Conversamos com o empresário Marcos Pereira, proprietário do sedã grande em questão, para entender como anda o Azera após atingir este marco
Considerado um dos maiores sucessos importados da Hyundai por aqui, o Azera fez sua fama nas ruas do país como um sedã grande que apostava em sofisticação, conforto e potência de sobra. Desembarcando no Brasil em 2007, na sua quarta geração e com um atrativo V6, o modelo caiu no gosto do povo e logo se destacou entre sedans com aquela proposta.
Foi nesta quarta geração que o modelo mais se evidenciou no mercado, enfrentando rivais como Ford Fusion, Honda Accord, Toyota Camry, entre outros. Com 4,9 m de comprimento, 1,8 m de largura e 2,78 m de entre eixos, o sedã sul-coreano chamava atenção pelo espaço, podendo levar até 469 litros no porta-malas.
Com um design sóbrio e robusto, oferecia já naquela época até oito airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de subida, retrovisor fotocrômico, sensores de chuva e crepuscular, ar condicionado de duas zonas e muito mais. Mas, após tanto chão e história, será que ele consegue manter a boa imagem?
A chegada do Hyundai Azera 2011 ao lar
No último ano de comercialização da quarta linhagem do Hyundai Azera, em 2011, ganhava às ruas o modelo que um ano depois estaria nas mãos de Marcos Pereira, empresário paulista que trocou seu Opala 1992 pelo sedã grande da Hyundai.
Pereira adquiriu seu exemplar com 22.800 km rodados, com a intenção de utilizar o veículo na sua rotina de trabalho para cruzar diariamente a Rodovia dos Bandeirantes e a Washington Luiz, entre a capital e interior de São Paulo. Na época, dos cinco anos de garantia oferecidos pela Caoa Hyundai, quatro puderam ser usufruídos pelo empresário. Durante o período, a cada 10.000 km toda manutenção era coberta pela montadora, com preço fixo.
Ao fim da garantia, em 2016, o carro já estava com seus 140.000 km rodados e ainda era o companheiro inseparável de seu dono, que destaca a confiança do modelo nas estradas – que, além de nunca o ter deixado na mão, sabia fazer frente até mesmo aos modelos de luxo alemães da época. Isso se deve ao maior trunfo do Hyundai Azera 2011: o imponente motor 3.3 V6 de 245 cv e torque de 31 kgfm, que consegue levar o grandalhão de 1.640 kg do 0 aos 100 km/h em 8,7s, com 225 km/h de velocidade máxima.
Alcançando os 500.000 km
Com o passar dos anos, o Azera de Marcos seguiu rodando continuamente, com apenas duas intempéries pelo caminho. Segundo o dono, as únicas vezes em que o carro subiu no guincho. A primeira foi aos 480.000 km, quando o câmbio automático de seis velocidades quebrou; e a segunda pouco tempo depois, quando o terminal de direção apresentou problemas.
O meio milhão rodado veio recentemente, no mesmo mês em que o proprietário fez aniversário. Também foi em um outubro, há 12 anos, que o carro chegou nas mãos de seu atual dono, que se diz ainda muito satisfeito com o três volumes, não só na garagem, mas também nas viagens de negócio e lazer. “Estamos ficando velhos, porém felizes, eu e meu parceiro Hyundai Azera”, ressalta Marcos, que comemorou o feito.
Opinião do dono: você pode ou não comprar um Hyundai Azera?
“Compre – mas cuide dele como cuida de si mesmo: se usa um sapato confortável, utilize bons pneus; se alimenta-se de comidas saudáveis, utilize gasolina de boa procedência e faça as trocas de óleo no tempo e especificações recomendadas; se escova os dentes diariamente, troque a correia de acessórios a cada 150.000 e velas a cada 100.000, (originais).”
Pontos fortes:
- Anda muito
- Confiável e seguro
- Manutenção barata
- Alta durabilidade das peças originais
Pontos fracos:
- Consumo elevado (média do Inmetro de 7,9 km/l no ciclo urbano e 11,1km/l no rodoviário)
- Suspensão macia demais para quem gosta de uma condução mais esportiva
- Apesar de dispor das principais peças nas concessionárias, algumas já estão começando a ficar em falta
