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Carros que ganham placa preta em 2022

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Veja dicas de modelos que podem virar item de colecionador esse ano, já dentro das novas regras de identificação do Contran

Por Fernando Miragaya

A placa preta é uma espécie de certificado de idade e autenticidade de um automóvel. Desde a entrada em vigor do padrão Mercosul de identificação veicular, contudo, ela tinha ficado de fora. Agora, a placa, motivo de orgulho para colecionadores – e resultado muitas vezes de um trabalho demorado de restauração -, estará de volta a partir de junho. E muitos carros, em 2022, já estarão aptos a receber esse “selo”.

Porém, as regras para os carros de placa preta padrão Mercosul continuam as mesmas. Além de ter sido fabricado há 30 anos ou mais (ou seja, de 1992 para trás), o veículo precisa ter, no mínimo, 80% de suas características originais de fábrica conservadas. Para dar entrada na licença, é necessário um certificado de originalidade emitido por clubes de automóveis antigos homologados pelo Denatran.

Ou seja, se você quiser transformar o seu carro antigo em um clássico com placa preta, talvez precise fazer um processo de restauração. Ou se está atrás de um, fique atento a modelos muito modificados. Confira 10 carros que ganham placa preta em 2022.

Volkswagen Gol GTI

Uma das versões mais icônicas do compacto não foi lançada em 1992, porém, é sempre um modelo valorizado, altamente colecionável e tranquilamente um dos merecidos carros de placa preta em 2022. Isso porque o Gol GTI de primeira geração foi não só o pioneiro na implementação de injeção eletrônica em um veículo de produção no país, como também uma das variantes esportivas mais legais.

O Gol GTI foi apresentado no Salão de Automóvel de 1988 e no ano seguinte ganhou as vitrines da Volkswagen. Com a adoção do sistema Bosch LE-Jetronic, a potência do até hoje reverenciado motor AP-2000 chegou a 120 cv, e o torque máximo a 18,35 kgfm.

O câmbio manual de cinco marchas – com os tradicionais cursos curtos e engates precisos – é um convite a acelerar. Segundo medições da época, o 0 a 100 km/h podia ser feito em pouco mais de 10 segundos ao volante do Gol GTI.

O estilo adotado pela versão era um capítulo à parte – e, até hoje, indefectível. Assinado pelo designer Guenter Karl Hix, o primeiro Gol GTI era vendido apenas na cor metálica azul Mônaco, enquanto os para-choques e as laterais recebiam acabamentos escurecidos, dando a impressão de um padrão bicolor.

Na cabine, forrações em cinza escuro e bancos esportivos Recaro com encostos de cabeça vazados e detalhes azuis. O volante quatro bolas – mesmo do Santana – era revestido de couro e o quadro de instrumentos evocava a esportividade do Gol GTI com grafismos vermelhos.

Tanta exclusividade cobra seu preço… até hoje. O VW Gol GTI já era bem caro no comecinho dos anos 90 – o equivalente a R$ 250 mil em valores atualizados – e, hoje, no mercado de usados, é difícil achar um por menos de R$ 70 mil – teve um 93 leiloado há dois anos por R$ 119 mil!!!

Lada Niva

O rústico jipe soviético praticamente foi o primeiro veículo a desembarcar no Brasil assim que as importações de automóveis foram liberadas. Lançado inicialmente em 1977, era basicamente o mesmo veículo quando foi lançado aqui.

A despeito do atraso tecnológico e do design datado, foi muito reverenciado pela turma do off-road no Brasil e vendeu bem – até porque carregava o status de importado o que, por si só, era motivo de compra para muitos.

A capacidade fora de estrada vai além do porte imponente e quadradão. Com tração integral permanente e reduzida, o Niva tem ângulo de entrada de 38º, ângulo de saída de 32º e 21,7 cm de vão livre do solo. O motor é o 1.6 de 73 cv de potência e teve uma versão Pantanal bastante desejada até hoje.

