Utilitários esportivos usados, mas que são acessíveis para quem quer um carro mais alto e robusto
Por Fernando Miragaya
SUV, SUV, SUV… Todo mundo que quer carro, quer utilitário esportivo. Só que os modelos 0 km estão quase o preço de um combo: rim + pulmão. Mas que tal arrumar um crossover até R$ 50 mil?
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Como não é possível ter tudo na vida, para achar SUVs até R$ 50 mil é preciso recorrer ao mercado de usados – já que o sport utility 0 km mais barato, atualmente, está bem perto dos R$ 100 mil.
Separamos 10 SUVs, a maioria com 10 anos de uso e com preços entre R$ 45 mil e R$ 50 mil. Desde compactos até derivados de picapes – e mesmo off-roads raiz.
Renault Duster Dynamique 2.0
- Ano: 2013
- Motor: 2.0 16V flex de 142/138 cv
- Câmbio: manual de seis marchas
O Duster se destaca principalmente pelo espaço a bordo digno de um SUV médio. Motorista e passageiros ficam à vontade no utilitário que, nesta versão, usa seu motor mais potente. A opção Dynamique era a topo de linha da primeira geração do Duster. A posição de dirigir é esquisita e o acabamento é bastante simples.
Principais equipamentos: airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD, sensor de ré, ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, trio elétrico, volante com ajuste de altura, som com USB, CD player e Bluetooth, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina
Atenção: falhas no motor de arranque, bomba de combustível que queima precocemente e ruídos e trepidações na caixa de direção e nos freios
Volkswagen Tiguan 2.0 TSI
- Ano: 2010/11
- Motor: 2.0 turbo a gasolina de 200 cv
- Câmbio: automático de seis marchas
Mesmo antigo e com design que mais lembra uma SpaceFox, o Tiguan de primeira geração é um SUV para ninguém botar defeito. Tem construção com qualidade alemã, motor turbo TSI e aquele comportamento dinâmico que é marca registrada da Volks.
O desempenho é garantido pelos 200 cv do propulsor turbinado em boa sintonia com o ágil câmbio automático Tiptronic. O espaço é o suficiente para um SUV médio, tem tração integral e bom recheio.
Principais equipamentos: seis airbags, controles de estabilidade, tração e subidas, freios com ABS e EBD, sensor de ré, regulagem de altura dos faróis, monitoramento dos pneus, luz de condução diurna, retrovisor eletrocrômico, Auto Hold, alerta de fadiga, Isofix, ar-condicionado automático bizona, direção eletro-hidráulica, trio elétrico, sensores de luminosidade e de chuva, retrovisores externos com desembaçador e rebatíveis eletricamente, bancos de couro, volante com ajuste de altura e de profundidade, som com USB, CD player e Bluetooth, freio de estacionamento eletrônico, banco traseiro bipartido e corrediço, rodas de liga leve e faróis de neblina
Atenção: problemas na bomba d’água, vazamentos no radiador, tensionadores da corrente de comando e ruídos nas rodas
Hyundai Tucson GLS 2.0 AT
- Ano: 2012
- Motor: 2.0 16V a gasolina de 142 cv
- Câmbio: automático de quatro marchas
O primeiro Hyundai Tucson fez sucesso no Brasil e o modelo 2012 já é o da fase de produção no Brasil. Tem motor da linha Beta bem disposto, espaço razoável e custo benefício interessante. O acabamento é simples e o consumo um pouco elevado, mas o porta-malas é um dos destaques, com 528 litros de capacidade.
Principais equipamentos: airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD, sensor de ré, ar-condicionado automático, direção hidráulica, trio elétrico, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, sensores de luminosidade e de chuva, volante com ajuste de altura, som com USB e CD player, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina
Atenção: perda de potência do motor, trepidações na direção e na transmissão e vazamentos no sistema de arrefecimento e do fluido da direção assistida
Fiat Freemont Precision 2.4 16V AT
- Ano: 2012
- Motor: 2.4 16V a gasolina de 172 cv
- Câmbio: automático de quatro marchas
O Fiat Freemont foi uma das primeiras sinergias da então FCA e se destacou justamente pelo custo benefício. Clone do Dodge Journey, tem espaço e conforto de sobra no segmento de médios, com sete lugares, além de algumas bossas, como os assentos das extremidades do banco da segunda fila, que podem ser elevados para virar um booster para crianças a partir de 4 anos.
