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Após primeiro bimestre promissor, GWM revisa projeções de vendas para 2024 e 2025

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Montadora de origem chinesa havia estimado que comercializaria cerca de 24 mil veículos este ano, mas bons números no início do ano e produção local a partir do segundo semestre trazem ainda mais otimismo

A GWM Brasil tem alguns motivos para exalar otimismo. O principal deles, claro, é o bom desempenho nas vendas no primeiro bimestre do ano. Caso mantenha o ritmo do período, quando comercializou 4.031 unidades, a montadora de origem chinesa atingirá com tranquilidade a meta de 24 mil veículos emplacados em 2024 – mais que o dobro com relação aos 12 meses de 2023.

Justamente por isso, a GWM revisa as projeções de vendas para o Brasil. O primeiro bimestre promissor aliado ao início da produção local, que enfim deverá começar no segundo semestre, fazem com que a fabricante almeje voos mais altos para 2024. Pelo menos é o que garante Ricardo Bastos, diretor de relações institucionais e governamentais da companhia no país.

“Este já é um número excepcional [24 mil unidades], mas esperamos superá-lo. Até porque não esperávamos por esse volume mensal no bimestre. Estamos motivados. Assim como nossa rede, que vem fazendo um belo trabalho com um pós-venda muito forte”, comentou o executivo.

Além de dos ventos favoráveis para 2024, ano em que a empresa pretende comercializar 31 mil unidades, Bastos prevê que 2025 será ainda melhor para a GWM no Brasil. Isso porque, evidentemente, trata-se do primeiro ano “cheio” da montadora no país com a fábrica de Iracemápolis (SP) em plena atividade.

“O volume não será tão impactado em 2024, pois as atividades começarão no segundo semestre. No entanto, em 2025 teremos um maior volume de produção nacional e, embora ainda não tenhamos uma estimativa, certamente teremos um número mais expressivo de licenciamentos”, salientou Bastos.

Volume de vendas traz preocupação para o pós-venda

O bom volume de licenciamentos da GWM Brasil, todavia, deixa a companhia em estado de alerta para uma seara absolutamente importante: o pós-venda.

“Esse volume de vendas traz uma responsabilidade muito grande para nossas políticas internas. Temos uma preocupação enorme em deixar tudo devidamente acertado dentro de casa. Após um ano, já começamos a ter manutenção de um grande número de carros, por exemplo, e, assim, começamos a entender melhor o comportamento do nosso consumidor. É por isso que estamos investindo em Inteligência Artificial e em outros fatores para tornar o atendimento ao cliente ainda mais fácil”, explicou Bastos.

A fim de azeitar ainda mais tal processo, a empresa pretende caprichar em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Dessa forma, o corpo de engenharia da montadora poderá testar os veículos localmente com mais afinco. Assim, será capaz de antecipar eventuais problemas de modo que não conseguiria ao realizar tais avaliações, mesmo com a transmissão de dados, na China.

“Com isso nós vamos rapidamente antecipar muita coisa. Mesmo assim, felizmente, a gente está tendo poucos problemas. Os produtos são bons, mas não vamos descansar e precisamos cada vez mais tentar buscar as condições reais para completar o trabalho da matriz”, enfatizou o diretor de relações institucionais e governamentais da GWM Brasil.

GWM no Brasil: H4 tem produção confirmada e pode ser primeiro nacional

A GWM adiou o início da produção na unidade de Iracemápolis, em regime CKD, por conta do Mover (nova fase do Rota 2030). No entanto, a postergação já pairava no ar há algum tempo. O motivo? O sucesso do Haval H6, que também foi responsável pela mudança de estratégia da montadora de origem chinesa no país. O modelo, inclusive, ganhará nova versão, intermediária, ainda este ano.

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Foto | GWM/Divulgação – Haval H6 será produzido no Brasil, mas, antes, ganha nova versão intermediária

Segundo Ricardo Bastos, a GWM fará a estreia da linha de Iracemápolis com um SUV da linha Haval. Pode ser o próprio H6 ou até mesmo o H4, utilitário esportivo de menor porte. Além disso, o executivo garantiu que as mudanças no alto escalão da empresa (o COO Oswaldo Ramos deixou a companhia, bem como Luis Fernando Guidorzi, head de marketing) não alteraram em absoluto os planos.

“Tivemos um papel muito importante do Oswaldo na primeira fase da GWM no país, principalmente na montagem da estrutura de vendas. Ao mesmo tempo que tivemos a saída dele recebemos recentemente o Marcio Alfonso, que é muito bem conceituado e tem uma pegada mais voltada para engenharia, para produção”, frisou Bastos.

Como supracitado, o início das operações em Iracemápolis se dará em regime CKD, com as peças vindas do exterior. Todavia, no futuro, a fim de suprir demandas de exportação, o cenário deverá mudar.

“Hoje, nos acordos internacionais, para você começar a se beneficiar de qualquer incentivo de alíquota menor, por exemplo, na Colômbia, você tem que chegar pelo menos a 30% [de nacionalização]. Por isso, para nós é muito importante, lembrando que nosso principal concorrente neste caso é a matriz. Ou seja, para o meu Haval, daqui do Brasil, competir com Haval da matriz preciso entrar nos países sem pagar imposto de importação. E mais: depois temos que competir com nossos concorrentes”, destacou o executivo.

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Por isso, Bastos enfatizou que o processo de crescimento de conteúdo local já terá início em 2025. Segundo o diretor da GWM Brasil, Marcio Alfonso já trabalha em busca de montar uma cadeia de fornecedores no país, de olho, por exemplo, em vidros, rodas, pneus, bancos, plásticos e parte da tapeçaria.

“O grande segredo vai estar nos itens eletrônicos. Mesmo assim, temos no Brasil, por exemplo, não estou falando que vão ser fornecedores nossos, WEG, BorgWarner, Moura e outras várias empresas com condições de produzir essas partes”, completou Bastos.

Tudo isso passa, além do fomento de uma cadeia bem estruturada, pelo já mencionado centro de P&D. Segundo o executivo, a unidade será anunciada ainda este ano e cumprirá papel crucial para que a GWM Brasil atinja a meta de 50% de índice de nacionalização o quanto antes. Vale frisar ainda que a planta de Iracemápolis, hoje, tem capacidade de produzir 50 mil unidades. A ideia da montadora é dobrar tal número a fim de abastecer o mercado local e demais países da região.

Vendas da GWM Brasil: Ora 03 foi resposta ao BYD Dolphin?

Além dos Haval H4 e H6, outro modelo que provavelmente será produzido pela montadora chinesa no país é o Ora 03. Segundo Bastos, as vendas do veículo no Brasil vêm surpreendo a cúpula da GWM. No acumulado do ano, vale destacar, foram 1.284 licenciamentos.

GWM ORA 03 GT
Foto | GWM/Divulgação

A reportagem perguntou ao executivo se o Ora 03 estava nos planos da GWM ou se a empresa lançou o modelo para que ele atuasse como antídoto ao Dolphin. O elétrico da BYD, também bom ressaltar, teve 3.626 unidades comercializadas no primeiro bimestre de 2024.

“O Ora já estava, sim, nos nossos planos. Ele veio com uma resposta, mas não como uma resposta no sentido de combater a BYD, mas no sentido de que eles encontraram, primeiro do que a gente, esse mercado, esse segmento. Eles estão de parabéns por isso, pela rapidez. Descobriram a oportunidade e nós, prontamente, fomos atrás”, afirmou Ricardo Bastos.

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Primeira volta no GWM Ora 03:

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