Na série de modelos mais eficientes, destacamos os utilitários esportivos compactos com maiores autonomia
Por Fernando Miragaya
Chegou a vez dos queridinhos do mercado. Depois dos sedãs mais eficientes para Uber e dos hatches até R$ 70 mil com melhor autonomia, chegou a ver de mostrarmos os SUVs que rodam mais. Ou seja, os utilitários que, pelo consumo e tamanho do tanque, vão fazer você menos frequentar o posto de combustível – e se apavorar com os preços.
E vamos explicar o critério de classificação mais uma vez. O principal aqui é a autonomia de cada modelo com base nas médias urbanas de consumo com gasolina aferidas pelo Inmetro. De acordo com a capacidade do reservatório de combustível informada pelo fabricante, com essa média chegamos aos SUVs que rodam mais com um tanque cheio do combustível fóssil na cidade.
A classificação leva em consideração a versão com maior autonomia dentro de cada linha de utilitários. Também de acordo com os dados informados pelo Inmetro para o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Consideramos apenas SUVs compactos, seja de acordo com dimensões, capacidades (ângulos de ataque, vão livre do solo) ou posicionamento de preço.
Como vários SUVs registraram uma mesma autonomia, o critério foi o alcance das demais versões do mesmo modelo. O veículo com variantes com eficiência mais perto ficaram na frente.
O utilitário esportivo da Volkswagen consegue aliar a boa eficiência dos motores TSI com um reservatório de combustível considerável. Com médias de consumo de 12,2 km/l, a versão de entrada do modelo consegue autonomia de mais de 634 km e lidera os SUVs que rodam mais.
As versões automáticas se mostram eficientes também. Curiosamente, o alcance urbano com gasolina é igual para as opções com a caixa de seis velocidades, tanto com o mesmo 1.0 que falamos, como com o 1.4 TSI de 150 cv.
Repare no que o Renegade se garante no segundo lugar dos SUVs que rodam mais: na capacidade do tanque. São 60 litros, com isso, mesmo com o cansado, beberrão e áspero 1.8 16V E.torQ, o jipinho percorre 600 km com um reservatório cheio.
Essa autonomia só não vale para a versão topo de linha flex Limited. Reiteramos que, pelos critérios do ranking, as variantes a diesel do SUV da Jeep não foram consideradas.
Mais um carro que não é tão econômico como muitos nesta lista, mas que se vale de um tanque de combustível um pouco mais generoso. A opção mais divertida – e eficiente – do crossover da marca francesa é a que fecha o pódio dos SUVs que rodam mais.
Com o turbo THP de 173/165 cv, o 2008 alcança 583 km. As versões com o 1.6 aspirado de 118/115 cv consomem pouca coisa a mais pelo Inmetro, e também garante bom alcance.
No Cactus, as opções turbo e aspirada fazem exatamente a mesma média de consumo na cidade com gasolina, segundo o Inmetro. Com isso, as duas versões de conjunto mecânico oferecem a mesmíssima autonomia de 572 km. E justamente foi isso que beneficiou o modelo no critério de desempate deste ranking.
O SUV da marca francesa (ou hatch bombado, como preferir) tem um dos maiores ângulos de ataque e vão livre do solo do segmento, e atualmente é o único Citroën produzido em Porto Real (RJ) – apesar de a montadora jurar que ainda produz C3 e Aircross por lá…
O Creta em sua versão de entrada com caixa manual registra exatamente a mesma média de consumo e dispõe do mesmo volume no tanque em relação ao C4 Cactus. No entanto, o SUV da marca sul-coreana perde no desempate porque as demais configurações da linha têm alcance menor que a outra opção da linha do Citroën.
Mas ainda se garante à frente do Tracker. Isso porque os modelos 1.6 automático e 2.0 conseguem alcances superiores aos 550 km. Só mesmo a variante Attitude 1.6 figura como menos eficiente.
Mais uma lição para a General Motors. O Tracker é o utilitário esportivo compacto mais econômico do país, com média urbana de 13,0 km/l com gasolina. Mas fica só em sexto entre os SUVs que rodam mais devido ao bizarro tanque de apenas 44 litros – mesmo volume do do Onix.
Desta forma, fica com autonomia de 572 km. E perde nos critérios de desempate para C4 Cactus e Creta porque as demais versões da linha ficam com autonomia abaixo dos 530 km.
O SUV da marca japonesa vai bem na sua variante mais cara, com turbo e movida apenas a gasolina. O reservatório de combustível com capacidade para 50 litros também dá uma mão importante ao HR-V.
Mesmo assim, as variantes com o 1.8 aspirado flex de 139/140 cv, e também com transmissão CVT, têm eficiência interessante.
O robusto utilitário da Renault, apesar de pesadão, consegue estar entre os SUVs que rodam mais. Com o motor 1.6 e tanque de 50 litros, promete alcance de 560 km. Mas isso com o câmbio manual de cinco marchas presente na versão de entrada Zen.
Com transmissão automática do tipo CVT com seis marchas virtuais, o Duster bebe um pouco mais. Porém, nada que comprometa de forma significativa a sua autonomia em relação à variante manual. Será que a futura opção turbo irá mais longe?
O SUV da marca sino-brasileira está longe de ser econômico. Pelo contrário, em versão única, mesmo com motor turbo e caixa de dupla embreagem, registra médias urbanas de consumo abaixo de 10 km/l com gasolina.
O que salva o modelo para figurar entre os SUVs que rodam mais é justamente o tanque de combustível. Com 57 litros de volume, consegue ter autonomia de quase 560 km.
O novato entre os SUVs que rodam mais perde por pouco do modelo da Caoa Chery. Curiosamente, é bem mais econômico na cidade que o Tiggo 5x, só que os 5 litros a menos no tanque de combustível fazem sua autonomia ser um pouco menor.
Lançado em 2020, o Nivus só usa o conjunto com motor TSI de 128/116 cv sempre com o câmbio automático de seis marchas nas duas versões disponíveis.