Montadora trabalha para que os motores sejam fabricados nacionalmente de forma pioneira, alavancando sua presença no mercado de eletrificados
A Toyota iniciou seus testes internos para viabilização da produção brasileira de motores híbridos plug-in que utilizem tanto gasolina quanto etanol em seus tanques. A expectativa da fabricante é que com isso seja possível realizar investimentos futuros para produção nacional de veículos PHEV-FFV (híbridos plug-in flex fuel) em até cinco anos.
Após popularizar o sistema híbrido no mercado brasileiro com o Prius em 2013, e ser a primeira a lançar, em 2019, o sistema híbrido que combina três motores, dois elétricos e um a combustão com tecnologia flex, com o Corolla sedã, a Toyota anunciou estar desenvolvendo estudos e testes internos para se tornar a primeira fabricante nacional de propulsores eletrificados que utilizem o combustível derivado da cana de açúcar.
O RAV4 foi o veículo utilizado no testes internos que estão sendo realizados no laboratório da Toyota do Brasil. Sua base utiliza um sistema “híbrido full”, similar ao presente no Corolla Sedan e Corolla Cross, com bateria de alta capacidade e um motor elétrico de maior potência, capaz de gerar uma eficiência energética em torno de 70% maior quando comparado com modelos movidos somente a combustão.
Essa maior eficiência dos motores “híbridos full” flex da Toyota é possível pois os veículos são capazes de se mover somente com energia elétrica, enquanto um veículo híbrido leve (ou mild-hybrid), que melhora a eficiência em cerca de 5%, não chega a ter força para isso.
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Segundo Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, “a indústria vem olhando cada vez com mais atenção aos benefícios do uso do etanol, o que é muito positivo, ainda mais quando combinado com a eletrificação”. Ele completa dizendo que: “Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”