Trailblazer 2021 ganhou novidades como reforço na estrutura da carroceria, visual retocado na dianteira, frenagem autônoma de emergência e wi-fi nativo. Leia o teste

Por Paulo Eduardo

Além do retoque no visual da dianteira e wi-fi nativo de série, o Trailblazer 2021 teve a estrutura reforçada e está equipado com frenagem autônoma de emergência, que é ativado a partir de 8 km/h até 80 km/h.

Se houver risco de atingir pedestre ou veículo, o sistema aciona os freios, independentemente do motorista. Além de aumentar a força sobre o pedal de freio, em caso de acidente iminente contra veículo ou pedestre.

O Trailblazer 2021 tem de série seis airbags, alerta de colisão frontal, de ponto cego e de saída involuntária de faixa sem interferência no volante, além de controles eletrônicos de tração, de estabilidade, de descida e de oscilação da carreta no reboque quando freios são acionados para evitar a instabilidade.

Os faróis de neblina estão em posição mais alta para iluminar na transposição de riachos. Os faróis principais são apenas emoldurados pela Luz em LED. Pelo preço do carro deveriam ser em LED.

A luz de halogênio não tem o poder de iluminação do LED. Facho baixo tem alcance razoável e o alto, bom alcance. Há regulagem elétrica de altura do facho. Importante em veículo com capacidade de levar até 583 quilos, entre ocupantes e bagagem.

A terceira fileira de bancos do Trailblazer 2021 acomoda bem ocupantes de estatura elevada, que não esbarram a cabeça no teto. Bancos são individuais e escamoteáveis. Assoalho é plano e rebatimento total (encosto e assento) do banco da segunda fileira facilita acesso.

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Sair é mais difícil, mas terceira fileira de banco é assim. Importante é ter um lugar a bordo. O espaço no porta-malas diminui com a terceira fileira de montada. Tampa do porta-malas é pesada e pega de fechamento é somente no lado direito, dificultando para canhoto.

Há saídas de ar-condicionado e controle de intensidade para os bancos traseiros. Ar-condicionado é digital.

Acabamento interno convincente com plástico duro no painel central. Encaixes e arremates benfeitos. Destoam as pontas de parafuso aparentes no encaixe da dobradiça central que liga as portas à carroceria.

Central multimídia tem tela tátil de oito polegadas e navegação nativa. O serviço OnStar é de série. Boa iluminação para visualizar comandos e também no habitáculo. Interior silencioso sobre piso irregular.

Banco do motorista tem regulagens elétricas de distância, inclinação do encosto e altura. Falta a lombar. Assento curto, mas encosto é anatômico. Revestimento em material sintético não transpira. Climatizar é necessário para não suar nas costas.

Coluna de direção é regulável somente em altura. Inconcebível a falta de regulagem em distância. Volante tem boa pega, mas revestimento liso provoca deslizamento acidental das mãos. Agrupa alguns comandos, mas sempre tem que tirar os olhos da via ao acioná-los.

Direção com assistência elétrica é leve em manobra e com peso adequado em alta. Diâmetro de giro grande (12 metros) requer mais manobra em espaço reduzido. Câmera de ré de alta definição ajuda na manobra. Retrovisores grandes.

Motor turbodiesel 2.8 tem torque elevado de 51 kgfm. Alterações são nova turbina e atualização do programa da central eletrônica, que diminui o retardo da entrada em ação do turbo em carro de torque alto. No kick-down percebe-se a entrada imediata do turbo.

Câmbio é automático de seis marchas com conversor de torque. Troca manual na alavanca. Ocorre redução de marcha com a diminuição da velocidade. Trancos leves nas trocas.

Desempenho é bom, mas relação peso/potência de 10,8 kg/cv é alta. Na subida, não é tão rápido na ultrapassagem com dois ocupantes e ar desligado. Tem muita força e arrasta roda na arrancada no asfalto. Chega aos 100 km/l em 10,3 segundos, segundo o fabricante.

Carro com tração traseira é divertido

É bom dirigir carro com tração traseira. Engate do eixo dianteiro (4×4) e da reduzida por meio de comando giratório no console. Consumo médio de diesel registrado no computador de bordo foi de 11 km/l na estrada e 5 km/l na cidade.

A grande altura do solo e capacidade no fora de estrada, com bons ângulos de ataque, saída e rampa, são convite a rodar por caminhos ruins. Há força de sobra para transpor obstáculos. Pneus são de uso misto.

Nem a suspensão traseira multilink consegue filtrar as imperfeições do piso, que são transferidas para o habitáculo no asfalto e na terra.

As ondulações são transmitidas pelas rodas grandes (aro 18) e o peso do conjunto roda/pneu, que sobe e desce pesadamente. Carro bom de dirigir também no asfalto. Nas curvas, a carroceria inclina um pouco. O Trailblazer pesa mais de duas toneladas (2.164 quilos).

Limpadores e lavadores do para-brisa e do vidro traseiro são eficientes. Freios a disco ventilado nos dois eixos são eficientes e param o carro de mais de duas toneladas de peso em espaço razoável.

Preço sugerido do Chevrolet Trailblazer 2021 é de R$ 308.290. Pintura metálica custa R$ 1.900 e a branca sólida, R$ 850. Garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

Ficha técnica Trailblazer 2021

Motor
De quatro cilindros em linha, 2.776 cm³ de cilindrada, turbodiesel, de 200 cv de potência máxima a 3.600 rpm e torque máximo de 51 kgfm a 2.000 rpm

Transmissão
Tração traseira, com 4×4 e reduzida, e câmbio automático de seis marchas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 12 metros

Freios
Discos ventilados na dianteira e na traseira

Suspensão
Dianteira, independente, com braços articulados, barra estabilizadora; traseira, multilink, barra estabilizadora; altura do solo, 22,9 cm

Rodas/pneus
7,5×18” de liga leve /265/60R18

Peso (kg)
2.167

Carga útil (passageiros+ bagagem)
583 quilos

Dimensões (metro)
Comprimento, 4,883; largura, 1,902; altura, 1,837; distância entre-eixos, 2,845

Capacidades (litros)
Porta-malas, 554 (5 lugares) e 205 (7 lugares até altura do encosto do banco da terceira fileira); tanque, 76; ângulos de ataque/saída/rampa, 29,7/25,1/22,7

Desempenho
Velocidade máxima, 180 km/h; aceleração até 100 km/h, 10,3 segundos

Consumo (km/l)
Urbano, 8,4; estrada, 10,5

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