O acervo de aproximadamente 40 veículos não é grande em volume, mas sim em importância: inclui vários automóveis raros, entre os quais um Landau e uma limusine Willys que serviram à presidência da república, além de um Willys Capeta, único no mundo, que foi exposto no Salão do Automóvel de São Paulo em 1964. Há também uma vasta biblioteca, com cerca de 6 mil títulos, entre livros e periódicos. Simplesmente extinguir o museu é negligenciar a preservação da trajetória da indústria local, que foi implantada há aproximadamente 60 anos e tornou-se uma das maiores do mundo em volume de produção.
Ocorre que a transferência dos bens se revelou uma tarefa difícil e demorada. Como a mudança não foi realizada a tempo, o Ministério dos transportes acionou a Advocacia Geral da União. Apesar da existência de uma recomendação da Casa Civil para que o órgão procurasse uma decisão amigável, o juiz da 5ª. Vara Federal emitiu uma ordem para lacrar o museu. Enquanto o prédio permanecer fechado, é impossível realizar visitas. Além do mais, os automóveis e demais bens não receberão cuidados e ficarão sujeitos à degradação, ainda que permaneçam, de certa forma, protegidos dentro das instalações do imóvel.
O Museu do Nacional do Automóvel surgiu em 2004, por iniciativa de antigomobilistas capitaneados pelo advogado Roberto Nasser, atual curador do acervo. Diante da decisão da Advocacia Geral da União, Nasser escreveu uma carta ao blog Auto Entusiastas. A mesma página exibe uma petição pública, que reúne assinaturas da população com o objetivo de exigir que o museu permaneça em funcionamento. A ideia é unir a população para impedir que a história industrial do país simplesmente seja esquecida. O órgão também tem um site oficial e uma página no Facebook. Acima, segue um vídeo gravado pela UNB TV, que explica a situação.
Fotos | Rui Vasconcelos/Reprodução do Facebook
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