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[Teste] Fiat Strada Ranch CVT aposta em apelo visual e baixo consumo

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Nova versão topo de linha da picape compacta, Strada Ranch CVT é saída para quem quer comprar uma Toro, mas esbarra no quesito preço

A Fiat domina o segmento de picapes no Brasil. Com Strada e Toro, ela vendeu mais de 180 mil unidades em 2021. E com vantagem de quem dá as cartas nesse jogo, a italiana não quer deixar furos para a concorrência aproveitar.

Hoje a Strada concorre apenas com a cansada Volkswagen Saveiro. Mesmo assim, a marca tem se dedicado a novas configurações da picape, entre elas a Ranch 1.3 CVT. Esse carro chegou no final de 2021 para ser a versão topo de linha da gama.

Seus principais destaques são a transmissão automática do tipo CVT, combinada com motor 1.3 de 107 cv, assim como acabamento exclusivo, com direito a elementos decorativos diferenciados e bancos revestidos em couro.  

Tudo isso por menos de R$ 120 mil. É caro, mas quando se pensa que a Toro Endurance, versão mais barata da gama, parte de R$ 138 mil, a Strada de rico se torna uma opção atraente.

Conteúdos

Entre as principais vantagens dessa picape está o pacote de conteúdos, a Strada Ranch oferece pacote farto, com direito a direção elétrica, ar-condicionado (analógico), multimídia Uconnect de sete polegadas (com conexão sem fio para Android Apple e Apple CarPlay, além de câmera de ré), carregamento por indução magnética, bancos revestidos em couro, vidros elétricos, retrovisores elétricos, dentre outros.

Trata-se de um pacote que chama atenção, mas não impressiona diante do que outros automóveis na mesma faixa de preço entregam, como assistentes de direção. A Strada não oferece nenhum desses recursos.

E há uma lógica para essa ausência. A picape faz sucesso por ser a opção de carga mais popular e confiável do mercado. Assim, seu projeto não contempla uma arquitetura eletrônica avançada para receber controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e demais recursos como permanência de faixa de rodagem e monitor de tráfego cruzado em ré.Nem mesmo piloto automático é oferecido na picape.

O acabamento é simples. A Fiat adicionou apliques mais refinados nos painéis, para entregar um ar mais sofisticado à versão. Mas ainda sim, ela é recheada de plásticos duros para todos os cantos.

Por fora, a Strada Ranch tem rodas exclusivas e estribos laterais que acabam dificultando a saída da picape, se ele estiver sujo, adeus calça ou pernas limpas.

Porta-malas ou caçamba?

Por outro lado, a Strada Ranch oferece a comodidade de quem precisa de uma caçamba num corpo de carro compacto. O bagageiro comporta 844 litros de volume e até 600 kg de peso. Capacidades impensáveis em qualquer sedã. Tudo isso combinado com quatro portas e cinco lugares. 

Ou seja, se o comprador busca apenas espaço e não faz questão de mais torque ou tração 4×4, a picapinha entrega tudo o que ele busca. Assim, de cara e esnobe, ela se torna racional e prática.

Ao volante

A combinação do motor 1.3 de 107 cv e 13,7 kgfm de torque, com a caixa CVT, com emulação de oito marchas, entrega um comportamento satisfatório quando se pensa na Strada como um carro de família.

O motor está longe de ser um exemplo de performance, assim como a transmissão. É um veículo agradável ao volante. O funcionamento do CVT sempre busca a faixa de torque, de acordo com a necessidade. 

Se o motorista tira o pé, o giro cai imediatamente para baixo dos 1.500 rpm, numa faixa que garante o deslocamento com o mínimo de demanda. Quando se busca força, basta pressionar o acelerador com mais vigor que as relações do CVT se ajustam para perto dos 4 mil giros, onde toda a força do motor está disponível.

No modo manual, o motorista pode trocar de acordo com seu desejo, esticar mais as marchas ou rodar com giro mais baixo em velocidades de cruzeiro. Mas não se engane, no modo automático esse CVT trabalha bem melhor que a grande maioria dos motoristas. 

O uso manual funciona bem quando a picape está carregada, pois é possível manter uma faixa de rotação constante, numa subida de ladeira e até mesmo para aplicar freio-motor. Mas quando está vazia, deixe a máquina trabalhar por você.

Consumo

O motor 1.3 Firefly sempre agradou pelo consumo. A combinação com a transmissão do tipo CVT gerou dúvidas se a eficiência seria afetada. Em nosso teste, a picape (abastecida com etanol) registrou média combinada entre urbano e rodoviário na faixa de 9,2 km/l. Um consumo satisfatório, muito em função de o CVT sempre reduzir a rotação quando há pouca demanda de força.

Modo picape

A Strada por definição é uma picape. Assim, conta com suspensão reforçada (com feixe de molas na traseira) para suportar os 600 kg na caçamba. O bagageiro conta com revestimento plástico para proteger o compartimento. 

Santo-antônio, rack, para-choque e molduras no entorno da lataria são revestidas em plástico, para não arranhar a pintura. Mesmo assim, volumes muito ásperos, como andaimes, cavaletes, vergalhões e entulho podem machucar o bagageiro. 

Conclusão

A Fiat Strada Ranch CVT surge como uma opção para quem a praticidade de uma caçamba com a comodidade de um carro de passeio. É uma opção que não entrega performance, mas não refuga quando se precisa colocar peso. 

Além disso, surge como uma opção mais racional para quem busca uma picape, mas não pode acompanhar a escalada de preços das intermediárias e das médias. Mas não deixa de ser uma Strada.

Ficha técnica Strada Ranch CVT

Motor
De quatro cilindros em linha, oito válvulas, flex, 1.332 cm³ de cilindrada, 107 cv (etanol) de potência máxima a 6.250 rpm e de 98 cv (gasolina) a 6.000 rpm e torques máximos de 13,7 kgfm (e) a 4.000 rpm e de 13,2 kgfm (g) a 4.250 rpm

Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático CVT de sete marchas no modo manual

Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,7 metros

Freios
Disco ventilado na dianteira; tambor na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, tipo McPherson, com barra estabilizadora; traseira, eixo rígido, com molas parabólicas longitudinais; altura do solo, 19,6 centímetros

Rodas/pneus
6 x 16”, de liga leve/205/55 R16

Peso
1.215 kg

Carga útil (passageiros + bagagem)
600 kg

Tanque
55 litros; caçamba, 844 litros

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,48; largura, 1,732; altura, 1,576; distância entre-eixos, 2,737

Capacidades
Ângulo de ataque/saída, 23,3 graus/28,5 graus

Desempenho
Velocidade máxima, 165 km/h (e)/161 km/h (g); aceleração até 100 km/h, 12 (e) segundos/12,9 (g) segundos

Consumo (km/l)
Cidade, 8,8 (e)/12,4 (g); estrada, 9,9 (e)/ 13,9 (g) 

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