Enquanto FCA viu suas duas marcas ganharem participação, Renault registrou o maior tombo do setor

Por Marcelo Jabulas

O ano de 2020 não foi fácil para ninguém, nem mesmo para a indústria do automóvel. O setor, como um todo, fechou com retração de 26,6% no volume de emplacamentos, abaixo de 2 milhões de unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. E nesse rombo de cerca de 700 mil unidades, tiveram marcas que perderam mais e outras que perderam menos. 

Daí resolvemos analisar como os efeitos da pandemia atingiu as 10 principais marcas do mercado, com participações acima de 2%. A fabricante que mais sentiu o enfraquecimento do mercado, muito em função da pandemia do Covid-19, foi a Renault. 

A francesa viu sua participação encolher nada menos que 2,25 pontos percentuais. Eram 9,00%, em 2019, e 6,75%, em 2020. Pode parecer pouco, são nada menos que 107.653 unidades a menos que em 2019.

Mas justiça seja feita, praticamente todas as marcas viram seus volumes encolherem este ano. Mesmo assim, o tropeço fez com que a francesa despencasse da quarta posição para a sétima. 

A segunda marca que mais sentiu o peso de 2020 foi a Toyota. A japonesa, que tinha registrado 8,11% em 2019, terminou o ano passado com 7,07%. Mesmo assim, a fabricante do Corolla se manteve estável na sexta posição.

A Ford também viu sua participação encolher 1,08% em 2020. Em 2019, a marca registrou 8,22% de market share, mas fechou o ano passado com 7,14%. Tal como a Toyota, a marca do Oval Azul não perdeu posições, e se firmou na quinta colocação.

Líder

Até mesmo a General Motors, que é líder de vendas com a Chevrolet, regrediu em 2020. Mas sua perda foi de apenas 0,54%, que não abalou sua liderança. Ela desceu de 17,89% para 17,35%. 

A Honda também teve perda de participação semelhante, com 0,55%. Estacionada na nona colocação, a japonesa viu sua fatia do bolo encolher de 4,86% para 4,31%. 

Um degrau abaixo, a Nissan também perdeu milhas de sua fatia. A décima marca em vendas, teve retração de 0,48%, Ou seja, em 2019, abocanhava 3,61% do mercado e em 2020 ficou apenas com 3,13%.

Na contramão

No sentido oposto, Fiat, Volkswagen, Hyundai e Jeep anotaram ganhos de participação. Medalha de bronze há bastante tempo, a marca italiana foi a que teve o melhor desempenho, com elevação de 2,73%. Ela saiu de 13,77% (2019) para 16,50%. Foi como se tivesse dado uma mordida gulosa na fatia de bolo da Renault e ainda beliscado o prato da GM.

A segunda marca que mais ganhou participação em 2020 foi a Volks, com 1,21% de crescimento. Em 2019, a alemã tinha terminado o ano com 15,59% do mercado. Agora fechou 2020 com 16,80% e viu sua distância para a GM encolher 0,55%.

A terceira marca que mais cresceu no ano passado foi a Jeep. Apesar de Renegade e Compass terem assistido a ascensão do T-Cross. A marca norte-americana viu seu naco engordar 0,78%. Ela foi de 4,87%, de 2019, para 5,65%, se mantendo na oitava posição do ranking.

No entanto, na escalada do sucesso, nenhuma marca galgou tantos degraus como a Hyundai. A sul-coreana subiu da sétima para a quarta posição, com 8,58% de participação. Ela anotou um ganho de 0,77% sobre 2019, quando fechou o ano com 7,81%. Na prática, ela trocou de cadeira com a Renault.

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