Conheça os SUVs e crossovers mais baratos que você consegue comprar até R$ 95 mil

Por Fernando Miragaya

Para muita gente, utilitário esportivo virou sinônimo de carro mais alto e para a família. No segmento de compactos, as opções aumentaram muito nos últimos anos, porém os preços também. Para se ter uma ideia, só dois crossovers pequenos cobram preços abaixo dos R$ 80 mil e estão entre os SUVs mais baratos do mercado.

Autos Segredos fez um levantamento de outros modelos mais em conta, na faixa até R$ 95 mil, e elaborou um guia que leva em consideração a versão com valor mais baixo de cada jipinho. Neste ranking dos 10 SUVs mais baratos do país, foram incluídos veículos que são classificados desta forma pela Fenabrave ou que têm altura do solo e ângulo de entrada superiores aos dos hatches em geral.

Não foram considerados jipes com vocação fora de estrada, como o Suzuki Jimny, por se tratar de um carro muito mais utilitário 4×4 do que sport utility. Tampouco incluímos o Ford EcoSport, que deixou de ser produzido, apesar de algumas unidades em estoque estarem em promoção.

Os preços são os sugeridos pelas marcas e podem sofrer alterações de estado para estado – lembre-se que São Paulo alterou sua política de cobrança do ICMS. Conheça os 10 SUVs mais baratos do Brasil

1 – Caoa Chery Tiggo 2 – R$ 72.990

  • Versão mais em conta: Look manual
  • Motor: 1.5 16V aspirado
  • Potência e torque: 115/110 cv e 14,9/13,8 kgfm a 2.700 rpm
  • Câmbio: manual de cinco marchas
  • Vão livre do solo: 18,6 cm
  • Ângulo de entrada: 23,9 graus
  • Ângulo de saída: 31,6 graus
  • Porta-malas: 420 litros

O menor utilitário da gama Tiggo é o SUV mais barato do país. O jipinho produzido em Anápolis (GO) parte dos R$ 72.990 com câmbio manual – a versão Look automática cobra R$ 7 mil a mais pelo conforto da transmissão. Entre os destaques do modelo, motor com boa força em baixos giros, porta-malas amplo e baixa desvalorização segundo a consultoria KBB Brasil.

Só não espere uma fartura de equipamentos nesta versão de entrada. Só sai de fábrica com o mínimo necessário: ar-condicionado, trio, volante com ajuste de altura e computador de bordo – a direção tem assistência hidráulica. Ganha ainda a central multimídia com tela de 8”, sensor de ré, monitoramento dos pneus e piloto automático.

Controles de estabilidade e tração, assistente à partida em rampas e couro só na topo de linha ACT, de R$ 86.990. E fique atento que o Tiggo 2 será reestilizado nos próximos meses.

Ah, tem uma versão por R$ 68.690 com câmbio automático que existe especialmente para o público PcD, para se enquadrar no limite de R$ 70 mil estabelecido por lei. Porém, a Caoa Chery diz que qualquer pessoa pode comprar esta versão, só que ela nem aparece no site da marca.

2 – Hyundai Creta – R$ 78.990

  • Versão mais em conta: Sense 1.6 manual
  • Motor: 1.6 16V aspirado
  • Potência e torque: 130/123 cv e 16,5/16 kgfm a 4.500 rpm
  • Câmbio: manual de seis marchas
  • Vão livre do solo: 19 cm
  • Ângulo de entrada: 21 graus
  • Ângulo de saída: 28 graus
  • Porta-malas: 431 litros

O Creta chama a atenção por estar entre os SUVs mais baratos do país porque é um modelo com preço de compacto e porte de médio. O espaço interno é um dos destaques do utilitário esportivo fabricado em Piracicaba (SP), um dos poucos dessa lista que leva bem cinco passageiros. O porta-malas também merece destaque.

Esta versão de entrada fica abaixo dos R$ 80 mil graças a uma lista de itens de série enxuta. Recebe ar, direção elétrica, trio, computador de bordo, volante com regulagens de altura e de profundidade, monitoramento dos pneus e sistema start/stop do motor. Não oferece ESP ou airbags a mais que os frontais obrigatórios por lei, e o sistema de som é simples.

