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Quais são as diferenças entre carros elétricos e híbridos

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EV, PHEV, MHEV… modelos eletrificados têm distinções até dentro da própria categoria. Entenda

Por Fernando Miragaya

A eletrificação virou ordem na indústria automotiva. E o termo pode servir tanto para veículos zero emissões, como para aqueles que mesclam motores elétricos e a combustão. Junto com eles vem uma verdadeira sopa de letrinhas na forma de siglas para explicar as distintas tecnologias. 

Mas existem (muitas) diferenças entre carros elétricos e híbridos. E, dentro destes, também são diversos os tipos de tecnologias de hibridização. Sim, porque até os veículos que combinam combustão e bateria têm suas nuances e níveis. 

Diferenças entre carros elétricos e híbridos

Mas antes de mais nada, vamos à primeira e principal diferença entre carros elétricos e híbridos. O Electric Vehicle (EV), também chamado de Battery Electric Vehicle (BEV), é aquele carro que não usa nenhuma gota de combustível.

O carro é movido por um motor elétrico alimentado por um conjunto de baterias. Estas só podem ser carregadas na tomada, em corrente elétrica. Ou seja, não há nenhuma outra fonte de energia, nem um motor auxiliar a combustão. Por isso mesmo, os EVs não emitem poluentes em seu funcionamento.

Já os automóveis híbridos se caracterizam por combinar um ou mais motores elétricos a outro a combustão. Eles geralmente alternam o funcionamento para tracionar as rodas, mas há tipos de híbridos. Uns que são bem mais simples, e outros mais complexos.

Agora, além da diferença entre carros elétricos e híbridos, vamos mostrar os tipos de veículos híbridos disponíveis.

Híbrido-leve

Você já leu no Autos Segredos uma penca de lançamentos de híbridos leves. Modelos da Caoa Chery, Kia Motors e Land Rover chegaram ao mercado brasileiro recentemente com o título de “hybrids”, mas aqui o funcionamento é bem diferente do que se imagina de um conjunto híbrido.

Também conhecido como Mild-Hybrid Electric Vehicle (MHEV), neste sistema um pequeno motor elétrico faz as vezes de gerador. Geralmente a peça de 48V entrega força para o motor a combustão em situações pontuais. Pode ser em retomadas ou acelerações, especialmente para aliviar o consumo de combustível.

Importante frisar que nos híbridos leves o motor elétrico é só um apoio. Em nenhum momento ele traciona as rodas. Por isso, o ganho em eficiência não chega a ser tão significativo.

Híbrido paralelo

O Hybrid Electric Vehicle (HEV) é o mais conhecido em seu funcionamento, e também o mais tradicional. Basicamente os motores elétricos e a combustão se alternam no tracionamento das rodas. Esse revezamento varia conforme o carro, o conjunto e até a proposta do automóvel. 

Via de regra, o veículo pode funcionar em modo puramente elétrico em velocidades de cruzeiro. Também entra em ação quando o carro está parado em um semáforo, por exemplo, ou em baixas rotações, como em situações de tráfego mais pesado. 

Bom lembrar que em desacelerações e freadas o sistema híbrido paralelo recupera a energia desprendida dessas situações para ajudar a abastecer a bateria. Isso porque essa bateria não é alimentada por nenhuma outra fonte externa.

Já o motor a combustão acaba sendo o protagonista em velocidades mais altas e em situações de retomadas. Por isso, geralmente o consumo dos híbridos paralelos costuma ser melhor na cidade do que no ciclo rodoviário.

Esse sistema híbrido mais convencional foi popularizado pelo Toyota Prius. Modelos como o Ford Fusion também usavam o sistema. Mais recentemente a japonesa passou a produzir os primeiros flex híbridos do mundo (Corolla e Corolla Cross) no Brasil. Além disso, lançamentos como o Caoa Chery Tiggo 7 Pro e o Kia Niro usam esse sistema HEV.

Bom lembrar que já existem outros tipos de híbrido paralelo. Como o sistema e:HEV da Honda, que equipa o novo Civic Hybrid. São três modos de operação: puramente elétrico; com o motor a combustão só abastecendo as baterias para o elétrico tracionar as rodas; e o puramente a combustão.

Híbrido plug-in

Chegamos ao que é considerado o híbrido mais eficiente. No Plug-in Hybrid Electric Vehicle (PHEV) o motor a combustão continua lá, mas o sistema elétrico é abastecido por fonte externa. Ou seja, a bateria que vai mover um (ou mais) propulsores zero emissões é carregada na tomada.

Neste tipo de carro híbrido há geralmente uma opção de condução puramente elétrica. Nos lançamentos mais recentes, como Jeep Compass 4xe, Caoa Chery Tiggo 8 Pro, BYD Song Plus e Haval H6, os alcances em modo EV podem ir de 50 km a mais de 100 km. 

Desta forma, a economia de combustível é ainda maior e a autonomia do carro, como um todo, pode chegar a 1.000 km. Os números, obviamente, variam conforme o veículo, a potência e o uso – assim como o tempo de carregamento na tomada.

Híbrido em série

Ainda tem espaço para um novo tipo de hibridização no mercado. No caso do híbrido em série, só o motor elétrico movimenta as rodas. Porém, existe um motor a combustão, geralmente de baixa capacidade volumétrica.

Esse propulsor, a gasolina ou flex, é o responsável por carregar as baterias. Esse sistema já é usado pela Nissan, onde é conhecido como E-Power. Foi iniciado na minivan europeia Note (que alcançava médias próximas a 50 km/l na cidade) e vai estrear no Brasil na próxima geração do Nissan Kicks, prevista para 2024.

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Andamos no GWM Haval H6 GT com tecnologia híbrida plug-in:

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