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Hora da verdade: Argo Trekking ou Pulse Drive?

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Hatch aventureiro e crossover compacto da Fiat usam a mesma plataforma e têm mais ou menos o mesmo preço

Por Fernando Miragaya

Tem gente que gosta de passar aquela imagem de jipeiro. Para esse consumidor, existem os inevitáveis SUVs, porém, por outro lado, as versões aventureiras que se tornam opções mais acessíveis. E tais dúvidas podem ocorrer dentro de uma mesma marca. É o caso dos Fiat Argo Trekking e Fiat Pulse Drive.

De um lado, o hatch com apliques aventureiros, modelo mais completo da linha e com altura maior do solo que o restante da linha. Do outro, o SUV compacto derivado da mesma base, na carroceria que todo mundo quer. Veja onde cada um se sai melhor.

Versões escolhidas e preços

Vamos comparar os modelos com o mesmo conjunto mecânico, motor 1.3 Firefly aspirado e câmbio automático do tipo CVT com sete marchas simuladas. O Argo selecionado é o da opção Trekking AT, versão topo de linha que começa em R$ 96.990.

Já o Pulse é o Drive AT, variante a mais barata do SUV com a transmissão continuamente variável. O modelo tem preço inicial de R$ 105.990, ou seja, é R$ 9 mil mais caro que o hatch companheiro de plataforma e de concessionária.

Desempenho

Os dois usam o mesmo powertrain e com números iguais de potência e torque. São 107 cv com etanol e 98 cv com gasolina, e respectivos 13,7 kgfm a 4.000 rpm e 13,2 kgfm a 4.250 rpm. O desempenho é bem parecido, mas há diferenças justamente no acerto da transmissão CVT.

O câmbio automático é de relações infinitas, contudo percebe-se uma calibragem mais longa no crossover. Em suma, em velocidade de cruzeiro de 100 km/h, o ponteiro do conta-giros do Pulse fica abaixo das 2.800 rpm, enquanto o do Argo Trekking passa das 3 mil rotações.

Com isso, o desempenho do hatch aparenta ser um pouco mais esperto, principalmente nas arrancadas até médios giros. Mas só aparenta. Nos números divulgados pela Fiat, o SUV é discretamente mais rápido. Veja o 0 a 100 km/h do Argo Trekking e do Pulse Drive:

  • Argo Trekking: 11,8 segundos (etanol) e 12,8 segundos (gasolina)
  • Pulse Drive: 11,4 segundos (etanol) e 12,2 segundos (gasolina) 

Consumo

No consumo, o crossover se sai melhor. Apesar de pouco mais pesado (1.187 kg, 17 kg a mais que o hatch) e teoricamente menos favorável dinamicamente devido ao capô mais elevado, o Pulse se mostra mais eficiente que o Argo.

Argo Trekking

  • Urbano: 8,9 km/l (etanol) / 12,7 km/l (gasolina)
  • Estrada: 10,1 km/l (etanol) / 13,9 km/l (gasolina)

Pulse Drive

  • Ciclo urbano: 9,2 km/l (etanol) / 12,9 km/l (gasolina)
  • Ciclo estrada: 10,4 km/l (etanol) / 14,3 km/l (gasolina)

Dirigibilidade

O Pulse tem uma posição de dirigir mais alta. Não pela altura do solo, com 18,8 cm e diferença de míseros 4 mm. O banco por si só é bem mais elevado para reforçar a sensação de se estar em um utilitário esportivo. 

Se o vão livre do chão é maior no Pulse Drive, na frieza dos números o Argo Trekking teria maiores capacidades off-road do que o SUV. São 21° de ângulo de entrada e 33º, de saída no hatch, contra respectivos 20,3° e 31,4° do crossover.

O volante é exatamente o mesmo, grandão para um compacto, de pegada ruim e sem ajuste de profundidade. Apesar do painel frontal também mais alto, a ergonomia no Pulse é um pouco melhor resolvida, com o console central onde está a manopla do câmbio e o comando do ar-condicionado sutilmente mais voltado para o motorista.

