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[Teste] Volkswagen Taos Comfortline: entre a satisfação e a chatice

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Versão de entrada do SUV médio tem muitos itens de conforto e segurança, mas alguns de direção autônoma são opcionais. Comportamento dinâmico é excelente, mas excesso de funções na tela tátil incomoda. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Esses são os extremos do Volkswagen Taos. Se por um lado, esse SUV é agradável de dirigir desde o primeiro contato por causa da direção comunicativa e a suspensão traseira multilink, o excesso de funções concentradas no sistema multimídia é uma chatice e contraria a ergonomia.

Até para desativar o controle de estabilidade e tração é por meio da tela tátil. Nem os gênios conseguem desempenhar duas funções ao mesmo tempo: dirigir e acessar o sistema multimídia pela tela tátil de 10,25 polegadas.

Se o motorista agir assim, compromete a segurança. O correto é parar o carro e acessar a função desejada na tela tátil. Isso está na moda, mas contraria a ergonomia básica: como dirigir e tatear a tela ao mesmo tempo? Não dá.

Fora isso, o Volkswagen Taos Comfortline é um SUV ótimo de dirigir pela direção comunicativa. A suspensão traseira multilink e a arquitetura MQB (matriz modular transversal, traduzido do alemão) completam o conjunto. O comportamento dinâmico é muito bom para um carro com altura elevada do solo.

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Trata-se de um SUV mais apropriado para rodar no asfalto com tração 4×2, o que a maioria dos compradores quer. Aliás, tem donos de 4×4 que nunca colocam o carro na terra ou em terreno enlameado.

O Taos tem linhas da carroceria limpas e agradáveis. O interior tem montagem e encaixes corretos. Tem bom acabamento, apesar de o material do painel central ser de plástico duro. Material emborrachado somente em parte dos forros de portas dianteiros e nos apoios de braço das portas traseiras.

Os bancos dianteiros anatômicos do Volkswagen Taos Comfortline têm regulagens manuais, incluindo a lombar para motorista e passageiro. Estão revestidos em tecido que permite transpiração. Interior tem boa iluminação.

Quadro de instrumentos digital e configurável e a tela tátil do multimídia no alto do painel central. A navegação é nativa e o sistema, compatível com Android e Apple. As três entradas USB são de carregamento rápido, que nem sempre são compatíveis com todos os celulares.

Banco traseiro confortável para dois adultos e uma criança sem precisar abaixar para acessar. Há bom espaço para pernas devido à grande distância entre-eixos (2,68 metros). Encosto é rebatível e fracionado, o que possibilita levar objetos compridos e um ou dois ocupantes.

Porta-malas é enorme. Não precisa arrumar bagagem, mas a tampa traseira tem local de fechamento somente no lado direito, o que dificulta a tarefa para canhoto. Falha em ergonomia.

Outra falha em ergonomia é o excesso de comandos no volante, que é revestido corretamente com material rugoso que evita deslize acidental das mãos. Coluna de direção é regulável em altura e distância. Boa visibilidade com retrovisores grandes e câmera de ré ajuda na manobra.

O diâmetro de giro é grande (11,5 metros), mas o Taos manobra bem em espaço de garagem. Os pneus de perfil baixo (55) contribuem na transferência das irregularidades do piso, principalmente ondulação de asfalto, para o habitáculo.

Nem a sofisticada suspensão multilink se dá bem com pneus de perfil baixo. A carroceria inclina moderadamente em curvas de baixa e alta. Freios excelentes. Limpadores e lavadores muito eficientes.

Faróis são em LED sem a sofisticação do sistema IQ.Light da versão Highline, a topo de linha, que aumenta e diminui o alcance do facho baixo conforme a velocidade. O facho baixo tem alcance curto e requer lampejar o alto.

O desempenho do motor 1.4 turbo é bom tanto na aceleração quanto na retomada (ultrapassagem, por exemplo) da velocidade. O câmbio é automático de seis marchas com conversor de torque. Trocas são perceptíveis com trancos leves.

Troca manual por meio da alavanca ou pelas aletas no volante. No modo Sport, as marchas são trocadas em rotação mais alta do que no Drive (D).

O consumo com etanol registrado no computador de bordo variou entre 4,8 km/l e 5 km/l na cidade e ar ligado. Na estrada, foi de 8,8 km/l também com ar ligado.

A versão é equipada com ar-condicionado digital, com saída para o banco traseiro, seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, sensores de chuva e crepuscular, destravamento/travamento de porta e partida sem chave, entre outros.

O Volkswagen Taos Comfortline tem preço sugerido de R$ 168.490. Há dois pacotes de opcionais: o de segurança tem preço de R$ 5.200 e inclui controle adaptativo de velocidade, frenagem automática e detector de pedestre.

O de conforto é composto de bancos dianteiros revestidos parcialmente em couro e aquecimento, e o do motorista tem regulagens elétricas. Custa R$ 5.890.

Pintura metálica custa R$ 1.410, e a branca sólida, R$ 595. Garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica do Volkswagen Taos Comfortline

Motor
De quatro cilindros em linha, 1.499cm³ de cilindrada, 16 válvulas, turbo, flex, de 150 cv (etanol/gasolina) de potência máxima de 5.000 rpm a 5.200 rpm e torque máximo de 25,5  kgfm de 1.500 rpm a 3.800 rpm (g) e a 1.500 rpm a 4.000 rpm (e)

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência eletromecânica; diâmetro de giro, 11,5 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira, e sólido na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, multilink, barra estabilizadora; altura do solo, 18,5 centímetros

Rodas/pneus
7×18” de liga leve/215/55 R18

Peso
1.420 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
470 kg

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,461; largura, 1,841; altura, 1,626; distância entre-eixos, 2,68

Capacidades (litro)
Porta-malas, 480; tanque, 51; ângulos de entrada/saída/rampa (graus), 19/26,3/20,1

Desempenho
Velocidades máximas, 194 km/h (g/e); aceleração até 100 km/h, 9,3 segundos (g/e)

Consumo (km/l)
Cidade, 10,2 (g)/6,8 (e); estrada, 12,2 (g)/8,5 (e) 

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