Com foco na promoção de biocombustíveis, Toyota destacou o Corolla Cross híbrido flex nacional no Indonesia International Auto Show 2023
A Toyota marcou presença no GAIKINDO Indonesia International Auto Show (GIIAS) 2023, que aconteceu no país asiático nesta semana, e levou um pouco do Brasil – e da nossa tecnologia – com ela. A montadora japonesa apresentou no evento um Corolla Cross HEV FFV brasileiro, feito em Sorocaba, como destaque de seu pioneirismo na fabricação de veículos híbridos flex por aqui.
O HEV FFV, sigla para veículos híbridos flex, combina um sistema híbrido com um motor a combustão flex que trabalha em sinergia com duas unidades elétricas. Alimentando os motores elétricos, há uma bateria híbrida de níquel-hidreto metálico localizada embaixo do banco traseiro. O veículo conta ainda com um sistema de freios regenerativos, convertendo energia cinética em elétrica durante frenagens e desacelerações, recarregando assim as baterias. Esta combinação entre propulsão elétrica e a flexibilidade de usar etanol ou gasolina já é consolidada no mercado brasileiro, tendo início com os modelos da Toyota há 4 anos.
Adicionalmente, o motor a combustão flex também pode funcionar como gerador para recarregar as baterias. Sua base é um sistema “híbrido full”, similar ao utilizado no Corolla Sedã e Corolla Cross, que tem bateria de alta capacidade e um motor elétrico de maior potência, gerando uma eficiência energética em torno de 70% maior quando comparado com modelos movidos somente a combustão, pois tem energia suficiente para mover o carro exclusivamente no modo elétrico por longas distâncias.
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Segundo a marca, a apresentação do Corolla Cross HEV FFV brasileiro no evento é parte da estratégia “multi-pathway” da Toyota do Brasil, que reconhece a importância de explorar múltiplas ‘rotas tecnológicas’ para atingir a neutralidade de carbono. Essas rotas, adaptadas ao contexto de cada país, vão desde híbridos flex, que integram a eficiência elétrica com a vantagem do etanol brasileiro, a veículos de célula de combustível (FCEVs) que utilizam hidrogênio para gerar eletricidade. Também estão incluídos os veículos elétricos a bateria (BEV), que dependem exclusivamente de energia armazenada em baterias recarregáveis, e os automóveis híbridos plug-in (PHEVs), que combinam características dos elétricos e híbridos convencionais.
Para a montadora, que tem 20 anos de experiência com a tecnologia flex e já produziu mais de 60 mil unidades de híbridos flex no Brasil, não há uma única solução para todos os desafios da descarbonização global, mas sim uma série de soluções que devem ser alinhadas às realidades e infraestruturas específicas de cada região.
A predominância e ampla produção de bioetanol no Brasil também foi citada durante o evento, com Bruno Breitenbach, Adido Agrícola da Embaixada do Brasil na Indonésia, salientando a importância das escolhas dos consumidores na migração para combustíveis alternativos.