O motor 1.6 16V é um dos pontos fracos do SUV. Sobra na linha HB20, mas pena para mover o Hyundai Creta e seus quase 1.300 kg. Para complicar, é um propulsor que trabalha melhor em altas rotações, o que complica o desempenho em ladeiras e retomadas. Atenção que é outro que vai ser redesenhado este ano.

3 – JAC T40 – R$ 81.990

  • Versão mais em conta: Plus MTl
  • Motor: 1.5 16V aspirado
  • Potência e torque: 127/125 cv e 15,7/15,2 kgfm a 4.000 rpm
  • Câmbio: manual de cinco marchas
  • Vão livre do solo: 18 cm
  • Ângulo de entrada: 18 graus
  • Ângulo de saída: 23 graus
  • Porta-malas: 450 litros

Recentemente remodelado, o crossover da marca chinesa já teve os preços reajustados, mas mesmo assim fecha o pódio dos SUVs mais baratos. Muita gente vai apontá-lo como um hatch parrudo, mas tem um vão livre do solo interessante e porte de crossover. O porta-malas com 450 litros merece elogios.

Outro ponto a seu favor é que, segundo a KBB Brasil, foi um dos utilitários que menos desvalorizaram em 2020. Além disso, mesmo nesta versão de entrada é bem equipado. Na segurança, controles de estabilidade, tração e de subidas, sensor de ré e de pneus e luz de conversão estática. Completam a lista ar, direção elétrica, trio, sensor de luminosidade e multimídia.

O motor 1.5 contudo, é apenas satisfatório para o T40 rodar na cidade. Além disso, a JAC se ressente da rede com poucas concessionárias e fama de pós-venda com manutenção cara.

4 – Renault Duster – R$ 82.990

  • Versão mais em conta: Zen
  • Motor: 1.6 16V aspirado
  • Potência e torque: 120/118 cv e 16,2 kgfm a 4.000 rpm
  • Câmbio: manual de cinco marchas
  • Vão livre do solo: 23,7 cm
  • Ângulo de entrada: 30 graus
  • Ângulo de saída: 34,5 graus
  • Porta-malas: 475 litros

O robusto SUV da Renault é outro que figura na categoria de compactos com porte de médio. Sobra espaço para cinco ocupantes e três adultos vão muito bem no banco traseiro. O porte alto e os ângulos de ataque permitem que o carro lide bem com os buracos da cidade e também com aquela estradinha de terra mais maltratada.

Apesar do vão livre do solo de mais de 23 cm, não é um utilitário desengonçado graças ao bom acerto da suspensão. Ao mesmo tempo, na remodelação do ano passado, ganhou design mais moderno e o acabamento evoluiu significativamente, mas a posição de dirigir continua ruim e com algumas questões ergonômicas.

Assim como ocorre com o Creta, o 1.6 é pouco para os seus quase 1.300 kg. Demora nas arrancadas e retomadas, e é preciso reduzir a toda hora nas subidas. Esta versão mais em conta vem com controles de estabilidade e tração, assistente de subidas, ar, direção elétrica, vidros e travas elétricos, chave tipo canivete, start/stop do motor e volante com ajustes de altura e profundidade.

O som é simples. Para ter a central multimídia com tela de 8” é preciso desembolsar R$ 3.750 pelo Pak Techo, que inclui outros itens legais, como rodas de liga leve aro 16″, faróis de neblina e piloto automático com limitador de velocidade. Já o câmbio automático CVT cobra outros R$ 7 mil.

5 – Jeep Renegade – R$ 83.990

  • Versão mais em conta: STD
  • Motor: 1.8 16V aspirado
  • Potência e torque: 139/135 cv e 19,2/18,7 kgfm a 3.750 rpm
  • Câmbio: automático de seis marchas
  • Vão livre do solo: 21,5 cm
  • Ângulo de entrada: 27 graus
  • Ângulo de saída: 31 graus
  • Porta-malas: 320 litros

Talvez o mais utilitário dos SUVs mais baratos desta lista. Com seu estilo quadradinho e o respaldo de uma marca tradicionalmente fora de estrada, o Renegade tem ótimos ângulos de entrada e de saída, além de uma boa distância do solo. Outra vantagem do modelo mais em conta da linha é o recheio.

