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Teste: Renault Kwid Intense – Pack Biton agrega itens que deveriam ser de série

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Nova versão topo de linha do popular da Renault combina pintura e dois tons, com rodas de liga leve e conteúdos por R$ 76 mil

Todo mundo sabe que o Renault Kwid é o carro mais barato do mercado. E por isso, é também um dos modelos mais espartanos da praça. Quem compra esse pequeno francês de alma indiana sabe muito bem o que não vai levar para a casa.

Mas a Renault sabe que há consumidores que buscam carros com valores menos aviltantes, mas com o mínimo que se espera de comodidade em 2023. E para isso, ela adicionou em seu pacote a versão Intense Pack Biton, por R$ 76.190.

Trata-se da versão mais cara da gama, que supera inclusive a Outisder em exatos R$ 200. O que muda de uma versão para a outra é basicamente o teto preto em contraste com o restante da carroceria. A versão elimina o squid plate (uma moldura na base do para-choque) e o rack de teto, que são os argumentos aventureiros da Outsider.

Por dentro o Renault Kwid Intense Pack Biton oferece o que é trivial no Kwid: direção elétrica, vidros dianteiros elétricos, assim como ar-condicionado e o painel que faz cosplay de um digital. Mas adiciona mais refinamentos como multimídia (com conexão a cabo para Android Auto e Apple CarPlay, câmera de ré) e retrovisores com ajuste elétrico. 

Um pacotinho que não é surpresa na maioria dos compactos, inclusive no Stepway. Mas que faz a diferença quando se compara com as versões de similares dos primos Fiat Mobi e Citroën C3. E podemos até colocar o Polo Track nesta conta. Mas a pergunta é: vale a pena gastar R$ 76 mil em um Kwid?

A resposta pode ser sim: se o amigo é um fã da marca francesa, tem a quantia exata no bolso e faz muita questão de um carro zero km. Isso porque, como automóvel, o Kwid está muito aquém do que é cobrado, mesmo com todo esse recheio do pack Biton. 

Ao volante

Ao volante o Kwid Intense Pack Biton se mostra um carro pouco atrativo. A suspensão oscila muito, o isolamento acústico é ruim e há uma constante sensação de fragilidade. Os quatro airbags são um alento para quem está a bordo.

O motor 1.0 de 71 cv (etanol) e 68 cv (gasolina) entrega toda sua potência a 5.500 rpm. Já o torque de 10 kgfm (etanol) ou 9,4 kgfm (gasolina) só se revelam em 4.250 rpm. Ou seja, para ter força máxima nesse carrinho é preciso castigar o acelerador.

Mas precisamos concordar que quando só o motorista está a bordo, ele desembola rapidinho. Por ser estreito (1,57 m de largura) e miúdo (3,68 m de comprimento) e se espreme em qualquer canto.  É como guiar um Fiat 500, mas sem charme.

O problema é quando se acomoda a patota toda lá dentro. E se encher os 290 litros do porta-malas, o Kwid irá suar sangue para ganhar velocidade. E para arrasar na ladeira, só com o freio de mão puxado.

Assim, com as veias do pescoço estufadas quase o tempo todo, o consumo do Renault Kwid Intense Pack Biton, segundo o Inmetro, é de 10,8 km/l (etanol) e 15,3 km/l (gasolina) na cidade. Rodamos com o carro na cidade com o derivado do petróleo e a média não passou dos 12 km/l. 

Na estrada, a etiqueta crava 11 km/l (etanol) e 15,7 km/l (gasolina). Mas essa nem foi nossa preocupação. Na verdade, estávamos mais ansiosos para conseguir andar a 110 km/h e acompanhar o ritmo dos demais veículos.

Mas o Kwid não foi feito para andar rápido. Sua suspensão oscila muito e a direção pouco precisa não faz dele “um carro na mão”.  Melhor andar devagar, para não sacrificar demais o motorzinho e o consumo, muito menos desafiar a física numa curva. 

Resumo da obra

O Renault Kwid Intense Pack Biton é um carro de entrada e que deveria custar bem menos do que é cobrado. É um carro que falta tecnologia e um bocado de penduricalhos não o eleva ao patamar dos demais compactos do mercado. É uma escolha apenas se o amigo só tem essa grana no bolso (que é muita) e faz muita questão de um carro zero.

Ficha técnica do Kwid Intense Pack Biton

Motor
De três cilindros em linha, 999 cm³ de cilindrada, 12 válvulas, flex, de 71 cv (etanol)/ 68 cv (gasolina) de potências máximas a 5.500 rpm e torques máximos de 10 kgfm (e) e 9,4 kgfm (g) a 4.250 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson; traseira, eixo rígido; altura do solo, 18,5 cm 

Rodas/pneus
5×14”de liga leve/165/70R14

Peso (kg)
825 

Carga útil (passageiros+ bagagem)
375 kg 

Dimensões (metro)
Comprimento, 3,68; largura, 1,579; altura, 1,479; distância entre-eixos, 2,423

Capacidades (litros)
Porta-malas, 290; tanque, 38; ângulos de ataque/saída (graus), 24,1/41,7  

Desempenho
Velocidade máxima, 156 km/h (etanol) / 152 km/h (gasolina); aceleração até 100 km/h, 13,2 segundos (e) e 13,5 segundos (g) 

Consumo (km/l)
Urbano, 10,8 (e) e 15,3 (g); estrada, 11 (e) e 15,7 (g)

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