Honda City Hatchback chega para substituir Fit e brigar com Polo, 208, HB20 e Onix

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Honda City Hatchback chega inicialmente nas versões EXL e Touring, sempre equipadas com motor 1.5 e câmbio CVT. Hatch poderá ter novas opções com valores mais acessíveis

Enquanto encerra a produção do Fit, a Honda entra pela primeira vez no segmento de hatches compactos com o City Hatchback. O inédito modelo será vendido nas versões EXL e Touring pelos valores sugeridos de 114.200 e R$ 122.600, respectivamente. Já podendo ser encomendado em pré-venda, o modelo começará a ser entregue em março.

O Honda City Hatchback chegará para brigar com as versões topo de linha de VW Polo, Hyundai HB20, Peugeot 208 e Chevrolet Onix. As opções mais caras são as de maior valor agregado e consequentemente as de rentabilidade superior. Entretanto, a marca já homologou as versões EX e LX que deverão estrear futuramente.

A Honda esperar que clientes de Fit migrem naturalmente para o City Hatchback. Mas considerando que são carrocerias distintas e posições de condução bem diferentes, o novo modelo poderá não agradar a todos.

Beleza é uma questão subjetiva. Logo, o que é feio para um pode ser belo para o outro. Mas fato é que o City Hatchback tem belas linhas, principalmente quando visto de traseira. Considerando a geração atual do Fit disponível no mercado japonês, o hatch aqui disponível tem mais condições de ganhar o cliente pelo fator emoção.

No visual externo, as rodas de 16 polegadas deixam um vazio grande nas caixas. A Honda ficará devendo para os clientes que gostam de rodas de maior diâmetro, já que não há opções nem como opcional ou acessórios nas lojas autorizadas.

No posto de comando, mesmo com a posição mais baixa em relação ao Fit, o condutor se encontra fácil para colocar o hatch em movimento. O assento apoia bem as pernas do condutor e as do passageiro, o mesmo pode ser dito do encosto, que também cumpre sua função. Neste primeiro contato, andei por horas sem parada e a viagem não foi cansativa.

Ponto negativo é não oferecer nenhum ajuste elétrico para o banco do motorista – e olha que a primeira volta foi justamente com o City Hatchback Touring, a versão mais cara da gama…

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Os 2,60 metros de entre-eixos proporcionam bom espaço para os ocupantes das extremidades, mas o do meio, mesmo o túnel central quase plano não terá uma viagem confortável. Afinal, o assento central é mais alto, e eu com meus 1,73 m acabei encostando a cabeça no teto. O apoio de braço central também acaba sendo um inimigo e fica projetando o corpo do passageiro para a frente. Por isso, no caso de três passageiros atrás, o do meio é ideal para uma criança.

Para os fãs do Fit, o City Hatch oferece os bancos moduláveis para o transporte de cargas deixando hatch como um furgão. O encosto é bi partido em 60/40. Em relação ao conforto para os ocupantes traseiras, o City oferece saídas de ar para a turma do fundo.

Os bancos são revestidos em couro e os apoios de braço das portas tem um aplique com o mesmo material. O acesso aos bancos dianteiros é fácil, já no traseiro é melhor ter atenção para não bater a cabeça na coluna devido a caída acentuada do teto.

No acabamento interno, o City tem revestimentos em tons cinza e os plásticos, apesar de rígidos são de boa qualidade, o volante é revestido em couro e tem boa pegada. Todos os comandos estão ao alcance das mãos do motorista e o quadro de instrumento é 100% digital, mas com mostradores de rotação e velocidade analógicos. O desenho do painel tem linhas agradáveis e a central multimídia está bem posicionada.

Já o ar-condicionado, apesar de ser digital não é de uma zona só, pelo preço pedido pelo modelo, merecia ser de duas. Entradas USB só para a turma da frente.

Já o ar-condicionado, apesar de ser digital, é de uma zona apenas. Pelo preço pedido pelo modelo, merecia ser de duas. Entradas USB estão disponíveis só para a turma da frente.

Porta-malas

O Honda City Hatchback fica devendo em relação a capacidade do porta-malas.  São apenas 268 litros de capacidades, que o deixa em desvantagem aos seus principais concorrentes.

A suspensão do Honda City Hatchback filtra bem as imperfeições do solo, mesmo nos pisos mais castigados. No entanto, o rodar não é suave: pneus de medidas maior poderiam melhorar o conforto.

Já o comportamento dinâmico agrada e há pouca movimentação da carroceria. A direção tem boa calibragem em movimento e manobra.

Andando

O Honda City Hatchback não tem o brio dos concorrentes Onix e HB20 equipados com motores 1.0 turbo. No entanto, neste primeiro contato, os 126 cv de potência e os 15,5 kgfm de torque do motor 1.5 do City Hatchback agradou. Vale ressaltar, entretanto, que não foi possível andar com mais passageiros no carro.

O motor não enche rápido como num turbo e aceleração vai subindo gradualmente a medida que o pedal do acelerador é acionado. O torque também foi satisfatório em ultrapassagens. As retomadas de aceleração também foram a contento.

No entanto, apesar do isolamento acústico na parede de fogo e no capô o ruído do conjunto mecânico incomoda, principalmente em altas rotações.

Se o Honda City Hatchback terá boas vendas, só saberemos com o tempo. De fato é um bom produto e sua boa lista de itens de série e segurança são pontos positivos. No entanto, apesar do mercado ter normalizado carros compactos de R$ 100 mil, o preço inicial de R$ 114.200 é bem elevado.

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