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Veículos de leilão: veja cuidados ao comprar

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Modalidade é tentadora como oportunidade de negócio, mas é preciso ter cuidados antes, durante e depois do pregão

Por Fernando Miragaya

Comprar um veículo de leilão pode ser um ótimo negócio. Afinal, um carro de passeio ou mesmo um comercial leve pode ser adquirido por quase metade do preço de mercado. Só que há as letras miúdas (e nesse ponto não falamos só dos contratos e regras) às quais o consumidor deve estar muito atento.

Veículos de leilão exigem atenção em vários aspectos. Desde a pesquisa minuciosa e cuidadosa antes do pregão, as estratégias durante os lances e até o que é preciso fazer depois que o negócio foi concretizado. 

Reunimos algumas dicas para você que quer comprar um veículo de leilão.

Reconheça o território

Se você nunca participou de um leilão de veículos, antes de qualquer coisa faça uma “degustação”. Vá a um ou dois pregões físicos e acompanhe outros virtuais, sem compromisso, só para entender como funciona a dinâmica de um pregão automotivo.

Tipos de veículos de leilão

Os leiloamentos podem ter diferentes naturezas em caso de pregões privados. Tem os leilões de bancos, muito comuns, com veículos geralmente recuperados devido a financiamentos não pagos por pessoas físicas.

Outro pregão usual é o de companhias seguradoras. Ou seja, são veículos com sinistros de acidentes ou recuperados de furto/roubo que vão a leilão. Pela natureza deste leilão, o interessado deve ter cuidados extras, como detalharemos mais adiante.

Já os leilões judiciais oferecem veículos apreendidos em processos investigativos e criminais. Também podem ser automóveis apreendidos pelas justiças trabalhista e cível como forma de honrar dívidas de empresas. Tenha ciência que em pregões desta natureza o automóvel arrematado demora um tempo para ser liberado (como também veremos adiante).

Há ainda dois tipos comuns de leilão de veículos. Os de frotas de empresas, que são aqueles automóveis e/ou comerciais leves utilizados em companhias – seja por executivos ou para operações da própria organização – e que estão na hora de serem renovados. E ainda os leiloamentos de carros clássicos.

Reputação

Como em qualquer tipo de compra, fique atento a fraudes. Priorize leiloeiros conhecidos e regularizados na Junta Comercial do seu estado. Desconfie de anúncios de pregões na internet com veículos com descontos acima da média do mercado, pois leilão virtual falso é o que não falta.

Edital

Todo leilão de veículos tem que ter um edital. Leia com atenção e observe as regras e as datas do leilão. 

No documento, devem constar detalhes sobre responsabilidades de pagamentos e taxas, informações sobre o lote de carros e detalhes sobre os automóveis (estado de conservação, multas pendentes, impostos em atraso, documentos etc). Em caso de dúvidas, entre em contato com a casa leiloeira.

Pesquise os veículos de leilão

Inicialmente, faça uma triagem dos veículos do seu interesse que são oferecidos no leilão. Observe o estado de manutenção do automóvel. Inclusive, deve constar no anúncio do leiloeiro  a informação se o motor pega, uma vez que os interessados, em geral, não podem ligar o carro.

Depois, verifique os dias de visitação. Ao vivo, veja com atenção o estado geral da carroceria: alinhamento das portas, diferenças de cor entre as peças externas, parafusos e porcas diferentes e com sinais de oxidação, sinais de consertos em para-lamas, sob o capô ou no porta-malas. 

É como se você fosse comprar um modelo seminovo ou usado. Se der, leve um mecânico de confiança. Ou contrate um profissional especializado em vistoria automotiva laudo cautelar.

Faça as contas

Compare o lance mínimo dos veículos de leilão que você selecionou com seus respectivos preços na Tabela Fipe e com a média dos anúncios em sites de compra e venda de automóveis. Para o negócio valer a pena, o carro tem que estar com, pelo menos, 30% de desconto.

Não esqueça de pesquisar o quanto você terá de gastar caso o veículo do leilão precise de reparos (já apontados no edital) ou mesmo sair do pátio só no reboque. A dica é reservar até 10% do valor do carro para esses possíveis consertos.

Coloque na conta ainda taxas extras comuns nos pregões. Geralmente, é o comprador quem tem de pagar os 5% de comissão do leiloeiro, a taxa administrativa (que pode chegar a R$ 1 mil) e a diária do veículo no pátio. Sem falar nos gastos com documentação, transferência, multas e impostos (se for o caso).

Além disso, é importante estar ciente de que veículos de leilão não têm garantia alguma. E tais carros costumam ter uma desvalorização maior que a média do mercado na hora da revenda. 

A voz da razão

Estabeleça um limite máximo para o valor do seu lance. Por exemplo: até 10% de desconto em relação à média de mercado. Os pregões geralmente são rápidos e dinâmicos, e muita gente se empolga na disputa – e acaba fazendo um mau negócio.

Atenção aos veículos de leilão de seguradora

Esses veículos de leilão, como dito, geralmente passaram por algum sinistro, seja batida, roubo, furto ou até incêndio. Por isso, os leiloamentos estabelecem três graus de sinistralidade. Observe bem esses graus porque muitas seguradoras, depois, não aceitam fazer apólices para veículos arrematados em leilão.

  • Pequena monta – O carro que vai a leilão teve danos de natureza leve, sem comprometimento do monobloco ou da estrutura do veículo
  • Média monta – São danos mais graves, que podem até impedir a circulação do carro em vias públicas. Ou seja: o futuro dono vai ter de rebocar e consertar o veículo arrematado no leilão, levá-lo a uma vistoria no Detran para aí sim ter o laudo com restrição gravada no documento 
  • Grande monta – É o carro que deu perda total. Esses veículos de leilão geralmente só servem de sucata ou para ferros-velhos legalizados
  • Roubo e furto – São veículos de leilão recuperados de roubo e furto cujas indenizações já foram pagas aos antigos donos. Em geral, não têm sinistro de colisão.

Se você arrematou o carro…

Calma que ainda não acabou. Em geral, o pagamento do carro deve ser feito à vista – alguns bancos já têm linhas de créditos específicas para veículos de leilão. E existe um prazo limite, em média de 48 horas, para que o comprador quite o bem. Caso contrário, a multa pode chegar a 20% do valor do lance.

Na grande maioria dos leilões extra-judiciais, geralmente de seguradoras ou de instituições financeiras, o carro já está regularizado e sem dívidas. Se houver pendência de impostos ou multas, o edital deve informar de quem é a responsabilidade por arcar com esses custos: se da casa leiloeira ou do comprador.

Já no leilão judicial de veículos, a retirada do bem vai depender da Justiça. Como o carro foi apreendido e está em nome de uma pessoa física ou jurídica que responde a algum processo, vale contratar um advogado. Em alguns casos, nas esferas trabalhistas e cíveis, o carro pode ainda nem ter sido recolhido.

Foto principal | TJMG/Divulgação

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