Só não cobre desempenho. O motor 2.4 de origem Chrysler não tem uma relação tão amistosa com o câmbio automático, que ainda padece de quatro marchas mal escalonadas para lidar com um SUV de 1.800 kg. O que resulta em imprecisões nas retomadas e consumo elevado.
Principais equipamentos: seis airbags, controles de estabilidade, tração e subidas, freios com ABS e EBD, sensor de ré, regulagem de altura dos faróis, monitoramento dos pneus, retrovisor eletrocrômico, Isofix, ar-condicionado automático com três zonas, direção hidráulica, trio elétrico, sensores de luminosidade e de chuva, retrovisores externos com aquecimento e rebatíveis eletricamente, banco do motorista com regulagem elétrica e aquecimento, chave presencial, volante com ajuste de altura e de profundidade, som com USB, CD player e Bluetooth, banco traseiro bipartido e corrediço, rodas de liga leve e faróis de neblina
Atenção: desgaste excessivo dos pneus, bobinas, falhas no motor arranque e câmbio travando
Chevrolet Blazer Advantage 2.4 4×2
- Ano: 2009
- Motor: 2.4 8V flex de 147/141 cv
- Câmbio: manual de cinco marchas
Que tal um Blazer raiz entre os SUVs até R$ 50 mil. Derivado da primeira geração da S10, o jipão da General Motors tem espaço generoso na cabine, competente vão livre do solo (22,8 cm e ângulo de ataque de 25 graus) e a robustez da estrutura sobre longarinas.
O acerto da suspensão e a própria natureza do produto é que o tornam um SUV bastante desengonçado. Devido ao peso, também não espere um consumo moderado com o motor 2.4 flex.
Principais equipamentos: freios com ABS, diferencial com escorregamento limitado, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, volante com ajuste de altura, banco traseiro rebatível, rodas de liga leve e faróis de neblina
Atenção: falhas no motor de arranque, barulhos e estalos na suspensão e engasgos nas acelerações
Ford EcoSport Freestyle
- Ano: 2014/15
- Motor: 1.6 16V flex de 115/110 cv
- Câmbio: manual de cinco marchas
O precursor dos SUVs genuinamente urbanos é um dos modelos mais novos desta lista. Já em sua segunda geração, o EcoSport tem acabamento melhor nesta fase, além de um acerto de suspensão mais confortável. O motor 1.6 Sigma é o suficiente para o SUV, que peca pelo espaço interno. O porta-malas comporta 320 litros
Principais equipamentos: airbag duplo frontal, controles de estabilidade, tração e subidas, freios com ABS e EBD, sensor de ré, Isofix, assistente de chamada de emergência, ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico, volante com ajuste de altura e de profundidade, som com USB, CD player e Bluetooth, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina
Atenção: infiltrações na cabine, parte elétrica, defeitos no alternador e falhas nos freios e no sistema ABS
Mitsubishi Pajero TR4 4×4
- Ano: 2010
- Motor: 2.0 16V flex de 140/135 cv
- Câmbio: manual de cinco marchas
O Mitsubishi Pajerinho ano 2010 você até acha por bem menos de R$ 45 mil. Com apelo muito mais fora de estrada, tem tração 4×4 e capacidades off-road que o credenciam a desbravar até trechos de terra ruins e trilhas aventureiras.
Obviamente isso cobra a conta no conforto ao usar o SUV no asfalto. A suspensão firme e o assoalho elevado corroboram essa percepção. O consumo é outro vilão – não admira não ter computador de bordo. Por falar nisso, a parte de itens de série é bastante fraca.
