Motor diesel é muito desejado por quem procura uma picape média, nessa lista reunimos as versões cabine dupla mais acessíveis

Por muito tempo as caminhonetes com motor diesel no Brasil foram sinônimo de veículo de trabalho, tanto nas cidades quanto no campo. Existiam exceções como as D20 e F1000 transformadas por empresas especializadas e concessionários, como a Deserter XK que era considerada o carro de luxo dos fazendeiros brasileiros na década de 1980. Com a popularização das picapes médias de cabine dupla esse tipo de veículo passou a conquistar o público geral, que gostou da sensação de poder passada pela posição de dirigir mais alta e a robustez das picapes.

As picapes médias de cabine dupla passaram a ter itens de conforto que antes estavam disponíveis apenas em carros, como o cambio automático. Os motores diesel também ficaram mais modernos e potentes, além disso são mais econômicos – e fortes – que os motores flex oferecidos nas picapes.

Aqui vamos listar as picapes turbodiesel mais baratas do Brasil, que são a porta de entrada do consumidor para esse universo. Vamos deixar de fora versões básicas que são voltadas para frotistas e trabalho, como por exemplo as Ranger XL, Hilux STD e opções com cabine simples.

7 — Chevrolet S10 CD LT 4×4 — R$ 187.590

Na lanterna ficou a vice-campeã de vendas da categoria, a Chevrolet S10. No início do mês de maio a Chevrolet fez um aumento nos preços da sua linha culpando a alta do dólar, mas mesmo antes do reajuste a S10 LT continuaria na última posição. Em compensação, a S10 tem o motor mais potente da lista, um quatro cilindros 2.8 de 200 cv e 51 kgfm, e cambio automático de seis marchas.

Curiosamente a Chevrolet oferece mais versões com o motor 2.5 Flex que com o 2.8 turbodiesel, contando com versões 4×2, cambio manual e o modelo Advantage focado em custo/benefício. O consumidor que prefere motor diesel e cabine dupla fica limitado nos níveis de acabamento LT, LTZ e High Country, todos com tração 4×4 e cambio automático. O consumo da S10, segundo o Inmetro, é de 8,7 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada.

O preço mais alto pode ser justificado em partes pela lista de equipamentos. Na versão LT, tem faróis de neblina; alerta de pressão dos pneus; diferencial de deslizamento limitado; capota marítima; rodas de liga leve de 16 polegadas; computador de bordo; cruise control; direção elétrica; sensor de estacionamento traseiro; central multimídia MyLink com tela de 7 polegadas; e bancos em tecido. Em segurança, a S10 LT vem com controles de tração e estabilidade, além dos obrigatórios airbag duplo e freios ABS.

6 — Toyota Hilux SR 4×4 automática — R$ 178.990

A líder de venda das picapes médias segue uma receita similar a da S10 na oferta de modelos com motor diesel e cabine dupla: parte com um preço mais alto com tração 4×4 e cambio automático. Mas ao contrário da rival a Hilux possui um modelo de trabalho com cabine dupla e cambio manual, a Hilux Standard. A geração atual da picape da Toyota vem com um motor 2.8 turbodiesel de 177 cv e 45,9 kgfm, a transmissão é automática de seis marchas. Segundo o Inmetro, o consumo urbano da Hilux SR é de 9,0 km/l e o rodoviário é de 10,5 km/l.

A Hilux SR traz mais itens de tecnologia que a S10 LT nessa faixa de preço mais alta, vindo de série com ar condicionado digital; central multimídia com tela de oito polegadas; câmera de ré; airbags dianteiros, laterais, de cortina e de joelho para o motorista; sensor crepuscular; assistentes de partida em rampa e para descidas íngremes; controle de estabilidade; rodas de liga leve de 17 polegadas; e luz de condução diurna.

5 — Volkswagen Amarok SE 4Motion manual — R$ 174.710

A Amarok, primeira picape média da Volkswagen, se destaca por ser a picape com chassi com acerto de suspensão mais firme próximo dos carros da marca. No modelo SE, que fica logo acima do básico S, a picape também imita os carros por não esconder que se trata de um modelo mais simples. A grade, os retrovisores e as maçanetas externos são de plástico preto sem pintura.

