Dodge Dart foi lançado no Brasil, em 1969, fabricado pela Chrysler, em São Bernardo do Campo
O Dodge Dart é “cinquentão”, marca comemora 50 anos de seu lançamento no Brasil. O sedã de quatro portas foi fabricado pela Chrysler do Brasil S.A., em São Bernardo do Campo (SP), de outubro de 1969 a 1981 quando teve sua produção encerrada.
Alinhado ao americano
O Dart fabricado no Brasil estava alinhado com o modelo fabricado e vendido nos Estados Unidos.
Motorzão
O Dodge Dart fabricado no Brasil era equipado com o motor 5.2 V8 que rendia 198 cv potência a 4.400 rpm e torque de 41,5 kgfm a 2.400 rpm. Com o nome de Magnum, o motor ostenta até os dias atuais o recorde em cilindrada para um propulsor produzido no Brasil para carro de passeio.
Nos primeiros anos, o Dodge Dart era equipado com câmbio manual de três marchas, cuja alavanca ficava na coluna de direção para dar espaço para um banco inteiriço na frente. Desse modo, o Dart podia levar três passageiros na frente e mais três na parte de trás.
Requintado no Brasil
Se no mercado americano, o Dodge Dart era um modelo simples, no brasileiro, ele tinha status de modelo requintado e moderno. Entre os atributos estavam o conjunto mecânico capaz de levar o sedã até os 100 km/h em 12 segundos, chassi monobloco e suspensão independente na dianteira também se destacavam.
Dodge Dart 1970
O Dodge Dart 1970 tinha quadro de instrumentos completo com hodômetros total e parcial, relógio elétrico e indicadores de pressão do óleo, carga da bateria, nível do combustível e temperatura do motor.
Alguns mimos também estavam presentes no Dart, uma luz se acendia em volta do miolo da ignição por 20 segundos após a abertura da porta, para ajudar o motorista a inserir a chave no escuro. O modelo também tinha as luzes de cortesia no porta-luvas, porta-malas e compartimento do motor.
Quase 100 mil
Produzido de 1969 a 1981, o Dodge Dart teve 93.008 unidades produzidas na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). As unidades brasileiras foram as últimas produzidos mundialmente dessa geração, uma vez que sua produção foi encerrada nos Estados Unidos em 1969.
Histórico
Confira abaixo a linha do tempo do Dodge no Brasil:
1969
Em outubro, chega ao mercado o Dodge Dart, já como modelo 1970, apenas com carroceria de quatro portas. Motor era o V8 de 5,2 litros, o único que impulsionou o Dart em toda sua trajetória no país.
1970
Lançamento em outubro da versão Coupé, de duas portas e estilo mais arrojado, sem as colunas centrais e com as colunas traseiras mais inclinadas.
1971
A carroceria do Dodge Dart Coupé foi a base para os esportivos Charger LS e R/T, ambos com versões mais fortes do V8, de até 215 cv. A direção hidráulica e o câmbio automático passam a ser oferecidos como opcionais.
1973
Com mais de 18 mil unidades vendidas, esse foi o melhor ano do Dart no mercado nacional. As mudanças feitas na linha 1973 foram as maiores até o momento, com nova grade dianteira, quadro de instrumentos redesenhado e o surgimento de duas versões mais refinadas: Gran Coupé e Gran Sedan.
1978
Ao final do ano, a linha 1979 trouxe as maiores modificações na história do modelo. O Dart recebeu dianteira e traseira iguais às usadas nos últimos anos de produção nos EUA. Já as versões de topo como Magnum (duas portas), Le Baron (quatro portas) e Charger ganharam uma frente inteiramente nova, desenvolvida no Brasil pelo designer Celso Lamas. O Charger trazia as primeiras rodas de alumínio de um automóvel brasileiro de série, enquanto o Magnum tinha como opcional outra novidade no país: teto solar com comando elétrico.
1981
São montados os últimos modelos da linha Dodge no Brasil – complementada pelo médio Polara e por picapes e caminhões. A Chrysler do Brasil havia sido comprada dois anos antes pela Volkswagen AG, que decidiu encerrar as atividades da Dodge, apesar de haver prometido o contrário logo após a aquisição. A fábrica de São Bernardo foi usada pela marca alemã para iniciar a operação da VW Caminhões.