Principais equipamentos: airbag duplo frontal, bloqueio do diferencial central, ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, trio elétrico, volante com ajuste de altura, som com USB, CD player e Bluetooth, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina
Atenção: vazamentos na caixa do diferencial e no sistema de arrefecimento, corrosão precoce do sistema de escapamento, desgaste acelerado das velas de ignição e dos discos do freio
Honda CR-V EXL 4×4
- Ano: 2010
- Motor: 2.0 16V a gasolina de 150 cv
- Câmbio: automático de cinco marchas
Esse CR-V já vem com o face-lift de meia vida da terceira geração e foi um dos SUVs até R$ 50 mil que foi o mais vendido de sua categoria na época. O modelo carrega a confiabilidade mecânica da Honda e também entrega conforto no rodar. Fruto de uma cabine aconchegante, especialmente com o assoalho plano na parte de trás.
Tem também um conjunto mecânico que não empolga no desempenho, mas entrega suavidade. As configurações topo de linha do crossover mexicano têm tração integral sob demanda e são bem equipadas. A suspensão é um pouco dura para os padrões brasileiros.
Principais equipamentos: seis airbags,controles de estabilidade, tração e subidas, freios com ABS e EBD, câmera de ré, ar-condicionado automático bizona, direção elétrica, trio elétrico, retrovisores rebatíveis eletricamente, controle de cruzeiro, bancos de couro, volante com ajuste de altura e de profundidade, som com USB e CD player, banco traseiro bipartido e reclinável, teto-solar, rodas de liga leve e faróis de neblina
Atenção: folga nas válvulas, ruídos e pulos no câmbio automático e suspensão desalinhada
Toyota RAV4 2.4 AT 4×4
- Ano: 2009/10
- Motor: 2.4 16V a gasolina de 170 cv
- Câmbio: automático de quatro marchas
Você já sabe que quando a gente tem um Honda na lista, tem que ter um Toyota. E vice-e-versa. O RAV4 sempre foi o grande rival do CR-V e em sua terceira geração também é uma boa opção de SUV até R$ 50 mil. Assim como o concorrente, tem tração integral sob demanda, mas oferece desempenho melhor, graças ao motor de 170 cv.
Tem isolamento acústico falho e acabamento bastante datado, mas é outro modelo da marca que se destaca pelo conforto no rodar e reputação mecânica. Destaque ainda para o porta-malas com 540 litros.
Principais equipamentos: airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD, faróis com regulagem de altura, ar-condicionado automático bizona, direção elétrica, trio elétrico, retrovisores rebatíveis eletricamente, controle de cruzeiro, volante com ajuste de altura e de profundidade, som com CD player, banco traseiro bipartido, corrediço e reclinável, rodas de liga leve e faróis de neblina
Atenção: ruídos e estalos na caixa de direção, vedação das portas e trepidações na transmissão automática
Land Rover Freelander SE 3.2
- Ano: 2010/11
- Motor: 3.2 24V a gasolina de 233 cv
- Câmbio: automático de seis marchas
Quem quer um SUV até R$ 50 mil também merece sonhar com um Land Rover. Que tal a versão intermediária do Freelander de segunda geração? O modelo foi o primeiro mais urbano da marca britânica, mas que não abre mão da tração integral sob demanda e do DNA off-road.
Só tenha em mente que Land Rover tem custo de manutenção alto e peças caras. Então, é preciso muito critério na hora de pesquisa. No mais, o carro entrega performance de esportivo com seu motor seis cilindros em linha, além de conforto e requinte na cabine e uma ótima relação de itens de série.
Principais equipamentos: seis airbags, controles de estabilidade, tração, descidas e subidas, freios com ABS e EBD, sensor de ré, faróis de xenônio com regulagem de altura, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, retrovisor eletrocrômico, Isofix, ar-condicionado automático bizona, direção hidráulica, trio elétrico, sensores de luminosidade e de chuva, bancos de couro, retrovisores externos com aquecimento e rebatíveis eletricamente, bancos dianteiros com regulagem elétrica e aquecimento, chave presencial, volante com ajuste de altura e de profundidade, som premium Alpine com subwoofer, USB, CD player e Bluetooth, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve e faróis de neblina
Atenção: vazamento de óleo do motor e de fluido do freio, desgaste dos rolamentos do diferencial traseiro, superaquecimento do motor e problemas no alternador
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