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Esta versão STD vem com controles de estabilidade, de tração e de subidas, freio de estacionamento eletrônico, monitoramento dos pneus, ar-condicionado, direção elétrica, trio, ajustes de altura e profundidade do volante, chave tipo canivete e computador de bordo. Mas só recebe os airbags frontais por lei e a central multimídia, só como acessório de concessionária.

O motor 1.8 16V E.torQ garante bom desempenho, porém é bem áspero e beberrão. Deve ser substituído, aos poucos, pelo novo turboflex de estimados 130 cv que vai se espalhar pelas linhas Fiat e Jeep. Outra ressalva para o SUV é o espaço ruim para pernas no banco traseiro e o porta-malas muito acanhado.

6 – Peugeot 2008 – R$ 84.990

  • Versão mais em conta: Allure
  • Motor: 1.8 16V aspirado
  • Potência e torque: 118/115 cv e 16,1 kgfm a 4.750 rpm
  • Câmbio: automático de seis marchas
  • Vão livre do solo: 20 cm
  • Ângulo de entrada: 23 graus
  • Ângulo de saída: 29 graus
  • Porta-malas: 355 litros

Hatch parrudo, station wagon bombada… não importa, o modelo produzido em Porto Real (RJ) está entre os SUVs mais baratos do Brasil com uma distância no solo superior a muito utilitário esportivo Nutella. O crossover compacto se destaca pelo nível de acabamento interno e conforto a bordo, além de um desenho bastante moderno e peculiar.

A posição de dirigir agrada, os materiais dos revestimentos aparentam qualidade e o isolamento acústico é eficiente. O motor 1.6 é competente na maior parte do tempo, mas já está defasado e o câmbio automático de seis marchas apresenta delays em rotações médias. O porta-malas não empolga também.

O 2008 ainda sofre do estigma de pós-venda problemático, só que as revisões com preço fixo estão dentro da média do segmento. Outra questão é quanto ao futuro do Peugeot. A segunda geração não está garantida para o Brasil.

7 – Honda WR-V – R$ 85.100

  • Versão mais em conta: LX
  • Motor: 1.5 16V aspirado
  • Potência e torque: 116/115 cv e 15,3/15,2 kgfm a 4.800 rpm
  • Câmbio: automático do tipo CVT
  • Vão livre do solo: 20,7 cm
  • Ângulo de entrada: 21 graus
  • Ângulo de saída: 30,1 graus
  • Porta-malas: 363 litros

O crossover da Honda está entre os SUVs mais baratos do Brasil, apesar de acusado de ser apenas um Fit anabolizado. Porém, justiça seja feita, ele herda do monovolume um aproveitamento ótimo do espaço interno, com bancos modulares e espaço interessante para quatro passageiros adultos e uma criança.

O conjunto mecânico é o mesmo do parente menor e confere um desempenho bastante tradicional e previsível. A transmissão CVT trabalha de forma gradual e linear, segura os giros na hora das retomadas, mas o WR-V desenvolve bem na maior parte do tempo. Goza ainda da boa reputação da Honda de carro que não quebra e de seu pós-venda sempre elogiado.

O modelo passou por um face-lift no fim de 2020, quando finalmente ganhou controles de estabilidade e tração, além de assistente de subidas. Mesmo assim, está longe de ser classificado como bem equipado. Tem câmera de ré, monitoramento dos pneus, ar, direção elétrica e trio, mas fica só nos airbags frontais obrigatórios e o multimídia fica em uma tela minúscula de 5”.

8 – Nissan Kicks – R$ 89.390

  • Versão mais em conta: S
  • Motor: 1.6 16V aspirado
  • Potência e torque: 114 cv e 15,5 kgfm a 4.000 rpm
  • Câmbio: manual de cinco marchas
  • Vão livre do solo: 20 cm
  • Ângulo de entrada: 20 graus
  • Ângulo de saída: 38 graus
  • Porta-malas: 432 litros

Às vésperas de ganhar sua primeira remodelação no Brasil – programada para fevereiro -, o modelo da marca japonesa continua a figurar entre os 10 SUVs mais baratos do país. Produzido em Resende (RJ), se destaca pelo nível de conforto no rodar e pela posição do motorista, elevada e ergonômica.

