InícioMatérias especiais10 fatos sobre o Volkswagen Gol G4

10 fatos sobre o Volkswagen Gol G4

- publicidade -
- publicidade -

Conheça curiosidades, versões, além das virtudes e defeitos desta fase do carro mais vendido do país em todos os tempos

Por Fernando Miragaya

Um carro que já ultrapassou a marca de mais de 8 milhões de unidades produzidas merece todo o respeito. Mesmo defasado em termos de plataforma, e que seu fim esteja próximo, o Volkswagen Gol é o automóvel mais vendido da história do Brasil e será um daqueles modelos “imortais”.

Ao longo de mais de 40 anos de vida, três gerações e quase 30 anos de liderança inquestionável no mercado, há muita história para contar, obviamente. Mas hoje vamos falar de 10 fatos sobre o Gol G4, especificamente.

Apesar do que a nomenclatura sugere, trata-se da segunda reestilização da segunda geração do compacto, lançada em 1994. Sim, o Gol G4 é mais uma remodelação para cima do Bolinha e que marcou a última mudança na linha antes da chegada da terceira e atual geração, apresentada em 2008.

Lançado em 2005, o VW Gol G4 teve particularidades. A despeito de ter adotado um dos desenhos mais “sem graça” da linha, manteve a liderança entre os automóveis de passeio, recebeu uma bela calibragem no motor 1.0, ganhou versões e séries emblemáticas e ainda teve uma sobrevida depois que a nova geração do hatch foi lançada.

Por esta razão, reunimos fatos sobre o Gol G4 que dizem respeito a sua trajetória, como também a questões de pós-venda e desempenho no mercado de usados. Confira.

Design “mais do mesmo”

A chegada do G4 em agosto de 2005 trouxe um compacto com desenho sem grandes inspirações. A grade escurecida formava um grande “V” e se estendia até o novo para-choque. Os faróis redesenhados traziam contornos levemente arredondados, ao contrário do padrão mais retilíneo do G3.

Na traseira, tampa do porta-malas nova e lanternas redesenhadas, com elementos sutilmente circulares. Na cabine, novo volante de três raios e quadro de instrumentos com velocímetro bem ao centro, além de mudanças (ruins) no acabamento. Os comandos elétricos passaram do painel para as portas e o número de porta-trecos aumentou.

Motor mais potente

Três meses depois de lançar o Gol G4, a Volkswagen mexeu no motor 1.0 das versões de entrada do seu hatch. O EA 111 teve sua taxa de compressão elevada para 10,8:1. Além disso, a engenharia da marca alemã trocou o eixo comando de válvulas e o catalisador, e reprogramou a central eletrônica do compacto.

Com as mudanças, o 1.0 8V ficou 3 cv mais potente. Com gasolina, passou de 65 para 68 cv. Com 100% de etanol no tanque, o aumento foi de 68 para 71 cv.

Vendas

No primeiro ano cheio de vendas, o Gol G4 até tomou uns sustos. Em setembro e outubro de 2006, o Palio chegou a ultrapassar o Volkswagen nos emplacamentos. Mas nem fez cosquinha. O compacto da marca alemã fechou aquele ano com quase 190 mil unidades emplacadas, bem à frente do rival da Fiat, que anotou 162.700.

No acumulado de 2007, foram 243 mil unidades do Gol G4, segundo os dados da Fenabrave. Mais de 20 mil unidades à frente do Palio, que chegou a beliscar a liderança dos carros de passeio em agosto.

Em 2008, o Gol G4 entregou o bastão para a terceira geração do compacto, para variar, na ponta dos mais vendidos. Em junho, quando foi lançado o G5, o hatch da Volks já somava mais de 168 mil unidades entregues.

LEIA TAMBÉM:

Naquele ano, a propósito, o compacto deu uma lavada: foram 285 mil emplacamentos no acumulado dos 12 meses de 2008, quase 90 mil unidades a mais do que o Palio (197 mil). E isso com a ajuda do modelo “veterano”, já que Gol G4 e G5 conviveram por alguns anos, como você verá mais adiante.

Prós e contras

O Gol G4 recebeu pequenas mudanças na calibragem da suspensão, mas continuou o hatch robusto de sempre. O acerto mais firme e duro do carro sempre foi um dos motivos do seu sucesso.

O desempenho dos motores, em especial o 1.6, nunca deixou a desejar, com uma performance que sempre aliou confiabilidade mecânica e consumo moderado de combustível. Palmas ainda para o câmbio manual, que tem uma das melhores relações de marchas da história e ainda oferece engates curtos e precisos.

De ruim, a tradicional e histórica posição torta de dirigir do Gol se manteve neste G4. Mas a grande decepção desta “fase” do hatch ficou mesmo com o acabamento interno. Como último suspiro desta geração do modelo, a Volkswagen economizou bastante no material e no padrão dos revestimentos de painel, portas, teto e porta-trecos.

Mostrador digital e suspensão elevada

Em 2007, a linha ganhou algumas mudanças pontuais. A gama do Gol G4 passou a vir com mostrador digital no painel de instrumentos. Ao mesmo tempo, a versão Power recebeu lanternas traseiras com lentes escurecidas.

