Parti então para achar um instalador especializado no assunto. Depois de alguns contatos, consegui uma mão de obra confiável para a montagem. Só para instalar os vidros o profissional pediu R$ 250 e por R$ 400 ele entregaria o carro todo montado com maçanetas de capô, tampa de motor, fechaduras no lugar. Como o serviço na oficina estava “agarrado”, liguei para o dono (irmão) do 78 para ele autorizar o serviço e assim tirar o carro da lanternagem o mais rápido possível.
CAPOTARIA Logo depois que os vidros estavam no lugar e a forração do teto e assoalho já estavam prontos, fiz contato com o capoteiro para colocação dos bancos e forrações de portas. Como havia relatado na #parte3, tinha comprado os revestimentos das portas prontos, mas o capoteiro fez minha cabeça para que as fizesse com ele, pois ficariam melhores. Realmente, valeu a pena mandar confeccionar as forrações.
As forrações do tipo original são presas por presilhas e com pouco tempo de uso se soltam. Mas o capoteiro usa presilhas de plástico como nos carros atuais, na foto abaixo tem-se uma ideia melhor do serviço. As únicas alterações são novos buracos na porta para a fixação das presilhas extras, que deixaram os forros bem mais firmes. Como elas ficam embutidas, não há o problema de perder a “originalidade”. A única diferença dessas forrações para as vendidas hoje e para as originais são as famosas costuras eletrônicas. Como o capoteiro não tinha como fazê-las, sugeri a ele que arrematasse o revestimento com costuras duplas, para simular a eletrônica. O resultado final foi bem satisfatório como mostra a galeria de fotos. Aliás, se tem uma mão de obra que gostei muito até essa etapa do restauro, foi a do capoteiro.
Mesmo assim, pagando os R$ 400 “por fora” para montagem do carro e com o capoteiro cumprindo os prazos a oficina, ainda demorou mais de uma semana para colocar estribo, debluns e para-choques no lugar. A entrega só aconteceu na tarde do dia 30 de abril e da lanternagem o 78 seguiu de reboque direto para o eletricista, mas isso será assunto para o próximo post.
PEÇAS No último post já tinha escrito sobre os problemas com peças compradas pela internet para o Fusca. E as compradas no balcão também trouxeram dores de cabeça. Se cometi erros nessa restauração, posso afirmar que o maior deles foi ter comprado muitas peças antes mesmo de começarem os serviços de lanternagem. As peças “novas” não tem o mesmo padrão de furações e fixações originais.
As fechaduras, por exemplo, serviram somente para a retirada de peças para recuperar as originais, que mesmo com mais de 30 anos de uso ainda são melhores que as paralelas de hoje em dia. O batente do capô, assim como a fechadura, não deram encaixes e tivemos que manter as originais no lugar. As maçanetas internas também não deram encaixes e as originais foram mantidas. Depois do carro pronto, irei aplicar algumas camadas de silicone para que fiquem pretas novamente. Já fiz isso no volante e o resultado ficou muito bom.
Somente as maçanetas externas, limitadores de porta e a fechadura da tampa do motor é que foram trocadas pelas novas peças. Se tivesse esperado a montagem começar, teria economizado uma boa grana. Mas, pelo menos, serve de aprendizado, ainda mais porque o meu irmão quer que eu encare outra aventura…
No próximo post vou escrever sobre como foram os trabalhos na parte elétrica.
Fotos | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos