Na década de 1980, a Chevrolet cogitou que o Projeto J, que deu origem ao Monza nas carroceria hatch e sedã, tivesse uma irmã wagon, mas ela não passou da fase do estudo de design

Com status de carro mundial da General Motors, o Chevrolet Monza chegou ao mercado brasileiro, em 1982, nas carrocerias hatch e sedã. Além do Brasil, o modelo foi vendido em outros países com diferentes marcas do grupo, como Opel, Buick, Oldsmobile e Holden. Em alguns desses mercados, além do hatch e do sedã, o Projeto J também deu origem a um modelo Station Wagon (perua). Por aqui, a General Motors cogitou o lançamento Monza SW nas carrocerias de duas e quatro portas.

O estudo foi realizado na década de 1980 e o primeiro modelo construído em Clay foinoa configuração duas-portas, com a mesma grade do modelo 82 e retrovisores dos modelos 1986. Na linha 1985/86, o Monza recebeu nova grade dianteira e retrovisores mais encorpados. As fotos que ilustram esta matéria são de um protótipo em clay com os novos retrovisores, mas mantendo a antiga grade.

Nossos colegas do Museu da Impressa Automotiva (MIAU) mostraram o modelo em clay da Monza SW na carroceria de duas portas. O Autos Segredos conseguiu imagens do modelo de quatro portas. Na placa do modelo em clay está a inscrição 198x, deixando em aberto qual ano da década ele estrearia. Outra identificação é a letra J, que indicava o projeto, e o S/Wagon, de Station Wagon.

Somente com quatro

Todas peruas que nasceram do Projeto J tinham em comum a carroceria de quatro portas. Entre os modelos das marcas da General Motors estão Vauxhall Cavalier Estate, Holden Camira Wagon, Pontiac Sunbird Wagon, Buick Skyhawk Wagon e Oldsmobile Firenza Wagon. As linhas dianteiras eram exclusivas de cada marca e a que mais se aproximava do nosso Monza era a perua da Vauxhall.

No Brasil, caso a Monza SW tivesse vingado, teria carroceria de duas portas, uma predileção dos consumidores da época. E foi justamente um carro pronto no tom verde que nossos amigos do MIAU mostraram.

Para saber da história e da origem do modelo, recorremos mais uma vez ao engenheiro Gerson Borini, que nos ajudou a contar um pouco da história da Kadett picape. No caso da Monza SW, ele não trabalhou na General Motors na época do projeto, mas descobriu um amigo que teve contato com a perua.

Apesar de ostentar a carroceria de um carro de produção, a Monza SW duas-portas não passou de um estudo. “Era um carro de design, sem capacidade de testes ou de circular decentemente”, diz Borini.

Até as fotos feitas perto centro de design da General Motors em São Caetano do Sul (SP) ajudaram a corroborar a história de que era um carro com função específica para o estudo das linhas.

Borini também nos ajudou a revelar como “nasceu” a única Monza SWbrasileiroa. Na década de 1980, entre os anos 1982 e 1983, a General Motors importou uma unidade dos Estados Unidos. Não se sabe ao certo se foi uma Buick Skyhawk Wagon ou Oldsmobile Firenza Wagon.

Mas o certo é que ela foi a doadora para que a Monza SW ganhasse suas formas. Borini disse que cortaram a traseira da perua e a emendaram num Monza.

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“Meu amigo ficou com a dianteira e removeu várias peças para estudo, como caixa de direção, suspensão, trambulador, entre outros equipamentos”, relata Borini. E assim nasceu a única Monza SW feita pela General Motors.

De lado, a perua mantinha as linhas do sedã, mas a grande área envidraçada da coluna “B” para trás chamava a atenção. O vidro tinha uma divisão para que não ficasse em tamanho exagerado.

Já a tampa do porta-malas era mais verticalizada. O para-choque também era o mesmo do sedã. Por fim, as lanternas ficavam na coluna, como nas demais peruas das marcas da General Motors.

Souza Ramos fez

Entretanto, o Grupo Souza Ramos realizou o sonho de alguns consumidores que queriam a perua do Monza com suas adaptações, mas a traseira não era igual à das primas americanas, já que as lanternas eram as mesmas do Monza.

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