Porém, para ser placa preta em 2022 ,o Niva deve ser um dos que darão mais trabalho. A Lada saiu do país em 1997 e a falta de peças fez muitos jipes serem encostados em ferro-velhos. Hoje, restam poucas unidades e há muita dificuldades em encontrar componentes para deixar o utilitário dentro do índice de originalidade exigido – apesar de o modelo ainda ser fabricado até hoje na Rússia pela AutoVaz, controlada pela Renault.

Chevrolet Omega

Lançado em 1992, o Omega chegou para substituir o Opala e, assim como o antecessor, é forte candidato a ser um carro de placa preta. O sedã grande era o máximo de requinte em termos de automóveis nacionais na época, tinha desenho aerodinâmico, espaço de sobra e usava a base do australiano Holden Commodore.

O Omega foi a resposta da GM aos sedãs importados de luxo que começavam a pipocar no Brasil. O projeto era de 1986, originalmente Opel. Nas dimensões, já impressionava: 4,74 m de comprimento e 2,73 m entre os eixos. Estreou por aqui em duas versões, a GLS, com motor 2.0 Família II de 116 cv, e a topo de linha CD, com o 3.0 de seis cilindros alemão.

Esse motor mais potente, de 165 cv, trabalhava com câmbio manual de cinco marchas ou caixa automática de quatro velocidades. Foi alvo de críticas pela “falta de torque” na época. Mas hoje é um dos mais procurados por colecionadores e entusiastas do Omega. Foi o carro mais rápido do país, com 0 a 100 km/h em 9,5 segundos.

Fiat Uno Eletronic

A Fiat já tinha “criado” o Uno Mille no embalo das novas regras de tributação para carros com motor até 1.0 no comecinho da década de 90. Depois, foi a vez de criar a versão Eletronic, em 1992, que pode ser um carro de placa preta já a partir deste ano. Mas não se engane com a pegadinha do nome.

Naquele tempo, a injeção eletrônica surgia devagar nos carros vendidos no país, porém estava restrita a segmentos mais caros ou versões muito específicas, como o Gol GTI. O segmento de compactos, por exemplo, só iria experimentar a tecnologia com o Chevrolet Corsa, em 1994. Mas o que raios é esse Mille Eletronic, afinal?

Com as novas regras do Proconve e o custo alto da injeção eletrônica à época, a Fiat equipou o Uno com ignição digital de ponta. Daí, a licença poética para virar Eletronic. Assim, o motor 1.0 passou a gerar 56 cv, mas recorria ao velho carburador, este de corpo duplo, em vez de injeção eletrônica.

De qualquer forma, o Uno é um carro emblemático na história da marca, ainda mais depois de se despedir oficialmente em sua segunda geração recentemente. Tais versões, como esta Eletronic, são ainda mais elegíveis a ser um carro de placa preta.

Mazda MX-5

O estiloso roadster foi um dos primeiros modelos da Mazda vendidos no Brasil e é um dos mais belos automóveis que passaram pelo país, além de sempre forte candidato a carro de placa preta de colecionador. Conhecido também como Miata, o conversível começou a ser importado para o Brasil em 1991.

Não chegava a ser um esportivo. O motor 1.6 16V gera suficientes 116 cv. Só que a força é transmitida pelo câmbio manual de cinco marchas para as rodas traseiras do roadster. Além disso, é leve, pesa menos de 1 tonelada, o que garante – segundo dados da época – um 0 a 100 km/h em 12,2 segundos.

Porém, é preciso ter perseverança. Se você tem um e precisa atingir a originalidade, terá de buscar peças em fóruns ou sites estrangeiros. Se você quer um, vai ter de pesquisar bastante também, pois existem pouquíssimos exemplares disponíveis para a venda.

