SUV da picape Hilux tem alterações de estilo, mais itens de segurança, mais conectividade e motor mais potente. Garantia de cinco anos não vale para suspensão, volante, multimídia, entre outros. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

O SUV montado sobre a base da picape Hilux tem predisposição para rodar em caminhos ruins com tração 4×4 e caixa de redução. Usa chassi, como a picape, e obteve nota máxima no teste de impacto do LatinNCap.  

As alterações de estilo na parte frontal são faróis, grade e para-choques. No interior, novas cores no estofamento e mais conectividade com espelhamento de celular por meio de Android e Apple na tela tátil de oito polegadas. Navegação é nativa.

Na versão avaliada, a mais sofisticada de sete lugares, os bancos dianteiros são ventilados. Importante no conforto dos bancos forrados em couro, pois esse material não transpira. Regulagens são elétricas nos bancos dianteiros, mas falta a lombar, principalmente em carro desse preço.

Passa a ser equipado também com sensores dianteiros que ajudam em manobra. O diâmetro de giro grande (11,8 metros) requer manobrar mais. A direção com assistência hidráulica, que é pesada, requer força. Não tem sensibilidade com o veículo em movimento.

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Volante tem boa pega e é revestido com material que evita deslize das mãos, mas muitos comandos complicam a ergonomia. Coluna de direção tem regulagens em altura e distância, facilitando se posicionar melhor ao volante.

Acabamento interno benfeito com plástico duro no painel central e nos forros de porta. Em algumas partes do painel central, há apliques de couro para dar sofisticação. Quadro de instrumentos inclui o indicador de temperatura do líquido de arrefecimento do motor.

Entre o velocímetro e o conta-giros analógicos, há uma tela digital com informações do computador de bordo.  

A versão SRX passa a incorporar itens de direção autônoma: controle de velocidade adaptativo, alerta de mudança de faixa com interferência na direção e nos freios, e alerta de colisão frontal com frenagem automática, em caso de colisão iminente, contra veículos.

O sistema não identifica pedestre, ciclista e moto. O alerta de mudança de faixa atua forte nos freios para que o veículo volte à trajetória ao sair da faixa de sinalização horizontal na estrada. Atua também na direção.

O SW4 SRX de sete lugares é voltado à família. Manuseio dos dois bancos da terceira fileira é fácil tanto para montar quanto para recolher e deixar o porta-malas com capacidade grande. São 500 litros com cinco lugares e apenas 180 com os bancos do porta-malas montados.

A tampa do porta-malas tem abertura e fechamento elétricos. Basta acionar o comando sob a placa de licença para abrir e outro comando na parte interna para fechar ou na chave.

Acesso ao interior exige força pela altura grande altura do solo (27,9 centímetros). O estribo é um aliado para entrar no carro assim como as alças nas colunas A (dianteiras).

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O banco da segunda fileira do SW4 SRX tem regulagem longitudinal e libera espaço para entrar nos bancos individuais da terceira fileira. Acesso exige contorcionismo e a altura em relação ao teto é limitada. Apropriado para criança pelo acesso e acomoda adulto de baixa estatura.

Totalmente voltado para família aventureira com tração 4×4, caixa de redução, controle eletrônico de descida e bloqueio do diferencial. Se aptidão no fora de estrada é evidente também pelo chassi, que tem mais rigidez e é menos propenso a torções, como o monobloco, no asfalto é diferente.

O comportamento dinâmico de carro pesado exige atenção e o rodar é diferente por causa do peso. A interferência do alerta de saída de faixa nos freios é importante na manutenção da trajetória. Sistema funciona se a sinalização horizontal estiver com a pintura em bom estado.

A suspensão traseira, com eixo rígido, transfere as imperfeições do piso, principalmente ondulações na terra ou no asfalto. Rodar desconfortável sobre ondulações.

A atuação do sistema de freios a disco nos dois eixos é muito eficiente em simulação de emergência. Imobilizou em espaço de segurança o carro de mais de duas toneladas de peso.

O desempenho do SW4 SRX é bom sem empolgar. O motor agora tem 204 cv de potência (15% a mais) e o torque de 50,9 kgfm também contribui no bom desempenho. A união com câmbio automático de seis marchas com conversor de torque é muito bom.

Ocorre redução ao diminuir a velocidade. As trocas se dão em tempo adequado e há aletas no volante para troca manual. Há três modos de condução: Eco, Power e Sport, que tem trocas em rotações mais altas para melhorar o desempenho.

O consumo registrado no computador de bordo foi de 7 km/l na cidade e de 8,4 km/l na estrada, com três ocupantes, bagagem e ar-condicionado ligado.

Os faróis com luz de LED iluminam bem, mas facho baixo muito curto exige uso constante do alto. O nivelamento de altura do facho é automático. Limpadores dianteiros deixam área sem limpar no lado do motorista. Lavadores eficientes.

O SW4 SRX está equipado com sete airbags, incluindo o de joelho para o motorista, controles de tração, estabilidade e muitos outros. O sistema de som Premium JBL com oito alto-falantes, subwoofer e tweeters.

O preço sugerido do Toyota SW4 SRX é de R$ 374.040 e mais R$ 2.350 pela pintura branca pérola. A garantia é de cinco anos sem limite de quilometragem contra defeitos de montagem e de fabricação de peças.

Porém, componentes do sistema de suspensão (barra estabilizadora, mancais, eixo traseiro, quadro auxiliar, braço dianteiro e traseiro, amortecedores, molas, batentes e coxins), rolamentos, revestimento de bancos, guarnições das portas, multimídia e volante têm garantia de três anos, conforme a página 387 do manual do proprietário.

Ficha técnica Toyota SW4 SRX

Motor
De quatro cilindros em linha, 2.755 cm³ de cilindrada, turbodiesel, de 204 cv de potência máxima a 3.400 rpm e torque máximo de 50,9 kgfm a 2.800 rpm

Transmissão
Tração traseira, com 4×4 e reduzida, bloqueio de diferencial e câmbio automático de seis marchas com conversor de torque

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência hidráulica; diâmetro de giro, 11,8 metros

Freios
Discos ventilados na dianteira, e sólidos na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, com braços articulados, barra estabilizadora; traseira, eixo rígido com quatro pontos de fixação e molas helicoidais; altura do solo, 27,9 cm

Rodas/pneus
7,5×18” de liga leve /265/60R18

Peso (kg)
2.175

Carga útil (passageiros+ bagagem)
575 quilos

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,795; largura, 1,855; altura, 1,835; distância entre-eixos, 2,745

Capacidades (litros)
Porta-malas, 500 (5 lugares) e 180 (7 lugares até altura do encosto do banco da terceira fileira); tanque, 80; ângulos de ataque/saída, 29/25

Desempenho
Velocidade máxima, não fornecida; aceleração até 100 km/h, não fornecida

Consumo (km/l)
Urbano, 9; estrada, 10,5

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