Novidade na linha 2020 do Renegade Trailhwak são as lanternas de LED. Versão topo de linha do utilitário-esportivo mais vendido no Brasil até novembro tem um único opcional. Leia o teste
Por Paulo Eduardo
Renegade mantém a liderança de vendas no segmento dos utilitários-esportivos até novembro. A versão avaliada é a de maior preço e teto solar é o único opcional. Lanterna de LED é novidade, pois os faróis já são de LED desde o modelo 2019. Renegade tem linhas inconfundíveis de carroceria. Foge do lugar comum de desenho recortado e vincado como a maioria dos SUV’s atuais. Faróis redondos inspirados no Jeep Willys e linhas mais retilíneas da carroceria. É reconhecido à distância.
Acabamento é destaque
Por dentro, acabamento de qualidade com material emborrachado no painel central, montagem e encaixes convincentes. Acesso fácil ao interior. Quadro de instrumentos de fácil visualização, central multimídia de oito polegadas ao centro. Acima do porta-luvas, a alça de apoio para o passageiro da frente. Bancos dianteiros com boa anatomia contrastam com o assento traseiro baixo e curto. Espaço para pernas no banco traseiro é suficiente. Porta-malas do Renegade Trailhawk exige arrumar bem as bagagens, pois tem menos de 300 litros de capacidade.
Retrovisores enormes ajudam na visibilidade assim como a boa definição da câmera de ré. Comandos de vidros, retrovisores, seletor de terrenos e de áudio bem posicionados contribuem para a boa ergonomia. Forração em couro nos bancos, que não transpira, e pega unilateral na tampa do porta-malas são deslizes em ergonomia. Volante tem boa pega e agrupa poucos comandos, facilitando para o motorista.
Bom de manobra
Direção com assistência elétrica tem boa calibração para velocidades mais altas e manobra. Diâmetro de giro declarado de 10,8 metros não requer manobrar muito na garagem. Posição adequada ao volante é logo encontrada. Banco do motorista tem regulagem de altura, mas falta a lombar, que mantém a postura correta.
A suspensão traseira independente do Renegade Trailhawk é confortável com pouca transferência das irregularidades para o habitáculo. Sobre piso ondulado ocorre oscilação lateral sem grande interferência no conforto. Freios bons, mas frente abaixa bastante em frenagem simulada de emergência. Carroceria inclina em curva pela grande altura do solo (21,6 centímetros).
Bom desempenho
Motor turbodiesel proporciona bom desempenho tanto em aceleração quanto nas retomadas para ultrapassar. Câmbio de nove marchas está bem ajustado ao motor e da sexta marcha para baixo as relações enfatizam a economia de combustível. Ocorrem, às vezes, pequeno tranco na troca. Computador de bordo registrou consumo de 12,5 km/l na estrada e de 8 km/l na cidade. Trocas manuais são feitas por aletas no volante ou por meio da alavanca. Comportamento dinâmico do Renegade Trailhawk é bom, mas não convém abusar.
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Grandes ângulos de ataque, saída e rampa permitem desenvoltura no fora de estrada. Tração 4×4 com ou sem reduzida é acionada por meio do seletor no console central. Por meio dele seleciona-se também o tipo de terreno. Por ter carroceria monobloco em vez de chassi, como no antigo Jeep Willys, é desaconselhável o uso do carro em trilhas radicais para evitar torção. Renegade tem atributos para encarar sem cerimônia os obstáculos. Está equipado com pneus de uso misto, que ficam devendo tanto na terra quanto no asfalto. É intermediário entre asfalto e terra.
Quanto custa?
Jeep Renegade Trailhawk está equipado com muitos itens de conforto, conveniência e segurança. Entretanto, faltam itens mais simples como rebatimento elétrico dos retrovisores e navegação nativa. Preço sugerido da versão Trailhawk é de R$ 145.990. Teto solar é o único opcional (R$ 8.200). Garantia é de três anos sem limite de quilometragem.
Ficha técnica Renegade Trailhawk
Motor
De quatro cilindros em linha, turbodiesel, 1.956 cm³ de cilindrada, 16 válvulas, 170 cv de potência máxima a 3.750 rpm e 35,7 kgfm de torque máximo a 3.750 rpm
Transmissão
Tração integral e câmbio automático de nove marchas
Direção
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,8 metros
Freios
Disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira
Suspensão
Dianteira, McPherson, braços triangulares, barra estabilizadora; traseira, McPherson com braços laterais e transversais, e barra estabilizadora; altura do solo, 21,6 centímetros; ângulos de ataque/saída/rampa, 30/33/22 graus
Rodas/pneus
6,5×17” de liga leve /215/60R17
Peso
1.674 kg
Carga útil (passageiros+ bagagem)
400 kg
Capacidades (litro)
tanque, 60; porta-malas, 273;
Dimensões (metro)
Comprimento, 4,23; largura, 1,80; altura, 1,71; distância entre-eixos, 2,57
Desempenho
Velocidade máxima, 190 km/h; aceleração até 100 km/h, 9,9 segundos
Consumo (km/l)
Urbano, 9,6; rodoviário, 11,4
