Alexandre Soares
Especial para o Autos Segredos
Eu e o Marlos já caçamos muito o Jeep 551. Em certa ocasião, passamos uma manhã inteira em busca de protótipos pelas ruas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Porém, apesar dos esforços, ainda não havíamos conseguido pegá-lo. Eis que, um dia, por acaso, quando eu menos esperava, avistei uma unidade do modelo. Ao meu lado, no carro, quem estava com a câmera em punho não era o Marlos, mas sim o Moisés Silva, competente repórter fotográfico e colega de trabalho. Nós estávamos no local para clicar um Golf, que estava sendo testado por mim, e ficamos surpresos quando avistamos o segredo. Imediatamente, nossa prioridade mudou: “Viu aquilo ali? Sabe o que é?”, perguntou o Moisés, ao notar o veículo camuflado. “Cara, é o Jeep 551. Fotografa!”, respondi. Quando percebeu nossa presença, o motorista acelerou forte para tentar escapar. Não adiantou, pois o flagra já tinha sido registrado.
Além da plataforma, o Jeep 551 também irá compartilhar muitos componentes mecânicos com Renegade e Toro. O motor 2.0 turbodiesel MultiJet II, que já equipa o SUV compacto e a picape, por exemplo, irá mover as versões top de linha do novo modelo, acoplado ao câmbio automático de nove marchas e à tração 4×4 que também estão presentes nos modelos irmãos.
A grande novidade mecânica do Jeep 551 é a estreia do motor 2.0 16V flex da linha TigerShark, de origem Chrysler, nas configurações de entrada. O Grupo FCA cogitou utilizar o 2.4 da mesma família, mas optou pelo motor de menor cilindrada para ocupar uma faixa de menor tributação de IPI. Dotado de tecnologias como construção integral em alumínio e comando de válvulas variável, esse propulsor irá render 159 cv de potência a 6.200 rpm com gasolina e 164 cv a 6.000 rpm com etanol, além de 19,8 kgfm de torque a 4.000 rpm com o primeiro combustível e de 20,4 kgfm a 4.400 rpm com o segundo. Com esse motor, a tração será sempre dianteira.
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Fotos | Moisés Silva