O espaço no banco traseiro é estreito, mas compensa com um volume de porta-malas bem aproveitado. No desempenho, o 1.6 se sai bem especialmente na cidade graças, em parte, ao baixo peso do Kicks (1.100 kg) e ao bem trabalhado câmbio manual – a versão com caixa CVT já vai a R$ 97.390.

O SUV da Nissan também tem o plano de revisões com preço fixo entre os mais em conta do segmento de utilitários compactos. Nos equipamentos, controles de estabilidade e tração, assistente à partida em aclives, central multimídia, além de ar, direção elétrica e trio. Fique atento à desvalorização normal que o carro vai sofrer quando a linha 2022 remodelada chegar.

9 – Volkswagen Nivus – R$ 90.890

  • Versão mais em conta: Comfortline 200 TSI
  • Motor: 1.0 12V turbo
  • Potência e torque: 128/116 cv e 20,4 kgfm entre 2.000 e 3.500 rpm
  • Câmbio: automático de seis marchas
  • Vão livre do solo: 17,6 cm
  • Ângulo de entrada: NI
  • Ângulo de saída: NI
  • Porta-malas: 415 litros

O SUV-cupê da Volkswagen lançado no ano passado é o primeiro da lista a ultrapassar a barreira dos R$ 90 mil. Tem a seu favor um comportamento dinâmico e desempenho dos melhores da categoria. Carroceria com boa rigidez e estabilidade estão entre os diferenciais do modelo.

Sem falar no sempre elogiado motor TSI turbo de até 128 cv com força de sobra em baixos giros e baixo consumo de combustível, além de um casamento quase perfeito com a ágil transmissão Tiptronic. A posição de dirigir baixa e a direção direta também agradam em uma condução não tão SUV como vista no irmão T-Cross. Em relação ao parente, inclusive, o Nivus tem bem mais porta-malas.

Mas perde no espaço do banco traseiro e no vão livre do solo. Além disso, a suspensão com acerto firme se reflete em um nível de trepidação do volante bastante incômodo. O acabamento interno deixa a desejar. A versão de entrada tem uma lista de equipamentos legal, com ESP (já obrigatório para novos lançamentos desde 2020), seis airbags, controle de subida, câmera de ré, além de ar, direção elétrica, trio e rodas de liga leve aro 16”.

10 – Chevrolet Tracker – R$ 92.390

  • Versão mais em conta: 1.0 Turbo
  • Motor: 1.0 12V turbo
  • Potência e torque:116 cv e 16,8/16,3 kgfm a 2.000 rpm
  • Câmbio: manual de seis marchas
  • Vão livre do solo: 15,7 cm
  • Ângulo de entrada: 17 graus
  • Ângulo de saída: 28 graus
  • Porta-malas: 393 litros

A nova geração do Tracker chegou em 2020 com promessa de bem mais conforto e requinte. Cumpriu a promessa e consegue ficar entre os 10 SUVs mais baratos do Brasil. O modelo feito em São Caetano do Sul (SP) é bem mais espaçoso que o anterior. No banco traseiro, dois adultos e uma criança viajam numa boa, enquanto o motorista usufrui de boa posição de dirigir.

O motor 1.0 turbo garante bastante disposição para o Chevrolet Tracker, seja na cidade, seja na estrada. O SUV tem boas arrancadas e retomadas, e trabalha em giros baixos em velocidade de cruzeiro. O isolamento acústico é muito bom, enquanto o acabamento interno demonstra bastante capricho.

Entre os itens de série, além do obrigatório ESP, se vale de seis airbags, sensor de ré, controle de subida e assistente de chamada de emergência. Destaque ainda para a central multimídia MyLink com wi-fi nativo a bordo (plano cobrado à parte), além de ar, direção elétrica e trio.

O comportamento dinâmico do Tracker é que desagrada, meio ‘banheirão” e com calibragem macia demais da suspensão. A altura em relação ao solo também é das mais baixas do segmento.

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