No comportamento dinâmico, o Argo é mais interessante. Parece mais grudado no chão e a carroceria torce menos nas curvas. A visibilidade do hatch também é melhor, especialmente na frente (com o capô para baixo) e na traseira (o vidro é maior). 

Conforto

O espaço para motorista é basicamente o mesmo e aqui vai do gosto do freguês. O Argo tem a posição mais baixinha, que transmite pegada um pouco mais “esportiva” ao condutor. O espaço para pernas e joelhos é bom para o segmento de compactos, e praticamente idêntico ao do Pulse.

O SUV tem apenas 1 cm a mais de entre-eixos (2,53 m no total), o que não significa nada no banco traseiro. Lá o espaço para joelhos e pernas é justo, sem folgas, mas a sensação de amplitude para as cabeças é maior no Pulse.

O Pulse Drive também é melhor resolvido em porta-trecos, com espaços funcionais à frente da manopla, no escaninho central e embutido no descansa-braço. O Argo Trekking é crítico nesse quesito, mas compensa com um acabamento mais caprichado e detalhes cromados.

No porta-malas, nem se anime muito. Os 370 litros do Pulse (70 l a mais que no Argo) não se configuram em um espaço generoso. Recebe no máximo uma mala pequena a mais que no hatch.

O conforto no rodar do Pulse é um pouco mais apurado. A suspensão é a mesma com eixo de torção na traseira, mas com ajuste mais macio no crossover. O Argo bate mais firme e ainda é “prejudicado” pelos pneus 205/60 R15 de uso misto, contra o 195/60R16 “urbano” do SUV.

Equipamentos

O Argo Trekking é a configuração mais completa da linha, enquanto a Drive é a de entrada do Pulse. Aqui, vira um perde e ganha em diferentes quesitos. Na segurança, o SUV de cara leva a melhor com os quatro airbags, contra os apenas dois frontais obrigatórios por lei do hatch da Fiat. Em compensação, o Argo traz câmera e sensor de ré de série.

O Pulse Drive ainda tem ar-condicionado automático e digital – o do Argo é comum -, faróis de LED, DRL, piloto automático e luzes de leitura traseira. Mas o hatch supera o colega na estética – com rodas de liga leve aro 15” e teto pintado de outra cor -, e até com pequenas funcionalidades, como tomada 12 V e as alças de segurança, os famosos PQPs.

Na parte de conectividade, a vantagem volta para o Pulse. A central multimídia tem tela de 8,4 polegadas com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, além de opcional de GPS nativo. O display no Argo é de 7 polegadas e é necessário cabo para conectar os celulares.

Bom lembrar que o Argo pode receber um pacote de opcionais que inclui ar automático, bancos e volante revestidos de couro e chave presencial para abertura de portas e partida do motor. Custa R$ 2.990 e faz a versão Trekking CVT alcançar R$ 99.980. 

Os opcionais do Pulse Drive se resumem a rodas de liga leve aro 16″ e câmera e sensores de ré. Custam R$ 2.890 ao todo e levam o SUV a R$ 108.880.

Manutenção

O Fiat Argo Trekking e Pulse Drive usam o mesmo conjunto, têm o mesmo plano de manutenção (a cada 10 mil km ou 1 ano), porém o crossover cobra mais barato em determinadas visitas à concessionária. E também no somatório até 60 mil km. 

Confira os preços de revisões com preço fixo de Fiat Argo Trekking e Pulse Drive:

Argo Trekking 1.3 AT

  • 1ª Revisão: R$ 548,00
  • 2ª Revisão: R$ 744,00
  • 3ª Revisão: R$ 564,00
  • 4ª Revisão: R$ 1.736,00
  • 5ª Revisão: R$ 592,00
  • 6ª Revisão: R$ 936,00
  • Total: R$ 5.120,00

Pulse Drive 1.3 AT

  • 1ª Revisão: R$ 532,00
  • 2ª Revisão: R$ 604,00
  • 3ª Revisão: R$ 600,00
  • 4ª Revisão: R$ 1.436,00
  • 5ª Revisão: R$ 576,00
  • 6ª Revisão: R$ 788,00
  • Total: R$ 4.536,00

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