Mas o item opcional mais curioso da linha passou a ser a… suspensão elevada. Com o fim (temporário, como veremos a seguir) da versão Rallye, a marca começou a oferecer opção de suspensão elevada em 2,7 cm para as versões mais caras do Gol G4.

Versões legais

Das cinco/seis opções, as mais legais desta fase do Gol são, sem dúvida, as Power. As duas vinham com o “apezão” velho de guerra e com disposição de sobra. O 1.6 entregava 99/97 cv de potência, enquanto o 1.8 gerava 106/103 cv.

Mesmo assim, não era o suprassumo em equipamentos. De série, recebia ar quente, desembaçador traseiro e direção hidráulica. Ar-condicionado, vidros elétricos e rádio com CD player eram opcionais.

A volta dos que… foram

A configuração que mais chamava a atenção, e a mais equipada, contudo, era a Rallye. Curiosamente, em maio de 2007 a Volks tirou a opção do catálogo. No entanto, ela voltou em setembro do mesmo ano com uma produção limitada de 3 mil unidades.

A receita de aventureiro estava lá. Faróis com lentes escurecidas, spoiler traseiro, acabamento cinza na grade frontal e nos pára-choques, revestimento preto das colunas centrais e traseiras e nas soleiras das portas. Ainda na carroceria, inscrição “Rallye” nas laterais.

O Gol G4 Rallye era equipado com faróis e lanterna de neblina, faróis de milha, rodas de liga leve aro 15” e pneus com 195 mm de largura. Como de praxe, suspensão elevada em 2,7 cm – com os pneus maiores, eram 3 cm a mais de vão livre do solo em relação ao restante da linha.

Por dentro, volante de três raios que remetia aos usados nos antigos carros de competição da Porsche, pedaleiras esportivas, partes dos painéis na cor cinza, inscrição com o nome da versão na alavanca do câmbio e nos bancos. Estes, por sinal, tinham revestimento em um tipo de camurça e elásticos nas laterais dos encostos.

O recheio se aventurava pouco. De série, só direção hidráulica, ajuste de altura do banco, espelhos nos pára-sóis e lavador, desembaçador e limpador do vidro traseiro. Ar, trio elétrico, rádio/CD/MP3 e alarme eram opcionais.

Séries especiais

Este G4 teve duas edições especiais. Uma delas foi a terceira edição do Gol Copa, que voltou em 2006 em homenagem ao Mundial da Alemanha. Foram 16 mil unidades da série com opções de motores 1.0 e 1.6.

Entre os detalhes estéticos, símbolo da série nas portas e na tampa do porta-malas, soleira e colunas centrais e traseiras escurecidas, spoiler traseiro, quadro de instrumentos com fundo branco, tapetes de borracha e detalhes cinzas no acabamento interno.

Outra edição limitada foi a Tech, também em 2006, só que vendida apenas na região da Grande São Paulo. Com 200 unidades, era baseada na versão City com motor 1.0 e recebia a mais som com CD player e leitor de MP3, quatro alto-falantes, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, spoiler traseiro, protetor de cárter, frisos nas portas, rodas de liga leve aro 14”, pneus 185/60 R14 e para-choques e grade na cor da carroceria.

Problemas recorrentes

A barulheira na cabine é uma das principais reclamações dos donos do Gol G4. O excesso de plásticos de má qualidade costuma virar uma sinfonia em carros mais rodados, em especial no painel frontal nas portas. Portas desalinhadas, a propósito, são outra reclamação.

Fique atento também às travas e vidros elétricos, que param de funcionar. Falhas no comando de válvulas e defeitos no câmbio manual também são comuns.

Preços de usados

Os modelos de 2006 a 2008 têm preços médios entre R$ 13 mil e R$ 25 mil nos principais portais de compra e venda de carros do país. As versões Rallye e a série Copa costumam ser mais valorizadas – a referida edição pode custar mais de R4 40 mil, conforme o estado de conservação.

Tem a questão também de o Gol ser um carro fácil de vender e de desvalorização menor que a maioria dos concorrentes no mercado de usados.

Bônus: sobrevida

A chegada da terceira geração do Gol, em junho de 2008, não decretou a morte do G4. Esta fase do hatch compacto se perpetuou por mais alguns anos e virou a famigerada versão Ecomotion. Com motor 1.0, era a opção de entrada da linha, foi um dos três carros mais baratos do país na sua época e era voltada especialmente para vendas diretas e frotistas.

Frotistas que não gostavam dos seus funcionários, diga-se de passagem. O Gol Ecomotion era um genuíno “pé de boi” desprovido de qualquer sofisticação. Não tinha ar-condicionado nem direção hidráulica – ausências já cruéis no início dos anos 2010. O Gol G4 durou, desta forma, até 2013 e saiu de cena com a obrigatoriedade de airbag duplo e freios ABS para todos os carros vendidos no Brasil (2014).

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

- publicidade -
- publicidade -

ARTIGOS RELACIONADOS

- publicidade -

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SEGREDOS

- publicidade -