Versão topo de linha do SUV médio se destaca pelo acerto do sistema suspensão/direção, espaço interno e tecnologia dos faróis em LED. Muitas funções no sistema multimídia e consumo elevado destoam

Por Paulo Eduardo

O VW Taos é fabricado na Argentina. O SUV médio de linhas retilíneas tem espaço interno amplo por não ter cantos arredondados. Aspecto parrudo com uso de cromados na grade frontal, base das janelas e nas saídas de escape falsas no para-choque traseiro.

Ao contrário da maioria dos SUVs, não é preciso abaixar para entrar no banco traseiro. Espaço interno bom para pernas, cabeça e ombros. O assento do banco traseiro é baixo, mas as pernas esticadas têm apoio total. O Taos usa a plataforma mundial MQB.

Porta-malas enorme tem tampa pesada e com local de fechamento somente do lado direito, o que dificulta para canhoto. É possível levar a bagagem da família sem se preocupar em arrumá-la. Estepe é temporário de dimensões diferentes dos pneus de rodagem.

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Acabamento interno bom, com montagem e encaixes benfeitos. No painel central, usa plástico duro com aplique em couro na base e uma faixa brilhante na cor cinza na parte frontal. O conjunto é harmônico.

Quadro de instrumentos digital do VW Taos Highline tem três configurações e tela de 10,25 polegadas. A tela tátil da central multimídia tem 10,1 polegadas. Concentra muitas funções, está na moda, mas requer tirar os olhos via para acioná-la. Contraria a ergonomia.

As três portas USB são do tipo C, de carregamento rápido, mas nem sempre adequada a todos os telefones. Navegação é nativa e há conexão com Android e Apple.

Volante multifunções do VW Taos Highline contraria a ergonomia ao reunir comandos diversos, mas está revestido corretamente com material rugoso que evita deslize acidental das mãos. Tem ótima pega e coluna de direção tem regulagens em altura e distância.

Encontrar a posição de dirigir é fácil. Bancos dianteiros bem anatômicos têm regulagem lombar, que evita cansaço ao volante ao manter a pelve em posição correta. Senão é a forração em couro que não transpira.

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Regulagem lombar no banco do passageiro é manual, a do motorista é elétrica. Retrovisores grandes, alerta de ponto cego, câmera de ré de ótima definição e alerta de tráfego cruzado na traseira. O VW Taos Highline conta com alguns itens de direção autônoma.

Entre eles, a frenagem autônoma de emergência até 50 km/h detecta pedestre, ciclista e veículo; controle adaptativo de velocidade freia o carro se o veículo à frente parar e o coloca em movimento assim que o carro da frente se mover.

Há alerta de fadiga, seis airbags, controles de tração e de estabilidade e bloqueio eletrônico de diferencial, que freia as rodas internas em curva, transferindo o torque para as externas.

Montado sobre a plataforma MQB, o VW Taos Highline tem suspensão traseira multilink que proporciona uma dirigibilidade excelente. O carro tem comportamento dinâmico neutro. Nem parece SUV. Estabilidade ótima e direção comunicativa permite sentir a aderência.

A dirigibilidade é o melhor do carro. Ao colocar o VW Taos em movimento, percebe-se imediatamente que está na mão. É puro prazer de dirigir, apesar de ser SUV — modelo com grande altura do solo e de altura elevada da carroceria.

O diâmetro de giro grande (11,5 metros) requer manobrar mais em espaço reduzido. Comprometem o conforto em piso irregular as rodas grandes e pesadas aro 18 e pneus de perfil baixo (55).

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Não há milagre: roda grande gera desconforto, pois sobem e descem pesadamente transferindo as imperfeições para dentro.

Freios excelentes param o carro em espaço de segurança na simulação de emergência. O desempenho é muito bom sem empolgar. Relação peso/potência é de 9,4 kg/cv. Retomadas convincentes também. Motor 1.4 flex turbo é eficiente.

O câmbio é automático de seis marchas com conversor de torque. Trocas manuais por meio de aletas no volante ou movimentando-se a alavanca. Há quatro modos de condução: eco, normal, esportivo e individual.

Consumo de etanol registrado no computador de bordo foi de 4,8 km/l na cidade, com ar desligado, e 8,9 km/l na estrada, com ar ligado.

Limpadores e lavadores de para-brisa e vidro traseiro são eficientes. Destaque para os faróis em LED com sistema que aumenta o alcance do facho baixo em velocidades acima de 110 km/h.

Até 35 km/h, o facho tem alcance mais próximo do carro. Acima de 35 km/h, o facho baixo é acionado automaticamente. Há também o modo automático que troca o alto para o baixo se houver veículo à frente ou em sentido contrário.

Preço sugerido da versão Highline é de R$ 187.285. Único opcional é o teto panorâmico (R$ 5.670). Pintura metálica custa R$ 1.400 e as sólidas, R$ 595. Pintura na cor preta não é cobrada. Garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica VW Taos Highline

Motor
De quatro cilindros em linha, 1.499cm³ de cilindrada, 16 válvulas, turbo, flex, de 150 cv (etanol/gasolina) de potência máxima de 5.000 rpm a 5.200 rpm e torque máximo de 25,5  kgfm de 1.500 rpm a 3.800 rpm (g) e a 1.500 rpm a 4.000 rpm (e)

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência eletromecânica; diâmetro de giro, 11,5 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira, e sólido na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, multilink, barra estabilizadora; altura do solo, 18,5 centímetros

Rodas/pneus
7×18” de liga leve/215/55 R18

Peso
1.420 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
470 kg

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,461; largura, 1,841; altura, 1,626; distância entre-eixos, 2,68

Capacidades (litro)
Porta-malas, 480; tanque, 51; ângulos de entrada/saída/rampa (graus), 19/26,3/20,1

Desempenho
Velocidades máximas, 194 km/h (g/e); aceleração até 100 km/h, 9,3 segundos (g/e)

Consumo (km/l)
Cidade, 10,2 (g)/6,8 (e); estrada, 12,2 (g)/8,5 (e)