Lançado no final de 2011, o Renault Duster usado pode ser encontrado com valores que vão de R$ 39 mil a R$ 80 mil, dependendo do ano de fabricação e versão, segundo a Fipe
Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Por Marcelo Iglesias

Os utilitários-esportivos (SUV) ganharam a preferência do consumidor mundo afora nos últimos 20 anos. Hoje marcas de luxo como Jaguar, Bentley e Rolls-Royce se vergaram aos jipões, tal como a Ford anunciou que direcionará seus novos produtos nos Estados Unidos para o segmento, deixando os sedãs de lado. No Brasil não é diferente, os jipinhos se tornaram uma coqueluche por seu porte avantajado que sugere mais segurança e vigor na selva do trânsito.

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Preços do Duster usado

E como a lei da demanda e procura é implacável, levar um jipinho novo para casa exige um bom capital que invariavelmente não sai por menos de R$ 80 mil. No entanto, é possível encontrar alternativas mais baratas no mercado de usados, como Renault Duster. O jipinho franco-romeno tem preços que vão de R$ 39 mil a R$ 80 mil, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Chegada

O Duster foi lançado em 2011, numa época que Ford EcoSport (de primeira geração) e Hyundai Tucson dominavam o mercado de SUV’s compactos. Desenvolvido pela romena Dacia, que pertence à Renault, tem estilo controverso e grosseiro, mas caiu no gosto do consumidor pela boa oferta de espaço interno e por contar com mecânica de boa credibilidade.

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Motores

O jipinho é oferecido com duas opções de motores e quatro tipos de transmissão. Ele parte da unidade 1.6 16v de 112 cv (que foi substituída em 2017 por uma versão de 120 cv) e o longevo 2.0 16v de 140 cv, que já equipou Megane e Fluence. Já as caixas partem de uma unidade manual de cinco marchas e uma manual de seis marchas (exclusiva da versão 2.0 4×4, em que a primeira bem curta para atuar como uma reduzida). Entre as automáticas há uma transmissão de quatro velocidades, que equipa a versão 2.0 4×2, além de uma CVT para os novos motores 1.6.

Equilíbrio no bolso

Para quem busca um jipinho que ofereça bom espaço interno, mecânica de manutenção relativamente baixa e que tenha pouco tempo de produção, uma indicação é a versão Dynamique 1.6 (manual), ano 2015. Segundo a Fipe, a versão é avaliada em R$ 49.622. Já no varejo de usados, o valor gira em torno de R$ 46 mil.

Acabamento

Um dos senões do Duster, assim como os irmãos Logan e Sandero é baixa qualidade do acabamento interno. O Duster é um carro espartano, com plásticos duros, tapeçaria simples (que costuma a se soltar com facilidade nas bordas das portas) e isolamento acústico ineficaz. A montagem também está longe de ser a mais precisa o que contribui para ruídos internos. Com o passar dos anos os batuques tendem a se intensificar.

Somado isso há o agravante de a arquitetura interna ter sido projetada de acordo com a primeira geração do Logan. Isso significa comandos mal posicionados para abertura dos vidros e até mesmo uma inexplicável regulagem dos retrovisores abaixo da alavanca do freio de mão.

Por outro lado, sobra espaço para todos ocupantes e a posição de dirigir elevada (herdada do Logan) também contribui para uma excelente visibilidade, o que faz dele fácil de dirigir. Mas é fundamental investir em sensor de ré, pois a visão traseira é muito limitada.

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Conteúdos

A versão Dynamique 1.6 conta com cesta de itens de série que inclui direção assistida, ajuste de altura do volante, computador de bordo, ar-condicionado, rádio (com CD/MP3 e Bluetooth), retrovisores elétricos, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina. Há pacotes de acessórios estéticos como soleiras, estribos, molduras com segundo parte de faróis auxiliares na grade e também nos para-lamas que tendem a realçar o visual do jipinho.

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Motor e Câmbio

O motor 1.6 16v de 112 cv é um antigo conhecido do público e já equipou diversos modelos desde o finado Scenic à também falecida perua Megane Grand Tour. Trata-se de um motor que oferece bom comportamento e consumo moderado que (dependendo do peso do pé direito) pode chegar a médias de 11 km/l, no combinado entre estrada e cidade. A caixa de cinco marchas está longe de ser a mais suave do mercado e peca por seu engates pouco precisos e curso longo. Mas isso é comum das transmissões manuais da francesa.

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Precauções

O que se deve ficar atento é sobre os prazos de troca de óleo e correia, que não podem ultrapassar as determinações do fabricante. Quem for comprar um Duster usado deve gastar um pouco a mais trocar esses itens assim que receber o automóvel, mesmo que o antigo proprietário garanta que tenha feito as manutenções.

As mesmas recomendações valem para itens de desgaste com embreagem, pastilhas, lonas, discos, amortecedores e também para sistema de refrigeração (mangueiras, termostato, radiador), pneus e bateria, que precisam passar por uma inspeção de seu mecânico.

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Fora isso, fique atento com o histórico do modelo pretendido. Confira se as revisões programadas foram feitas em dia (basta consultar os carimbos no manual do proprietário), se desgastes de uso como borrachas dos pedais, encostos dos bancos puídos não condizem com a quilometragem (que pode ter sido adulterada).

Siga nossas redes sociais

Histórico

Atualmente há serviços on-line que permitem descobrir se o automóvel já se envolveu em acidentes, tem registros de furtos e demais ocorrências que podem indicar reparos que nem sempre são visíveis e podem ser omitidos pelo vendedor. Em caso de dúvida, consulte seu corretor de seguros.

Se tudo tiver em ordem, faça bom proveito de seu jipinho!

Renault Duster
Foto | Renault/Divulgação

Fique por dentro das novidades.

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.