Mitsubishi Eclipse

Modelo adorado por jogadores de futebol endinheirados nos anos 1990, o cupê hoje é um clássico que merece muito ser um carro de placa preta. O modelo usava plataforma da Chrysler e começou a ser importado em 1991 em uma versão GS que acompanhava a esportividade do design.

Isso porque carregava o motor quatro cilindros turbo de respeitáveis 192 cv e torque máximo de 28 kgfm a 3.000 rpm. Com esse conjunto, segundo a Mit, cumpria o 0 a 100 km/h em 7 segundos. E temos mais um japa bem valorizado no pedaço. Exemplares 91, que são poucos, podem custar entre R$ 35 mil e R$ 70 mil, conforme o estado de conservação

Ford Escort Guarujá

Em um tempo em que carros compactos e até médios com quatro portas eram quase inexistentes, o Escort Guarujá surgiu em 1991 até como um carro excêntrico dentro da gama do modelo da Ford. Produzido na Argentina e baseado na versão GL, é bem equipado e tem detalhes visuais exclusivos em relação à linha da época.

As rodas de liga-leve originais eram vazadas e o carro também é equipado com um spoiler embutido. De série, vinha com ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, volante espumado de dois raios e som.

O motor é o 1.8 AP da Volkswagen dos tempos de Autolatina, com 82 cv de potência, e a suspensão, a elogiada independente nas quatro rodas. O Guarujá é uma raridade porque durou pouco mais de um ano. Em 1993 a Ford lançou a segunda geração do Escort e poucas unidades desta versão quatro portas sobreviveram.

Porsche 911 Carrera Coupé

Por que não um Porsche 911 para ser um carro de placa preta? A série 964 do famoso cupê da marca alemã de esportivos foi importada para o Brasil e merece um lugar em qualquer coleção. O bom é que o índice de originalidade dos modelos à venda provavelmente estará próximo ao exigido pelo Denatran.

Com capota de lona, essa geração do 911 ganhou suspensão com molas helicoidais, direção assistida, airbags duplos e freios ABS. O motor é o 3.6 de seis cilindros com potência de 250 cv aliado a um câmbio manual de seis marchas, mas existem opções de caixa automática Tiptronic à venda em sites de automóveis.

Destaque para o aerofólio, que se ergue automaticamente em altas velocidades, uma inovação e tanto para os anos 80/90. É um esportivo com mais de 30 anos, porém, já é raridade e trata-se de um Porsche.Por isso, os preços vão de R$ 650 mil a perto de R$ 1 milhão.

Toyota Paseo

Quem acha a Toyota uma marca sisuda, o início da marca no Brasil foi bem diferente. Verdade que falamos de importação independente, mas o Paseo era um carro bem legal. Cupê 2+2 com jeito de targa na terceira coluna, é um belo automóvel para honrar uma placa preta em 2022.

Dentro, um modelo justo, com bancos tipo concha e posição de dirigir baixa. O motor 1.5 16V era o mesmo do Corolla da época e não entregava tanta esportividade. Mas os 101 cv de potência e 12,4 kgfm de torque a 3.200 rpm se garantem no baixo peso do veículo, que tem menos de uma tonelada.

Honda Accord

Outro que começou como importação independente e fez tanto sucesso que a Honda decidiu importá-lo oficialmente em 1992. Esta geração do sedã médio-grande estreante no Brasil é a quarta global e tinha como destaque justamente o conforto no rodar e o espaço interno, propiciado por 4,69 metros de comprimento e 2,72 m de entre-eixos.

O motor 2.2 de quatro cilindros é suficiente para os mais de 1.700 kg do carro. Tem injeção eletrônica, 130 cv de potência a 5.200 rpm e 14,7 kgfm de torque, a 3.200 rpm. Além disso, o Accord, desde essa época, é bem fornido de equipamentos: ABS nos freios, ar-condicionado, teto-solar elétrico, sistema de som, rodas de liga-leve aro 15”, trio elétrico, controle de cruzeiro, faróis de neblina, descansa-braço, entre outros.

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