A simplicidade aparentada pelos detalhes sem pintura esconde um motor diesel de alta potência específica: o 2.0 biturbo de 180 cv 42,8 kgfm. A transmissão da Amarok SE é manual de seis marchas e a tração é 4×4. Caso o consumidor queira cambio automático terá que partir para a Amarok Comfortline, R$ 16.640 mais caro, com tração integral. Apesar de ter o menor motor dentre as picapes médias a Amarok é a mais beberrona da lista, o consumo urbano é de 8,5 km/l e o rodoviário é de 9,3.

Por dentro a simplicidade do exterior se repete. O interior é todo preto tendo apenas o centro dos bancos em cinza para quebrar a monotonia. A Amarok SE vem de série com rodas de liga leve de 16 polegadas; faróis de neblina; controle de estabilidade; assistente de partida em rampas; assistente para descidas íngremes; e dois alto falantes.

A Amarok SE não tem rádio ou central multimídia. A central Composition Media vem em um pacote de opcionais de R$ 2.100 junto dois alto falantes traseiros e dois tweeters. Outros dois pacotes são oferecidos: um com protetor de caçamba e trava antifurto para o estepe por R$ 1.645; e o pacote Active que adiciona cruise control e computador de bordo por R$ 1.195. Com esses equipamentos a Amarok supera o preço da Hilux SR.

4 — Nissan Frontier S 4×4 Manual — R$ 148.590

A Frontier S está em uma posição parecida com a Amarok em simplicidade. Esse é o modelo de entrada da picape japonesa, mas não espere que seja tão espartana como as concorrentes que não entraram na lista. A Frontier S vem com equipamentos básicos de conveniência e conta até com saída de ventilação para o banco traseiro.

Esta é a única versão da Frontier a vir com o motor 2.3 turbodiesel de 160 cv e 41 kgfm. O resto da linha usa uma variação biturbo desse motor com 30 cv e 4,9 kgm extra. Esse também é o único modelo com cambio manual. O motor é fruto da colaboração da aliança Renault-Nissan, que também trouxe a picape a suspensão traseira com eixo rígido five-link e molas helicoidais. Isso garante uma rodagem mais suave para a picape quando vazia, tirando o comportamento “saltitante” das picapes com feixe de molas. O consumo está na média da categoria, com 9,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada.

A lista de equipamentos de série da Frontier S inclui vidros elétricos nas quatro portas; controles de tração e estabilidade; alarme; assistente para descidas íngremes; assistente de partida em rampa; apoio de braço no banco traseiro; rodas de liga leve de 16 polegadas; e tag do Sem Parar. O maior pecado da Frontier S é não vir com rádio ou alto falantes, ficando por conta do consumidor instalar o sistema de som.

3 — Mitsubishi L200 Triton Sport Outdoor 4×4 Manual — R$ 142.990

A Mitsubishi L200 junto da Ford Ranger surpreenderam na relação custo/benefício. O modelo Outdoor traz junto do visual aventureiro uma lista de equipamentos generosa e um motor potente. Começando pela mecânica, a picape usa um 2.4 turbo de 190 cv e 43,9 kgfm, o segundo mais potente da lista. O cambio é manual de seis marchas e a tração é 4×4 com reduzida. Uma surpresa da L200 é ser a mais econômica da lista e a única com etiqueta A de consumo, a média urbana é de 10,1 km/l e a rodoviária é de 13,2.

A Outdoor é o único modelo da L200 a vir com aplique de plástico na dianteira simulando para-choque de impulsão, alargadores de para-lamas, imitação de fibra de carbono no painel, tapetes de borracha e rodas de liga leve pintadas de preto. A lista de equipamentos de série inclui banco traseiro rebatível; computador de bordo; travamento automático das portas; e central multimídia com tela de sete polegadas. A central com Android Auto e Apple Carplay dos modelos mais caro é oferecido como opcional.

Infelizmente a Mitsubishi decepcionou em segurança na L200 Triton Sport Outdoor. Tem apenas os airbags frontais e freios ABS obrigatórios. É a única a não vir com controle de tração e estabilidade ou assistente de partida em rampa. A Outdoor também não oferece bloqueio para o diferencial traseiro, que vem em todas as outras picapes tradicionais 4×4. Esses equipamentos de segurança e o bloqueio do diferencial vem de série nos modelos mais caros da L200.

