos e ombros. Na boa, não fez a mínima diferença.

Assim como na Toro, o vão para pernas atrás é bem justo. A Oroch é a que oferece uma certa folga a mais, especialmente para cabeças e ombros. A Strada, por sua vez, não faz milagre e leva bem apenas dois adultos na segunda fila.

Na Montana, ainda tem outros poréns. O vão da porta traseira atrapalha o acesso dos passageiros. Outro vacilo para os passageiros de trás: a ausência de porta-objetos. Na frente, motorista e carona têm bancos com abas pouco firmes e suporte para pernas curto, o que cansa em viagens mais longas.

Em compensação, a Montana mostrou ter um bom acerto de suspensão. Con eixo de torção na traseira, não deixou a caçamba tão alta na traseira. Mesmo vazia, o modelo da Chevrolet não sacoleja tanto – até menos que a Toro, que tem um refinado jogo multibraço.

No acabamento, a Montana deixa a desejar em alguns encaixes e fechamentos no painel. Nada muito pior que na Toro e na Strada. Nesse quesito, a Oroch ainda perde feio. 

Capacidade de carga

A justificativa de ser uma picape para a cidade e a família é bem conveniente para a Montana. As opções automáticas têm carga útil de 600 kg, igual à Strada CVT e menor que todas as rivais.

A Toro T270 leva 670 kg, enquanto a Oroch automática tem capacidade de carga de 650 kg. Já a variante de entrada Pro da Renault eleva isso para 680 kg, acima da Strada 1.3 manual (650 kg) e da Montana manual mais barata (637 kg).

Em termos de volume de caçamba, a Toro reina. São 937 litros da Fiat, enquanto a novata da Chevrolet acomoda até 874 litros. A Strada vem na sequência, com 843 litros. Na rabeira, a Oroch, com 683 litros.

Equipamentos

Desde a configuração de entrada a nova Montana recebe seis airbags, DRL de LED, monitoramento dos pneus, tampa da caçamba elétrica e com amortecimento, protetor de caçamba, acendimento automático dos faróis, assistente de partida em rampas, piloto automático, ar-condicionado, direção elétrica com ajuste de altura, vidros e travas elétricos.

Toda a linha da picape da GM também recebe a central MyLink, com tela de 8″ e conexões Android Auto e Apple Car sem fio, entradas USB (tipo A e tipo C), Wi-Fi e OnStar. Sem falar nos controles de estabilidade e tração obrigatórios.

Se comparada à Oroch mais básica, a Montana sobra. A Renault só recebe os dois airbags e o ESC exigidos por lei. No mais, o trivial: ar, direção eletro-hidráulica, vidros e travas elétricos e ajuste de altura do volante, entre outros. 

Já a Strada Volcano é mais recheada que a Montana inicial. Apesar dos quatro airbags, tem ar automático, rodas de liga leve, câmera e sensor de ré,  capota marítima e revestimento de couro.

A Montana só vai receber capota, câmera e rodas de liga leve na LT. Na LTZ automática fica mais interessante que Strada e que a Oroch Intense. Acrescenta rack de teto na cor prata, rodas 17”, cromados, travas com sensor de aproximação e vidros elétricos com sistema de abertura e fechamento pela chave, volante com revestimento premium e ajustes de altura e profundidade, bancos parcialmente de couro, partida do motor por botão e sensor de ré. 

Na Premier AT a nova Chevrolet recebe tudo a que tem direito. Faróis full LED, alerta de ponto cego, indicador da vida útil do óleo, acabamentos escurecidos, bancos com revestimento premium, ar automático e carregador de celular por indução.

Se revela mais equipada que a Oroch Outsider e que seu alvo preferencial, a Toro Endurance T270. Esta não tem câmera de ré, usa rodas de aço com calotas e o ar é convencional, assim como o revestimento dos bancos.

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Andamos na nova Chevrolet Montana Premier 2023:

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