Lançada em outubro de 2010, a segunda geração da Chevrolet Montana sai de cena no Brasil para dar espaço a nova geração que brigará com a Fiat Toro
A Chevrolet Montana teve sua produção encerrada no fim de abril na fábrica de São Caetano do Sul (SP). A segunda geração da picape chegou ao mercado em outubro de 2010 e nos últimos foi apenas figurante no segmento dominado pela Fiat Strada.
A segunda geração da Chevrolet Montana é um dos típicos casos bizarros que envolvem a indústria brasileira. Lançada em outubro de 2010, ela chegou ao mercado para substituir à primeira geração que estreou por aqui em 2003.
Poderia ser apenas mais uma troca de geração de produto, mas um “pequeno detalhe” fez com o que o carro novo chegasse mais velho que seu antecessor. Enquanto a primeira Montana era derivada da plataforma C da segunda geração do Corsa, bem mais moderna e segura, a segunda geração da picape foi construída a partir da arquitetura do primeiro Corsa brasileiro, cuja plataforma B era bem mais antiga.
Na prática, a Montana de segunda geração poderia ser uma evolução da primeira picape Corsa, já que ambas usaram a mesma arquitetura.
Assim como o Chevrolet Agile, a Montana chegou num momento delicado da General Motors que passava por problemas financeiros no começo dos anos 2000. Com produtos globais, mas bem defasados na América do Sul, a General Motos precisava mostrar algo novo para a região. Assim, o braço da GM na América do Sul, lançou mão de uma plataforma antiga para terem novos produtos no Brasil e na Argentina.
Tanto o Agile, quanto a Montana que tinham a mesma identidade visual, mecânica e interior e eram produtos destinados para os mercados locais ou melhor dizendo, de terceiro mundo.
A reviravolta da marca no Brasil ocorreu nos anos seguintes com a plataforma GSV que deu origem a produtos de sucesso no mercado brasileiro, como o Onix. Entretanto, apesar da leva de modelos que foram lançados pela marca ao longo da década passada, o passado ainda rondava a marca com a Chevrolet Montana.
Para o lugar da finada Chevrolet Montana, o fabricante lançará um inédito produto construído a partir da plataforma GEM. A nova picape terá porte de Tracker e será a anti-Toro da Chevrolet.
Versão única
A picape ainda resistiu à chegada da nova geração da Fiat Strada passando a ser vendida em versão única na linha 2021. A versão LS era oferecida por R$ 79.440.
A Chevrolet Montana LS 1.4 conta com 4,51 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,57 m de altura e 2,66 m de entre-eixos. Já a capacidade de carga máxima da caçamba é de 740 kg.
Motor
A Chevrolet Montana LS era equipada com motor 1.4 com potência de 94 cv a 6.000 rpm e torque de 12,9 kgfm a 3.200 rpm com gasolina. Alimentado com etanol, a potência é de 99 cv a 3.200 rpm e torque de 13 kgfm a 3.200 rpm. A transmissão é a manual de cinco velocidades.
Apesar da produção ser encerrada, a marca ainda tem estoques da veterana picape, deste modo, o fim da Montana só será concretizado quando ela deixar de ser vendida.
Mercado
Confira como foi o desempenho da picape ao longo de seus mais de dez anos de produção:
- 2010 – 6.448 (*)
- 2011 – 45.830
- 2012 – 48.471
- 2013 – 46.706
- 2014 – 35.731
- 2015 – 23.651
- 2016 – 14.768
- 2017 – 14.872
- 2018 – 13.106
- 2019 – 12.524
- 2020 – 6.654
- 2021 – 1.223
(*) Em 2010, foram considerados apena novembro e dezembro que foram os primeiros meses de vendas da segunda geração.