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Teste: Toyota Corolla Cross XRX Hybrid – Estilo aventureiro e vocação urbana

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Versão topo de linha do SUV tem motorização híbrida, itens de direção autônoma, além de itens de segurança e conforto. Consumo baixo, desempenho razoável e problemas de ergonomia. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

O SUV derivado do Corolla tem alguns artifícios que elevam a altura do capô e tornam a dianteira mais pronunciada. São pequenas estruturas metálicas parafusadas à carroceria. Artifício semelhante aos utilizados na Honda para o Fit virar WR-V e o da VW para o Polo virar Nivus.

Basta abrir o capô para perceber os artifícios que transformam carroceria sedã em SUV. O Corolla Cross é montado sobre a plataforma GA-C (arquitetura global compacta), a mesma do sedã Corolla, Prius e o SUV Lexus UX250h.

Visual frontal com dupla grade dá ares de força e robustez ao Corolla Cross XRX. Faróis afilados completam o conjunto dianteiro do SUV de conceito urbano. A maioria quer um carro com posição de dirigir mais elevada na cidade, são 12 centímetros a mais em relação ao sedã, que passa a sensação de segurança.

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O material sintético e couro na cor clara nos bancos, forros de porta e painel central contrasta com o preto na parte superior do painel e inferior de portas. Nos forros de porta, o material é emborrachado na parte superior. O visual agrada com bancos forrados em couro com furinhos.

Volante agrupa muitos comandos, complicando a ergonomia. Quadro de instrumentos com tela TFT de sete polegadas ao centro com velocímetro e informações do computador. No lado esquerdo, informações do sistema híbrido e à direita, combustível e temperatura do motor.

Porta-luvas não tem iluminação. Regulagens elétricas somente no banco do motorista. Falta a lombar em carro desse preço. Assentos apoiam as pernas no limite. Bancos têm boa anatomia. Assento do banco traseiro é comprido, dá bom apoio às pernas, e encosto é regulável em duas posições.

Para acessar o banco traseiro é preciso abaixar pela caída do teto. Espaço é para dois adultos. Outras falhas em ergonomia são os comandos dos vidros recuados na porta do motorista, e o revestimento liso do volante que pode provocar deslize acidental das mãos.

Ar-condicionado digital de duas zonas com saída para o banco traseiro, multimídia com tela tátil de oito polegadas, entrada e partida sem chave. Visualização dos comandos do ar é prejudicada pelo tamanho pequeno dos identificadores dos comandos. Falha em ergonomia.

Conexão de celular por meio de Android e Apple é por meio de fio. Não há navegação nativa.

Porta-malas de bom tamanho (440 litros) leva a bagagem dos ocupantes sem muita arrumação. Tampa é pesada para fechar, tem local de fechamento unilateral, no lado direito, dificultando para canhoto, mas sobe sem esforço depois de destravada.

Entre os itens de segurança destaque para pacote denominado Toyota Safety Sense: frenagem automática de emergência contra veículo, ciclista e pedestre; farol alto automático; sistema de permanência na faixa com aviso sonoro e interferência no volante; controle de velocidade adaptativo.

São sete airbags, incluindo de joelho para o motorista. Há alerta de ponto cego, controles de tração e de estabilidade, assistente de partida em aclive, alerta de tráfego traseiro, freios a disco nos dois eixos.

A suspensão traseira do Corolla Cross XRX é eixo de torção e os pneus de perfil baixo (50) montados em rodas grandes (aro 18) provocam desconforto em piso irregular, principalmente ondulações. Há pouca inclinação em curva, mas comportamento dinâmico é apenas razoável.

A altura do solo de 16,1 centímetros indica que a vocação do Corolla Cross XRX é urbana, mas suficiente para transpor obstáculos da cidade. O ângulo de ataque de 21 graus ajuda na transposição desses obstáculos e não impede rodar em caminhos ruins de terra.

A direção tem boa calibragem, sem ser comunicativa. Diâmetro de giro de 11 metros, conforme o manual impresso e reduzido do proprietário, exige manobrar mais em espaço reduzido.

Retrovisores grandes, boa visibilidade e câmera de ré de boa definição compensam em manobra. Faróis em LED iluminam bem, facho baixo tem bom alcance e há regulagem elétrica de altura do facho. Limpadores e lavadores dos vidros cumprem bem a função.

Freios a disco nos dois eixos param o carro em espaço de segurança em simulação de emergência. Os freios são regenerativos e acumulam energia para a bateria. O modo B do câmbio deve ser utilizado em descida, pois acumula energia.

O desempenho da versão híbrida é satisfatório, com um motor de combustão interna flex e ciclo Atkinson, que retarda o fechamento das válvulas de admissão. Os motores elétricos ajudam na arrancada e o funcionamento é silencioso.

A transmissão CVT híbrida transeixo funciona por meio de planetária com engrenagem. A aceleração é linear, aumenta e diminui as marchas conforme a pressão no acelerador.

No modo Eco, o motor de combustão interna funciona em rotações mais baixas. No Power, o motor trabalha em rotações mais altas. Não há conta-giros no quadro de instrumentos, pois o carro é mais elétrico.

Rodar no modo puramente elétrico tem duração curta e requer pressão mínima no acelerador. Porém, ajuda a reduzir o consumo. Carro híbrido é vantajoso para quem roda na cidade. Computador de bordo registrou consumo de etanol de 12 km/l na cidade e de 10,8 km/l na estrada, em percurso de 60 quilômetros com poucos aclives e ar ligado.

O preço sugerido da versão Toyota Corolla Cross XRX é de R$ 193.390. Pintura metálica custa R$ 1.950 e a pérola, R$ 2.250. Garantia é de cinco anos e mais oito para o sistema híbrido. Porém, alguns itens como volante, suspensão, multimídia, revestimento de bancos são garantidos por três anos.

Ficha técnica Corolla Cross XRX Hybrid 1.8 CVT

Motor
De combustão interna, de quatro cilindros em linha, 1.798 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, flex, de 101 cv (etanol) e de 98 cv (gasolina) de potências máximas a 5.200 rpm e torque máximo de 14,5 kgfm (e/g) a 3.600 rpm; dois motores elétricos, de 72 cv e 16,6 kgfm. Potência acumulada, de 122 cv

Transmissão
Tração dianteira e transeixo híbrido CVT com os modos Normal, Eco, Power e EV

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 11 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira, e sólido na traseira; ESP (controle de estabilidade), TC (controle de tração) e HSA (assistente de partida em rampa)

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, barra estabilizadora; traseira, eixo de torção, barra estabilizadora; altura do solo, 16,1 centímetros

Rodas/pneus
7,5 x 18” de liga leve /225/50R18

Peso
1.450 kg

Carga útil (passageiros+ bagagem)
450 kg

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,460; largura, 1,825; altura, 1,620; distância entre-eixos, 2,64

Capacidades (litro)
Porta-malas, 440; tanque, 36; ângulos de entrada/saída (graus), 21/36

Desempenho
Velocidade máxima, 170 km/h; aceleração até 100 km/h, 13 segundos

Consumo (km/l)
Urbano, 11,8 (etanol)/17 (gasolina); estrada, 9,6 (e)/13,9 (g)

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