2 — Ford Ranger XLS 2.2 4×2 automática — R$ 137.890

Enquanto olhava os modelos da Ranger para fazer essa lista o preço da XLS 4×2 automática chamou atenção. Ele é mais baixo que o da XL de cabine dupla feita para o trabalho e a diferença para a Ranger XL de cabine simples é de apenas R$ 3.100. Outra curiosidade sobre o preço é que a ranger XLS 2.2 4×4 manual é R$ 16.200 mais cara, com cambio automático a diferença sobe para R$ 27.900. Para completar a confusão, a nova Ranger Storm com motor 3.2 custa apenas R$ 1.900 a mais que a XLS 2.2 manual.

De volta a Ranger XLS 2.2 4×2 automática e seu impressionante preço de R$ 137.890, a lista de equipamento da picape é generosa e rivaliza com rivais mais caros como a Toyota Hilux SR e Chevrolet S10 LT. Ela vem de série com central multimídia Sync 3 com tela de oito polegadas; volante com comandos multifuncionais; computador de bordo; painel de instrumentos com duas telas digitais configuráveis; câmera de ré; faróis de neblina; ar condicionado digital com duas zonas; sete airbags; controles de tração e estabilidade; e assistente de partida em rampas.

Essa versão vem bem equipada, mas com o menor motor da linha: o 2.2 turbodiesel de 160 cv e 39,3 kgfm. É menos potente da lista ao lado da Frontier, mas tem uma leve vantagem em torque em relação a Toro. Por outro lado, tem segundo melhor consumo dentre as picapes com chassi e o terceiro no geral, com média urbana de 9,5 km/l e rodoviária de 11,3 km/l. A Ranger é a única picape 4×2 da lista, se tornando uma boa opção para quem quer entrar com conforto no mundo das picapes médias com motor diesel e não faz questão de tração 4×4.

1 — Fiat Toro Endurance 2.0 diesel — R$ 134.990

Toro 2021 diesel

A picape diesel mais acessível do Brasil também é a menor, mas em compensação é a mais parecida com um carro de passeio e isso pode ajudar na transição de motoristas vindos de outras categorias.

A Fiat Toro é a única da lista a contar com estrutura do tipo monobloco, motor transversal e suspensão traseira independente, mas ainda assim oferece capacidade de carga de 1 tonelada. O motor 2.0 turbodiesel tem 170 cv e 35,7 kgfm. Se não é tão forte como algumas das rivais maiores, a picape Fiat compensa com um peso menor. E com o consumo, que é o segundo melhor da lista com médias de 9,9 km/l na cidade e 12,3 na estrada.

Com o fim do modelo diesel 4×2 equipado com cambio manual, a porta de entrada para o motor diesel na Fiat Toro é a versão Endurance 4×4 com cambio automático que parte de R$ 134.990. Apesar da Fiat chamar a tração de 4×4, a Toro não usa um sistema part-time como as picapes com chassi e sim um arranjo integral permanente. Esse sistema só manda força para as rodas traseiras quando detecta perda de aderência ou quando é ativado o botão “4WD” que bloqueia a tração em 50% para cada eixo. A Toro também não conta com reduzida, mas a primeira marcha do cambio automático de nove marchas tem relação mais curta e atua como reduzida quando necessário.

Na lista de equipamentos a Fiat Toro Endurance não consegue bater a Ranger. Entre os destaques tem o computador de bordo; assistente de arrancada em rampas; assistente para descidas íngremes; cruise control; santoantonio; e predisposição para rádio com antena e quatro alto falantes. A Fiat oferece dois pacotes de opcionais, o pack Convenience acrescente sensor de ré, iluminação na caçamba, faróis de neblina e retrovisor tilt-down. O segundo pacote é o Convenience Multimídia que traz central com tela de sete polegadas, câmera de ré, seis alto falantes, dois tweeters e voltante forrado em couro com comandos para a central. Ambos pacotes custam R$ 3.000 cada e fazem a Toro sair por um valor maior que a Ranger.

Siga nossas redes sociais

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.